quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Antigo estudante bolseiro da Frelimo vai lançar autobiografia

“Memórias de um Rebelde”
 
Maputo (Canalmoz) – “Memórias de um Rebelde” é o título de uma obra autobiográfica a ser lançada nas próximas semanas da autoria de um antigo estudante bolseiro da Frelimo, Antonio Disse Zengazenga. O Canalmoz obteve o manuscrito do livro de Zengazenga no qual o autor narra a sua experiência como estudante nos seminários católicos do Zóbuè e Namaacha, a sua permanência na Frelimo, o rompimento com a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), a vida no exílio, as ligações à Renamo e outras actividades políticas.
O autor aderiu à Frelimo em Dar es Salam cerca de um mês apos a fundação do movimento que se propunha lutar pela libertação de Moçambique. Permaneceu poucos meses na capital tanzaniana, seguindo em Dezembro desse ano para o Cairo com a promessa de que iria prosseguir os estudos. Conta o autor de “Memórias de um Rebelde” que ao ficar hospedado num hotel de Cairo, “informaram-nos que estávamos ali para treinar. Dos sete apenas quatro aceitaram a oferta. Os outros regressaram a Dar-es-Salaam. Os treinos tiveram início a 7 de Janeiro, em pleno Ramadão, e terminaram a 28 de Maio de 1963.”
Mas é na União Soviética onde finalmente Antonio Disse Zengazenga e outros jovens moçambicanos reiniciam os estudos. Permaneceriam neste país até 1971. Segundo o autor, o grupo de estudantes moçambicanos em Moscovo “começou a desintegrar-se, sobretudo por falta de orientação vinda de Dar-es-Salaam. Daqui não se recebiam respostas às cartas que enviávamos, e as pessoas que vinham de lá não respondiam claramente às nossas perguntas. Por isso, todos os que estiveram em Moscovo e alguns em Praga foram para Berlim depois dos seus estudos. Depois de debates francos e livres, uns decidiram aí permanecer até que a situação desanuviasse, outros preferiram ir avaliar de perto a situação e, se necessário, melhorá-la. Dispersámo-nos no dia 28 de Agosto de 1971 em Berlim 21. Ao todo éramos: Eu, Semeão Massango, Paulo Emílio Marqueza, Arcanjo Faustino Kambeu, João Joaquim Unhay e Júlio Razão.” Nomes conhecidos, que depois da independência de Moçambique viriam a sofrer ar agruras do regime totalitário da Frelimo. Arcanjo Faustino Kambeu, João Joaquim Unhay e Júlio Razão foram alguns dos moçambicanos que passaram por Nachingwea em 1975 para o «Julgamento Popular» que os conduziria a M’telela, já no interior de Moçambique na província do Niassa, onde seriam barbaramente assassinados, juntamente com Urias Simango, Joana Semião e vários outros por ordens do Bureau Político do Partido Frelimo, que corresponde hoje à Comissão Política do Comité Central. (Redacção)

OJM intensifica acções de solidariedade

Politica

Vítimas das enxurradas:


MAIS de 2000 voluntários foram mobilizados pela Organização da Juventude Moçambicana (OJM) em todo o país para prestarem assistência directa às vítimas das inundações. Um comunicado recebido na nossa redacção indica que o secretário-geral da agremiação, Basílio Muhate, trabalhou há dias na província de Gaza, onde se inteirou da situação no terreno, que assola mais de 50 mil pessoas só no Distrito de Chókwè.
Maputo, Quinta-Feira, 31 de Janeiro de 2013:: Notícias
Basílio Muhate visitou três centros de reassentamento existentes no Distrito de Bilene, na vila sede e em Mazivila, e ainda o centro de Chihaquelane, onde testemunhou o cenário em que vivem milhares de famílias. Nestes locais, o líder da juventude do partido Frelimo dialogou com as populações afectadas, manifestando solidariedade da OJM e sensibilizando-as sobre a necessidade de manterem uma boa saúde e coesão, devendo estarem atentas aos apelos e orientações do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC).
Exortou aos jovens que se encontram nos centros de reassentamento para que ajudem na orientação de crianças e idosos. Basílio Muhate juntou-se ao grupo de voluntários da organizacao que procederam à entrega de diverso material para a construção de latrinas, assim como de redes mosquiteiras.
“Foi uma visita para nos inteirarmos da real situação no terreno e dialogar com as autoridades e algumas pessoas para sabermos como melhor contribuirmos nesta campanha de solidariedade, mas também não podíamos dialogar e ficar de braços cruzados. Por isso, compartilhamos o pouco que tínhamos”, lê-se no comunicado.
Na província de Gaza, a OJM apoiou no resgate de mais de 5000 pessoas em Chókwè, Chibuto e Xai-Xai, estando neste momento a desempenhar um papel importante no saneamento do meio nas zonas de reassentamento, assim como na sensibilização das populações sobre os cuidados de saúde que devem ser observados nos centros.
Na Cidade de Maputo, as acções de solidariedade da organização continuam, no âmbito das quais foram entregues às autoridades cerca de mil pares de chinelos, 2500 peças de vestuário, 300 quites de material escolar completo, mil redes mosquiteiras, 20 chapas de zinco e vens alimentícios diversos.

