Por isso, essa
sua iniciativa senhor Presidente Nyusi, teria sentido, se fosse mais
longe, pois ficaria na memória dos Moçambicanos e se ainda mandasse
remover ou retirar todas as estatuetas do “RENEGADO-CRIMINOSO” Samora
Machel, que se encontram espalhados em todas as praças nas Províncias do
Sul, Centro e Norte do País. Nesses locais, deveriam ser erguidas
esculturas de verdadeiros heróis, filhos do Povo de Moçambique, além de
Filipe Samuel Magaia, também outros que morreram pela Pátria, que são os
reverendos Uria Timóteo Simango, Padre Mateus Gwejere, Silvério Nungo,
Joana Simeão, Basílio Banda Alexandre Magno, José Alves, Rivas Sigauque,
Mzé Lazaro Kavandame, Lourenço Mutaca, Francisco Cufa, Josina Mutemba
etc... sem esquecer os grandes comandantes Raul Casal Ribeiro, António
Silva, Francisco Manyanga, António Mpindula que também são reconhecidos
como grandes obreiros da nossa revolução, que Samora Machel e seus
cúmplices eliminaram da História, mas que a Pátria Moçambicana jamais
poderá esquecer.
Por fim, quero
deixar um recadinho, ao senhor Nyusi, para dizer que não ficou bem
durante a leitura do seu discurso, sobre a história do Filipe Samuel
Magaia, infelizmente, ir buscar uma figura, como do seu tio Alberto
Chipande, que é indesejável e deixou-o manchar a sua figurinha ao
permitir que esse criminoso que ajudou a praticar todos os crimes
hediondos ao lado de Samora Machel, que também fez um discurso de
verdadeiro hipocrisia. Esse Chipande, bem como os outros que por aí
andam à sua volta, deviam estar há muito, atrás das grades, à espera que
chegasse o dia de serem imparcial e honestamente julgados e condenados
pelos crimes que continuam a cometer, contra a humanidade.
COMO FOI O ASSASSINATO DO COMANDANTE FILIPE SAMUEL MAGAIA E, SE NÃO SABIA, APROVEITE AGORA:
Esta é a
história verídica da morte de Filipe Samuel Magaia e de outros
compatriotas que injustificadamente perderam suas vidas durante a luta
pela Independência Nacional, mas felizmente, fiquei eu, Zeca Caliate,
pelo caminho para poder contar toda verdade de como foi!
Em 1966,
realizou-se um golpe militar no seio do Movimento de Libertação de
Moçambique, cujo autor foi Samora Moisés Machel, e foi apoiado pelo
próprio Presidente da Frelimo, na altura, Dr. Eduardo Mondlane, talvez
por desconhecimento da situação real do interior de Moçambique. Foram
também cúmplices, o Marcelino dos Santos, Joaquim Alberto TZOM Chissano,
Armando Emílio Guebuza, Mariano Araújo Matsinhe, Sérgio Vieira e os
comandantes que estavam conotados pelas práticas de crimes no Niassa,
Cabo Delgado e Tete e foram eles: Sebastião Marcos Mabote, José Phailane
Moiane, Osvaldo Tazama, Pedro Odhala, Joaquim Munhepe, Alberto
Chipande, Raimundo Pachinuapa, Bonifácio Gruveta, Massamba, João
Facitela Pelembe entre outros.
