O “camarada” Armando Guebuza diz que a história da Frelimo está sendo atacada. Ora, ninguém (moçambicano) tem atacado a história da Frelimo. Que o senhor Guebuza se lembre com que emoção recebemos a Frelimo em 1974 depois dos Acordos de Lusaka. O que tem se atacado são os falsos depoimentos e não menos à falta de honestidade para se falar do que realmente aconteceu durante os 10 anos da Luta para a independência do país. Descobrímos ao longo dos 37 anos que parte do que nos fizeram cantar, É FALSO. Começou-se a partir disso a questionar-se. Se não se questionasse, ainda ficariamos com aquilo de que Eduardo Mondlane morreu no seu escritório. Estariamos ainda a acreditar que quem matou Eduardo Mondlane foi Uria Simango. Se não se questionasse, não teriamos sabido aquilo que Fanuel Mahluza, video aqui nos deixou e que por sinal nenhum desses fundadores da Frelimo ainda vivos, ousou confrontá-lo.
Quem nunca se preocupou em saber a verdadeira história ainda acredita que Filipe Magaia foi morto por um tiro do exército colonial. Quem nunca questionou a história nunca saberá das circunstâncias da morte de Silvério Nungo. E aí muita coisa que nestes falsos depoimentos não se diz senão pôr uns a falarem como se estivessem com jovens da minha geração, em 1974/75. Guebuza e outros dirigentes da Frelimo devem saber que é o que ainda não foi contado que nos preocupa em saber e NUNCA MAIS aceitaremos cantar Joana, Verónica, Simango, Gumane, Murupa de reaccionários. Chissano, Marcelino dos Santos, Armando Guebuza, Mariano Matsinhe, etc, deviam ter tido coragem e talvez aproveitar este momento para se reconcialiarem com outros fundadores da Frelimo e falarem dessa fundada em 1962, essa que faz 50 anos. Ao invés de procurarem desconhecidos para proclamá-los heróis, deviam convidar António Palange, Vicente Ululu, Paulo Murupa (diz-se que está vivo), João Craveirinha, Francisco Moisés Nota, António Disse Zengazenga, entre outros compatriotas para num debate franco e honesto, de reconciliação em volta da FRELIMO, Frente de Libertação de Moçambique, deixarem a verdadeira história do movimento sem se confundir com o partido Frelimo. Como não tiveram essa coragem continuaremos procurar por via informal a versão da verdadeira história por outros que a conhecem e isso não significa atacar a história da Frelimo, mas sim, reconstruí-la.
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