terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Carta aberta aos portugueses que querem vir (ou já vieram) para Moçambique, por Núria Negrão

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  • Eduardo Araújo Ferrao Hoje os portugueses que vêm para Moçambique são em geral bem recebidos e bem tratados por todos os moçambicanos (tirando os cinzentinhos que tratam mal toda a gente) ????
  • Milou Meque Li... há muito que se lhe diga... Gostei da frontalidade e muita coisa que é dita, já eu ouvia desde de pequena. Não vou comentar muito pois o texto é extenso e eu não estou com vontade de dissertar.. mas é muito interessante a forma como separa os alh...See More
  • Nelinha Santos http://imigrantes.no.sapo.pt/page2.africanos.html
    imigrantes.no.sapo.pt
    Cascaispara os bairros sociais. Alguns deles transformaram-se em verdadeiros foc...os de violência, como o Bairro da Cruz Vermelha ou o Bairro da Torre. Em Alcoitão, um bairro social ficou conhecido por "Bairro de Hollywood", tal é a dimensão dos confrontos que aí se verificam entre polícias e marginai...See more
  • Sarah Corsino Li o texto todo, apesar de extenso.
    Confirma-se o que eu disse num outro post aqui colocado: as feridas entre os dois países ainda não estão saradas.
    Como em todos os "conflitos" tanto uma parte como a outra têm razões de queixa e têm razão nos seus po
    ntos de vista.
    As realidades são sempre vistas de duas formas (no mínimo).

    Concordo plenamente que os portugueses que emigram para Moçambique, e/ou qualquer outro país, não se esqueçam das suas origens mas que respeitem a Lei e os usos do país acolhedor.
    Como sempre ouvi: Em Roma, sê Romano.

    Só discordo de algo que li no texto (apesar de ter achado que o mesmo tinha um tom acintoso e agressivo, mas a senhora lá terá as suas razões), que é a ideia que os moçambicanos supõem que os portugueses têm deles.
    Vi já muito português, em Portugal, não ter as maneiras mais correctas com oriundos dos Palop´s. Já vi e ouvi dizerem coisas muito feias (a estupidez grassa em todos os lados).
    Mas, por incrível que pareça, os portugueses sempre tiveram um comportamento com os moçambicanos completamente diferente do que têm com os oriundos de outros Palop´s.

    Sempre os acharam mais inteligentes e mais correctos que os restantes. Sempre os aceitaram melhor que aos outros.
    Lourenço Marques era um orgulho para Portugal, antes do 25 de Abril. Sempre ouvi ser denominada por a "Paris da África Austral".
    Mesmo em relação aos "retornados", os que vinham de Moçambique sempre foram melhor recebidos e integrados.

    Por vezes queremos ver as coisas como as queríamos ver - por feridas antigas, por dores provocadas, por injustiças cometidas - não querendo dizer que sejma como elas o são na realidade.
    Acho que foi o erro que a autora deste artigo cometeu.

    Mas.....será sempre bem-vinda a Portugal (mesmo em crise e cheio de problemas).

    Nota: Quanto aos vistos, acho que Portugal teve uma atitude idiota e agora está a sofrer as consequências.
    Mas, recordem-se, quem toma as decisões são os políticos, não os cidadãos comuns.

    Uma boa noite para todas (os).
  • José de Matos A carta tem alguns pontos interessante mas peca pelas generalizaçoes e estereotipos. Nao gostei! Muito mais equilibrado e coerente é o texto do Noe Nhantumbo no Canalmoz. Evidentemente que as feridas nao estao saradas mas temos de questionar o que esta a ser feito para que as feridas sejam saradas.
  • Helder Silva Carta com conteudo carregado de recalcamentos e um ódio de estimação ao tuga. Carta carregada de inverdades, ou mesmo mentiras que mais não fazem do que agitar as águas, de um e outro lado. De tantas coisas infelizes que escreve, destacaria o que diz sobre o que acham os portugueses sobre o Moçambicano. Infelizmente ou não, a quase total maioria do português não está nem aí para distinguir o moçambicano do angolano ou cabo verdeano. Para o português de Portugal e em especial o que nunca visitou África é ou não negro ou o preto consoante o tipo de gente a que pertence. Ser moçambicano em Portugal só existe porque aina hoje na sua gande maioria, para não dizer totalidade, só é considerado diferente por aqueles que lã viviam e hoje vivem em Portugal. Sempre foram, são e serão esses que defendem o moçambicano e Moçambique, dizendo que não se podem comparar com os outros negros das ex-colónias, em especial Angola e s Angolanos. Sempre em Portugal foram defendidos, por aqueles que foram vitimas de barbara chacina perpétuada por moçambicanos. Foi também e é o facto de saberem que terá sido o portugues de Portugal a instigar essas chacinas, juntanto a um nao querer acreditar que jamais o amigom vizinho, colega de trabalho moçambicano seria capaz de algum dia de cometer uma barbaridade daquela dimensão. Mas, importa saber que esses acontecimentos foram vividos na primeira ou segunda pessoa porparte daqueles que ainda hoje falam e defendem Moçambique o moçambicano. Não é necessário evocar seculos atrás, no entanto deixem-me juntar que o americano branco também escravizou o americano negro e o alemão branco assassinou o alemão banco, só por ser de origem judaica. Tendo vivido esses acontecimentos em Moçambique porque morava no bairro do aeroporto (Mavalane) , tendo vindo com 12 anos para um país que nunca consegui considerar meu porque apesar de branco, durante muitos anos sofri na pele o facto de ser um retornado que em Moçambique tinha criados pretos e lhes batia e escravizava e que teria vindo para Portugal porque se tinha acabado a mama. O meu pai trabalhava na mais de 18 horas por dia, como mecanico numa oficina a baixa depois de sair numa garagem onde fazia biscates a arranjar carros dos vizinhos e amigos. Até vir para Portugal nunca a minha consciência soube o que era a palavra racismo, porque brincava na rua todo o dia e os meus amigos e amigas eram igualmente e brancos, negros ou mestiços. Nós conhecíamo-nos pelo nome ... apenas. Nas escolas onde sempre andei tinha colegas de carteira igualmente de varias cores ou raças. Para finalizar, o que me parece levantar esta polémica toda é que por um lado muito português está a escolher Moçambique porque sempre ouviu dizer ao retornado que Moçambique e os moçambicanos são diferentes e bons. No entanto, tocando no cerne do problema é que me prece que finalmente se encontram estão em choque duas classes... a do branco que em Portugal sempre escravizou e se aproveitou do branco e do negro, que agora se lhe acabou essa regalia e mordomias e que quiça procura em Moçambique e à custa do pobre moçambicano a continuidade pra esse status que terá perdido. Então aí vai chocar e encontrar um conflito de interesses ou concorrência se quiserem com especialmente o moçambicano branco e mestiço que da mesma forma sempre explorou o negro (regra geral) desde a independencia porque sempre estiveram ligados de alguma forma ao aparelho do partido. Estice em Moçambiue em 1999, 2000, 2094 e 2005 e confesso que vim revoltado como muito moçambicano com poder, tratava o moçambicano pobre. Uma vergonha e em parte pior do que exploraçao, vi humilhação. Por estas e por outras razões, serao estes moçambicanos que hoje se revoltam com medo que lhes vão tirar essas mordomias. Com razão direi eu, porque a maioria do português que para aí vai é da mesma laia e espécie, igualmente de mau caracter. O pobre vai continuar pobre e explorado em Pirtugal ou em Moçambique.
  • José de Matos Gostei, Helder Silva, eu continuo a achar esta polemica absurda e desnecessaria!
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