Os golpistas
liderados pelo adjunto chefe de Departamento da Defesa Samora Machel,
após eliminar fisicamente o comandante das Forças Populares de
Libertação de Moçambique (FPLM), Filipe Samuel Magaia, cujo assassinato
teve lugar na Província do Niassa ao atravessar de madrugada, um pequeno
riacho. Seu assassino, de nome Lourenço Matola, seguia a sua dianteira
e, foi o primeiro a efetuar a travessia daquele riacho e de seguida,
aproveitou-se de uma árvore que ali havia, para se camuflar e
preparou-se para fazer fogo com a sua arma denominada por “pepechã” de
fabrico Soviético. O chefe Filipe Magaia, que vinha um pouco atrás do
assassino, com lanterna na mão, a tentar ajudar outros companheiros que
também atravessavam o tal riacho e, sem ninguém se apercebesse, que na
outra margem, estava o traidor anteriormente aliciado e infiltrado por
Samora Machel, para liquidar o grande chefe. Foi então que o Lourenço
Matola, ao ver o Magaia a aproximar-se dele, não hesitou em premir o
gatilho da sua arma e disparar uma rajada de metralhadora, que atingiu o
Filipe Samuel Magaia, baleando-o, na zona do abdómen propriamente no
umbigo. Este tombou gravemente ferido, mas não morreu. Perante a
confusão que se gerou depois dos tiros, o Matola, no meio da escuridão,
deitou no chão a sua arma e só depois de examinarem, as armas de outros
camaradas, verificaram que nenhuma tinha sido disparada e, quando chegou
a vez de Matola , este não tinha consigo a sua arma e, descobriram a
mesma abandonada no chão com o cano ainda quente e a cheirar a pólvora.
Quando lhe perguntaram porque tinha disparado contra o chefe, não soube
responder e começou a chorar. Foi detido de imediato.
Filipe Samuel
Magaia, não morreu naquele local, tendo sido posteriormente transportado
de maca e resistiu até a fronteira de Moçambique com o Tanganica, sendo
levado para o hospital da Província de Songuea, onde chegou sem vida. O
Lourenço Matola, foi entregue de imediato, às mãos da polícia criminal
de Tanganica, sem ser ouvido por nenhum moçambicano, para apurar as
razões que o tinham levado a assassinar aquele chefe militar
moçambicano. Os dez elementos da comitiva de Magaia foram de imediato
escoltados pela polícia de Tanganica para Nachingwea, onde um
destacamento da polícia de segurança da Frelimo, chefiada por Osvaldo
Tazama, estava à espera e, na noite do dia seguinte, os nove elementos
do grupo, foram enviados para o interior de Cabo Delgado, onde estava
uma unidade de guerrilheiros, à espera desse grupo e assim que foram
entregues nas mãos daqueles assassinos, foram todos amarrados e
escoltados para um matagal entre Rovuma e Nangade, onde foram todos
apunhalados, um a um, até à morte. Sobrou um, de nome Lino Ibraim, que
era o braço direito de Filipe Samuel Magaia e que servia como
guarda-costas. Na noite da morte do chefe, estava ao seu lado e viu como
tudo se passou, quanto ao assassinato do comandante Magaia. Este foi
enviado para um destacamento em Cabo Delgado. Mais tarde, quando o
Samora se lembrou dele, era a única testemunha da morte de Magaia, achou
que ele também devia ser executado e o enviou para o Destacamento, de
outro assassino, de nome João Facitela Pelembe, que após ter morto o
Lino Ibraim, foi nomeado para Comissário Político da Província de Tete,
substituindo o primeiro, que se chamava Alfredo Wassira.
O que chamou a
atenção a todos da Frelimo, na época, foi quando Filipe Magaia morreu,
foi tudo muito rápido, pois foi de imediato sepultado, naquela cidade de
Tanganica e, a seguir o Dr. Eduardo Mondlane, fez um breve discurso
improvisado e nada destacou sobre o papel importante desempenhado
durante a luta armada, pelo comandante Filipe Samuel Magaia,
referindo-se apenas ao nome de Samora Machel, dizendo que a partir
daquele momento o Machel, passaria a substituir o Magaia, no
Departamento da Defesa, enquanto Joaquim Alberto Chissano, era nomeado
Chefe da Segurança da Frelimo e a cerimónia terminou com empossamento,
desses dois cangalheiros, ambos seus conterrâneos, não seguindo os
trâmites legais, porque Eduardo Mondlane, teria que se reunir com seu
vice-Presidente, o Reverendo Uria Timóteo Simango e mais tarde com o
Comité Central da Frelimo, para a consulta e apresentação do nome do
novo Chefe da Defesa da Frelimo, mas nada disso aconteceu, tudo indicava
que o assunto estava já planeado, há muito tempo. O Samora Machel, saiu
dali e começou a namoriscar com a Josina Mutemba, a viúva namorada do
já falecido, Filipe Samuel Magaia, que em pouco tempo ficou grávida de
Samora. Este, que não queria se casar com ela, mas o vice-presidente da
Frelimo Uria Simango e outros membros obrigaram-no a casar com a
Josina.