Ninguém devia ganhar com a prática do desporto

Egidio Guilherme Vaz Raposo
Eu sou da filosófica opinião de que ninguém devia ganhar com a prática do desporto. Uma actividade que a todos faz bem, devia no mínimo ser levada a título gracioso. Ninguém deve ganhar milhões e ter direito de ser assistido enquanto exercita o seu corpo! Quer dizer, ganha pelo exercício e ainda é famoso e milionário a custa dos assistentes. Potencialmente somos todos capazes de correr atrás da b...ola e sermos saudáveis, por exemplo. Mas daí ter que se enriquecer parece me exagero. Estamos assim a instrumentalizar um direito que investindo nele podia beneficiar a toda humanidade. No próximo governo Moçambique deve dar exemplo. Massificar o desporto e considera-lo uma mera questão de saúde pública. Para que mesmo assim seja todo moçambicano a participar em competições internacionais! Recordo-me do papel pacificador do desporto na Grécia antiga. Os vencedores apenas tinham o ramo de Oliveira na cabeça. Mas Esparta e Atenas estavam em paz durante todas olimpíadas! Voltemos a estes valores.
  • Jemusse Abel and 11 others like this.
  • Hermenegildo Chambal É como dizes, uma filosofica opinião! O problema mesmo é que o desporto é movido pelo negócio: os desportistas são profissionais, representam marcas, fazem vender bens, criam emprego, dão diversão... É impossível o cifrão não estar umbilicalmente ligado ao desporto!
  • Egidio Guilherme Vaz Raposo Caro Hermenegildo Chambal isto que acabou de mencionar pode acontecer em outras actividades. Porque um bom professor não pode representar marca e dar emprego? Até porque wm termos de capital simbólico ele é mais proeminente.
  • Salomao Munguambe Epah eh impressionante como de vez em quanto aparece alguém a dizer o que acho e sinto mas no consigo expressar-me, muito obrigado Dr. o estado gasta rios de dinheiro para potenciar os clubes e a seleccao nacional mas quando procuro saber qual e o meu beneficio como dono daquele dinheiro como pagador de impostos oico contos de vigário que nunca terminam, ora eh para promover o pais alem fronteriras, eh para entreter os jovens a não enveredar pelas praticas criminosas,... ni nguena kwini ka swosa (onde e que entro nisso) e o resultado e que nada disso acontece, são os próprios jogadores que arrastam o nome do pais na lama, alguns já foram roubar num estabelecimento comercial no estrangeiro, outros perdem de forma vergonhosa em fim... no dia em que eu for dirigente neste pais ou poder influenciar decisões muito "craque" que deixou de ir a escola vai empurrar txova jurro!!!!!!!!!!!
  • Wilson Assumane Assim é na pequena Iha de Fidel Castro.
  • Custodio Duma Egidio tu es o máximo.
  • Manuel Antonio Makanga so falta fecharem o FB.
  • Salomao Munguambe Oh Manuel já manifestaram vontade de fechar, então não chamaram de fabrica de sonhos irrealizável?!
  • Manuel Antonio Makanga naquele pais eles é fazem.
  • Rui Lamarques Egidio Guilherme Vaz Raposo o futebol é uma indústria e gera rios de dinheiro. As marcas associam-se aos jogadores porque precisam de vender. É uma espécie de troca de favores. Uma marca vende mais associada ao pés de Cristiano Ronaldo do que ao cérebro do Boaventura de Sousa Santos. Um jogo Real Madrid vs Barça é visto por milhões de pessoas em todo mundo, mas uma dissertação de qualquer ramo do saber, mesmo que transmitida em directo, só será vista por pessoas concretas. Portanto, os jogadores rendem por aquilo que geram. Até para o nível de receitas que dão aos clubes auferem muito pouco. Outro exemplo: o cérebro de Egidio pode arrastar mais pessoas ao Estádio da Machava do que as fintas do Dominguez?
  • Egidio Guilherme Vaz Raposo O inventor do futebol como o do basquetebol não tinha objectivos de fazer dinheiro nos moldes actuais. Pelo que tudo o que acabou de dizer é uma questão de construção social. Rui Lamarques, há etnias cujos maridos entregam a esposa a amigo quando este o visita. E há outras tribos cujas mulheres, cá da terra, não negam uma relação sexual quando lhes são solicitadas. Portanto, o conceito de traição é aqui prolixo. Esroi a dizer que Boaventura de Sousa Santos podia sim encher estádios como enchia na Agora da Grécia antiga.
