Gilberto Mendes diz que Estado moçambicano sempre viveu de apoio e nunca se preocupou em desenvolver com esforço próprio
“Gritámos
tanto que tínhamos recursos e agora temos parceiros que não são
necessariamente nossos amigos. São pessoas que estão interessadas nos
nossos recursos”. O empresário Gilberto Mendes tocou na ferida e disse
mesmo que o Estado moçambicano sempre viveu de apoio e nunca se
preocupou em desenvolver com esforço próprio. “Nós sempre tivemos isso
de viver de aparências. Nunca nos passou pela cabeça que podíamos, em
algum momento, descer à terra”, sublinhou Mendes.
Ao
empresário, juntaram-se outras cinco pessoas que ontem formaram o
painel que discutiu a crise económica e o papel dos jovens. São elas Ana
Rita Sithole, José Jaime Macuane, Anastácio Chembeze, Flávio Quembo e
Fernanda Massarongo.
Para
a deputada Sithole e a economista Massarongo, o problema de Moçambique
não é a crise, mas a forma como o país está preparado para lidar com
ela. As painelistas defendem que o país deve saber transformar as crises
em oportunidades para crescer.
O
académico Jaime Macuane, por sua vez, defende que a crise em Moçambique
deve ser resolvida de forma estrutural, tendo em conta a conjuntura. Na
mesma linha de pensamento, o empresário Flávio Quembo e Anastácio
Chembeze, do Ministério do Trabalho, avançam ser este o tempo de quebrar
os paradigmas e deixar de esperar que sejam os outros a desenvolver o
país.
O debate havido ontem foi organizado pela Associação Nacional dos Jovens Empresários.
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