Após a morte
de Filipe Magaia, então, abriram-se as portas para o inferno. Os
assassinatos, no seio da organização, iniciaram-se massivamente, quando
morreu Eduardo Mondlane e Samora usa este pretexto, como arma, para
acusar e incriminar outros membros e inclusive o vice-presidente da
Frelimo, que não escapou. O Silvério Nungo, que era administrador da
Frelimo e outros, foram imediatamente acusados como traidores e enviados
para Cabo Delgado, onde foram executados. Quem não era pró-Samora,
estava contra a Frelimo e, como tal estava condenado a ser morto por
fuzilamento no Niassa, Cabo Delgado ou Tete. A primeira vítima foi
adjunto chefe de DSD, Raul Casal Ribeiro, que se encontrava a repousar,
em casa de uma amiga, no Norte da Tanganica, foi raptado e executado e
daí seguiram-se os raptos de vários quadros importantes da organização,
foi a vez de Alberto Sande, sucessor de Samora Machel no campo de
treinos militares de Kongwa, Francisco Cufa, representante da Frelimo na
Zâmbia, Carlos Djama, Delgado de DSD na Zâmbia, também os dois foram
raptados e não deixaram qualquer rasto.
Eu, Zeca Caliate, sou testemunha viva,
de vários acontecimentos, como estes acima referidos, no seio da
Organização, pois fui, um ex-comandante do 4º sector da Frelimo na
Província de Tete e tive o privilégio e o acesso a muitos “dossiers”
sobre as pessoas desaparecidas no seio da Frelimo. Também, estava visado
a ser assassinado, pelo mesmo grupo de Samora Machel, quando
descobriram de que eu tinha pertencido a facção apoiante de Filipe
Magaia e, foi então que planearam a minha morte. Felizmente descobri a
tempo essa intentona e, como não tinha outra saída para escapar à morte,
vi-me obrigado a entregar-me ao Exercito Colonial Português, em julho
de 1973.
Quarenta e
dois anos passaram, desde que Moçambique se tornou um País Independente e
a Frelimo se instalou no poder e, hoje sem vergonha na cara, os
dirigentes desse Partido dos camaradas, vêm à luz do dia, reconhecer o
crime hediondo que cometeram, não só contra o chefe máximo de Defesa e
da Segurança, o qual foi deliberadamente condenado à pena da morte por
assassinato, pelo Samora Machel com os seus cúmplices e inclusive, o
próprio Dr. Eduardo Mondlane, que decidiram assassinar a sangue frio, o
grande chefe militar, pela simples razão de não ser, 100% natural de
Manjakazi ,Província de Gaza.
Filipe Samuel
Magaia, era filho de Pai natural de Maputo, morreu por sua mãe não ser
da mesma tribo que o seu pai. Não foi o único assassinado nesse terrível
e cruel massacre, os seus nove companheiros, naquela missão, foram
todos apunhalados e degolados, próximo do rio Rovuma, na parte de
Moçambique.
Após os
ferimentos de Filipe Magaia, provocadas por várias balas de uma arma
disparada por Lourenço Matola, este esteve na prisão hotel da polícia de
Tanganica, durante cinco anos e depois, enviaram-no para o Quénia, sem
que os Moçambicanos o interrogassem, para não denunciar o mandante da
morte do Magaia. Mesmo com a libertação de Matola, a Frelimo de Samora e
seu amigo Chissano, não deixaram o homem em paz, com receio de que,
mais cedo ou mais tarde, este podia vir a denunciá-los pelos crimes que o
tinham ordenado a praticar, e foi morto por atropelamento, numa rua de
Nairobi, Quénia.
FUNGULANI MASSO, lembrem-se bem, QUEM NÃO LUTA PERDE SEMPRE, A LUTA É CONTÍNUA.
Zeca Caliate, General Chingòndo um dos sobreviventes da teia do mal Frelimo!
