Nos
últimos meses, a luta para sucessão do presidente Mugabe tem-se
intensificado no seio do partido ZANU-PF. Depois de ter dito no início
do ano que Mugabe seria o candidato do partido no poder nas eleições de
2018, mesmo em forma de cadáver, a primeira-dama apareceu, nesta semana,
a exigir que Mugabe escolha seu sucessor, de modo que os membros do
partido tenham um candidato definido para apoiar, escreve o The
Guardian.
“Eu
sei que o Presidente insiste em não querer impor um novo candidato. Mas
eu sempre discuti com ele que tem o papel e o direito de fazer parte
deste processo. Porque nós o respeitamos. E a sua palavra vai ser
decisiva. Gravem as minhas palavras. A sua palavra vai ser decisiva”,
referiu.
Os
pronunciamentos da primeira-dama dividiram a opinião dos cidadãos
zimbabweanos. Por um lado, há os que concordam com a primeira-dama, por
outro, os que querem que Mugabe não só não aponte o possível sucessor,
como renuncie ao cargo.
A
oposição está também preocupada com independência judicial do país. O
Parlamento zimbabweano alterou, terça-feira, a Constituição, dando ao
chefe de Estado, Robert Mugabe, poderes para nomear os três principais
juízes.
O
chefe do Estado mais velho do mundo, que há três semanas visitou
Singapura por questões de saúde, está no poder desde 1980, ano em que
Zimbabwe conquistou a independência.
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