  • Egidio Guilherme Vaz Raposo E venham depois chamar a religião o ópio do povo! Ópio é pois o desporto!
  • Rui Lamarques Egidio se fores pela lógica do principio de criação ou invenção de qualquer coisa vais entrar no mato. As coisas evoluem e o futebol é disso um exemplo. As coisas não são estáticas. Actualmente, Boaventura de Sousa Santos é incapaz de encher o Estádio da Machava, mas Messi pode arrastar público suficiente para rebentar pelas costuras cinco Machavas. Essa é a diferença. Se eu quiser vender sabão em pó vou procurar Messi e não Boaventura de Sousa Santos. Essa é a lógica e não será mudada por uma questão reducionista como esta que colocas. O desporto é muito mais do saúde.
  • Manuel Vasco Muhabe Apoiado Rui........acho tambem que em vez de filosofica e muito estatica a visao do Egidio Guilherme Vaz Raposo. filosofia nao significa retrocesso.
  • Manuel Antonio Makanga debate estragado pelos apoiantes do muzaia.
  • Egidio Guilherme Vaz Raposo Rui eu estou a fazer uma reflexão introspectiva, meio filosófica, fora de caixa. Você está a fazer uma reflexão situacionista psra celebrar do que existe. A diferença reside no facto de você achar que está bom assim e eu não. E isso é suficiente para qmanhecermos aqui em posições diferentes. Estou a dizer que Messi podia também ser um padre da Idade média. Tudo é construído socialmente. E no fundo não fui o primeiro. Uma Juíza portuguesa ja tinha dito que o dinheiro que o desporto movimenta é escandaloso. Pura e simples. Meses depois despoletou o apito dourado.
  • Rui Lamarques Manuel Antonio Makanga contribua com ideias e não aponte nomes as pessoas. Eu sequer conheço o tal de Muzaia, mas sei muito de ti e daquilo que revelaste em relacao ao GDM. Posso publicar?
  • Manuel Antonio Makanga ja te disse para deixares de ouvir dizer Rui lamarques, vai a fonte que as portas estão abertas e tudo documentado para todos lerem meu caro.
  • Egidio Guilherme Vaz Raposo Manuel Vasco Muhabe, a minha ideia não é estática. Até pode ser. Mas num aspecto sei do que falo. Fiz as contas e cheguei a conclusão que o futebol principalmente é um negócio sujo injusto e especulativo, manipulador e instrumentalizar. Pensando como um pós-moderno, faz sim sentido reimpugnar aquilo que julgamos conquistas da modernidade e do progresso. É disso que estou a falar. E com razão, se não for bem entendido. Fui violento. Tolhi com os lugares comuns, o conforto e a felicidade de muitos. Não estou a dizer nem a falar mal de ninguém. Estou apenas a re interrogar estas conquistas para explorar novas formas de pensar o futuro da humanidade.
  • Rui Lamarques Egidio Guilherme Vaz Raposo o fim primeiro do exercício físico é a saúde. Concordo. Mas até que ponto o dinheiro que o futebol movimenta é escandaloso? Devemos impedir as pessoas de irem aos estádios? Devemos impedir as empresas de se associarem aos atletas e clubes? Há coisas que já não podem voltar atrás porque não perde só o futebol, mas todos os negócios que se alicerçam em torno dele. Como é que achas que as empresas de material desportivo veriam sem a competição? Se os atletas de alta competição tivessem de trabalhar para viver teríamos desporto?
  • Egidio Guilherme Vaz Raposo São preocupações legítimas Rui Lamarques. Eu ainda não tenho resposta elas. Na verdade não esbocei ainda o tratado para a morte do desporto como profissão. Pensei aritmeticamente nos benefícios que os dinheiros que o deporto absorve se tivesse que ser redireccionado à outros factores de produção.
  • Rui Lamarques Egidio Guilherme Vaz Raposo onde é que íamos buscar esse dinheiro sem o desporto? Uma empresa de venda de material desportivo só vende sapatilhas porque Messi usa umas iguais. Sem a referencia quem ira comprar e como é que teremos essa fabrica em pé?