Europa, 25 de Julho de 2017
(Recebido por email)
Brevemente mais notícias, aqui na sua VOZ DA VERDADE, que anteriormente não sabiam
PS: A foto acima pertence a Zeca Caliate e representa o transporte de Samuel Magaia para o Tanganica
NOTA: Para quando um pedido de desculpas e contrição pública dos dirigentes da Frelimo ainda sobrevivos? É muita hipocrisia junta!
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
Filipe
Nyusi enalteceu as qualidades de Filipe Samuel Magaia, falando num
comício alusivo à inauguração da estátua do primeiro comandante da
FRELIMO, organização que depois da independência se transformou em
partido político e de lá a esta parte está no poder em Moçambique
O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, exaltou sábado a “bravura” de Filipe Samuel Magaia,
primeiro comandante da guerrilha da Frente de Libertação de Moçambique
(FRELIMO) durante a luta contra o colonialismo português, assinalando o
compromisso patriótico do herói nacional.
Filipe Nyusi
enalteceu as qualidades de Filipe Samuel Magaia, falando num comício
alusivo à inauguração da estátua do primeiro comandante da FRELIMO,
organização que depois da independência se transformou em partido
político e de lá a esta parte está no poder em Moçambique.
A estátua de
Magaia, oficialmente morto em combate a 11 de Outubro de 1966, foi
erguida exactamente às portas da cidade de Maputo.
“Estamos
aqui para de forma solene venerar um homem que dedicou a sua vida à
causa da luta de libertação de Moçambique, um homem de características
singulares”, afirmou o Chefe do Estado moçambicano.
Ainda jovem,
prosseguiu, Filipe Samuel Magaia contestou abertamente o regime
colonial português, sendo, por isso, várias vezes preso pela PIDE em
Lourenço Marques, actual Maputo.
O Presidente
moçambicano e do partido Frelimo assinalou que o inconformismo de
Filipe Samuel Magaia em relação à brutalidade do regime colonial
levou-o a fugir do país para a Tanzânia, onde participou na formação
da FRELIMO, em 25 de Junho de 1962.
“Foi o
baluarte de nacionalistas que delinearam estratégias de luta contra o
regime colonial português, queremos exaltar a nobreza e firmeza deste
combatente destemido e perspicaz”, realçou Filipe Nyusi.
Nascido a 7 de
Março de 1937 no distrito de Mocuba, província da Zambézia, Centro de
Moçambique, Filipe Samuel Magaia chefiou o primeiro grupo de
guerrilheiros da FRELIMO, movimento do qual se tornou secretário do
Departamento da Defesa e Segurança.
Nessa
qualidade, orientou as operações militares que culminaram com o início
da luta armada contra o exército colonial português, em 25 de Setembro
de 1964, até à sua morte em combate a 11 de Outubro de 1966.
Pela sua
influência na guerrilha da FRELIMO, Filipe Samuel Magaia é
oficialmente herói nacional e dá nome a avenidas, escolas e
instituições em todas as 11 províncias moçambicanas.
O monumento de
Filipe Samuel Magaia, sábado inaugurado, está localizado no Terminal
da Junta, em Maputo, e consiste numa estátua de bronze em que o
homenageado aparece retratado com uma AK-47 na mão direita e com uma
mochila militar nas costas.
Antes de
inaugurar a estátua de Filipe Samuel Magaia, o Presidente da República e
do partido Frelimo visitou a família do homenageado, também no populoso
e histórico bairro maputense de Chamanculo.
CM – 24.07.2017
NOTA: Além da hipocrisia a mentira: “A estátua de Magaia, oficialmente morto em combate a 11 de Outubro de 1966, foi erguida exactamente às portas da cidade de Maputo.
“Estamos
aqui para de forma solene venerar um homem que dedicou a sua vida à
causa da luta de libertação de Moçambique, um homem de características
singulares”, afirmou o Chefe do Estado moçambicano.
Ainda jovem, prosseguiu, Filipe Samuel Magaia contestou abertamente o regime colonial português, sendo, por isso, várias vezes preso pela PIDE em Lourenço Marques, actual Maputo.“
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE