quinta-feira, 13 de julho de 2017

Trump jantou com russos ligados a email polémico


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A CNN divulgou um vídeo em que o agora Presidente dos EUA é visto a jantar, em 2013, com Rob Goldstone, o homem que enviou emails ao filho mais velho de Trump oferecendo informações sobre Clinton.
observador31
A CNN divulgou esta quinta-feira um vídeo em que Donald Trump surge num jantar, em 2013, na companhia de Rob Goldstone e vários membros da família milionária russa Agalarov envolvida nos polémicos emails recebidos pelo filho mais velho de Trump. As imagens são o mais recente indício da ligação entre figuras de destaque de Moscovo e a candidatura do milionário norte-americano à Casa Branca contra Hillary Clinton.
Nas imagens, Trump surge na companhia do milionário Aras Agalarov e de outros membros da sua família — cujas relações os colocam na esfera de influência do Presidente Vladimir Putin. O vídeo foi gravado em junho de 2013 e revela relações antigas (nessa época, relações comerciais) entre o agora Presidente dos EUA e o poder russo.
O nome de Goldstone, responsável pela gestão pública da imagem dos Agalarov, surge agora enquadrado pela mais recente “polémica dos emails”. O publicista trocou, no ano passado, várias mensagens com Trump Jr. (filho mais velho do então candidato presidencial) oferecendo informações sensíveis sobre a adversária democrata na corrida presidencial e disponibilizando-se para colocar Trump Jr. em contacto com Emin Agalarov (filho do milionário) para que pudessem discutir a informação sobre Hillary Clinton.
As imagens provam que as ligações entre a família Trump e a família Agalarov são antigas — foi a família, com raízes no Azerbeijão, que abriu as portas a Trump para que pudesse levar o seu concurso de Miss Universo para a capital russa nesse ano. E revelam que, além de Trump, vários elementos do seu grupo mais próximo participaram no encontro de 2013. Entre eles estão Michael Cohen, advogado pessoal de Trump, e Keith Schiller, homem de confiança de longa data do agora Presidente dos EUA (aliás, Schiller foi chamado para diretor de operações da Sala Oval na Casa Branca).
As imagens surgem um dia depois de o The New York Times divulgar informações sobre os emails enviados a Trump Jr. Nesses contactos, o filho mais velho do Presidente norte-americano foi informado — por Rob Goldstone — de que estavam em causa informações comprometedoras sobre Clinton e que faziam parte de um “esforço do Governo russo para ajudar a candidatura do seu pai”. Trump Jr. acabaria por encontrar-se com uma advogada também ela com ligações ao Kremlin, mas já garantiu que não tinha conhecimento de que estava em causa uma pessoa sob influência de Putin.
Depois de uma entrevista em que Trump Jr. disse que os “seus alarmes não dispararam” quando recebeu os emails “porque não era ainda o problema em que se transformaria nos últimos nove, dez meses”, o Presidente dos EUA saiu em defesa do filho. “O meu filho fez um bom trabalho ontem à noite”, escreveu o presidente no Twitter, ao considerar que Trump Jr. foi “aberto”, “transparente” e “inocente” nas suas explicações. Tudo não passa da “maior caça às bruxas da histórica política”, defendeu.

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