  • Egidio Guilherme Vaz Raposo Rui Lamarques, entenda-me. As suas últimas perguntas não são para eu responder. Porque estou agora é indignado com tanto dinheiro que o desporto amealha e acambarca. Não é que eu disse que o desporto não devia existir. Estou a dizer que nestes moldes em que actualmente opera devia ser desmantelado.
  • Egidio Guilherme Vaz Raposo Portanto, não é para me preocupar com o sapato do Messi. É para ele comprar o sapato que precisar. E deixar de enganar os incautos que é por causa da sua bota que averba vitórias e daí custar caro.
  • Rui Lamarques Percebo Egidio, mas dizes que tem de ser desmantelado e o dinheiro canalizado para algum lado. A minha questao é a seguinte: existe o dinheiro que o desporto gera sem ele? Como?
  • Egidio Guilherme Vaz Raposo Estamos a falar aqui de padrões consumistas da vida capitalista. Estamos é a denunciar a instrumentalização e maquinação de vontades. .. É isso aí.
  • Egidio Guilherme Vaz Raposo Estou a falar do dinheiro ja amealhado. E socializar o desporto. Para que todos tenhamos dinheiro e saúde. So isso. Reduzi lo ao nível da saúde pública. Mais uma vez, isto é filosofia.
  • Manuel Vasco Muhabe As conquistas da humindade nunca e em nenhum momento serao redistribuidas de igual forma para todos dai que o comunismo caiu. A sobrevivencia de todos negocios incluido o futebol depende da capacidade mobilizar pessoas e valores e este desporto conquistou isso e atravessou o tempo. Se for sujo ou especulativo entao todo sistema economico mundial tambem esta pois vive do mesmo. As ideias devem ser como redistribiur esses ganhos e nao banir. Acho desculpe se feri sensibilidades.
  • Rui Lamarques Egidio Guilherme Vaz Raposo eu só coloquei questões em relação ao que propuseste quando aventaste a hipótese de redireccionar o dinheiro para outras áreas. O que eu pretendo compreender é simples: como ir buscar esse dinheiro, uma vez que ele não está num lugar. Está na transmissão de jogos e pagamento de direitos televisivos ao clubes, está na venda de equipamento desportivo, está nos direitos de imagem e na venda de espaços no equipamento e nos campos. Acabando com isso como juntar esse dinheiro e canalizar para o lugar adequado?
  • Manuel J. P. Sumbana Egîdio. Tens a certeza de ter arcoboiço para discutir assuntos desta natureza? O Rui Lamarques deu todas as respostas de forma eloquente. E...nunca tive patrão. Parvo.
  • Egidio Guilherme Vaz Raposo Parvo és tu Manuel J. P. Sumbana. Não vens o ridículo em que te metes. Não sabes discutir. Estou a conversar com Rui Lamarques. Fica assistindo.
  • Egidio Guilherme Vaz Raposo Rui Lamarques, a tua lógica é de continuidade. A minha é do fim do modus operandi. Enquanto pensas na continuidade de negócios contíguos ao desporto eu penso simplesmente no seu fim. Ou na regeneração dos mesmos. Da mesma forma que foram surgindo, vão se transformar
  • Egidio Guilherme Vaz Raposo Rui Lamarques, as nossas logicas são diferentes. Enquanto está preocupado com a continuidade de negócios contíguos ao desporto eu penso na sua transformação ou fim mesmo. Por isso não sou capaz de responder algumas questões.
  • Rui Lamarques Como é que vais gerir os desempregos que a morte do futebol poderia causar? Ias colocar os funcionários da NiKe, Adidas, Puma, Diadora e dos clubes grandes a praticarem desporto? Você ia criar mais bolsas de fome no mundo do que em cada metro quadrado da baixa de Chokwe nos últimos dias.
  • Rui Lamarques Nessa lógica de acabar com o supérfluo eliminavas os jogos olimpicos e derivados neh?
  • Egidio Guilherme Vaz Raposo Ya Rui Lamarques, vou te pegar um dia. Mas antes gostaria de afiançar que as marcas jamais morreriam. Até podem mudar de orientação. E o dinheiro continuaria a jorrar. Na verdade há mais pessoas a comprar que jogadores não é?
  • Rui Lamarques Egidio Guilherme Vaz Raposo as pessoas compram pela visibilidade que os jogadores garantem. O Cristiano é pago para calçar as botas CR7. Isso faz com que os que seguem desporto comprem tais botas. Há, portanto, algo que leva as pessoas a comprarem os produtos.
  • Egidio Guilherme Vaz Raposo Rui, o desporto nao e a unica fonte deste tipo de negocio.