26-01-2013 16:57:42
Maputo, 26 JAN (AIM) – Várias entidades nacionais e internacionais estão a responder positivamente ao apelo lançado pelo governo moçambicano no sentido de apoiar as populações afectadas pelas cheias que estão a assolar o país.
Neste momento, decorrem, a nível nacional, actividades de recolha de bens alimentares para os afectados, resultantes de iniciativas de organizações da sociedade civil e grupos de pessoas que se organizaram nesse sentido.
Por outro lado, algumas entidades internacionais acabam de manifestar a sua intenção de apoiar aos afectados.
Segundo uma nota do Departamento do Reino Unido para o Desenvolvimento Internacional (DFID, sigla inglesa), a que a AIM teve acesso, o governo britânico decidiu desembolsar 800 mil libras (37.4 milhões de meticais/1.2 milhões de dólares americanos) para o apoio às vítimas das inundações em Moçambique.
A ajuda de emergência, segundo a mesma nota, será entregue pela representação do DFID no país, através de um consórcio de ONG, levada liderado pela "Save the Children" ao Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC).
O auxílio do DFID incidirá essencialmente sobre armazenamento e distribuição de produtos não-alimentares como kits domésticos e purificadores de água para as áreas mais afectadas e centros de acomodação de emergência, onde se encontram temporariamente as famílias deslocadas.
A assistência do Reino Unido inclui igualmente o apoio às autoridades de saúde, com vista a prevenirem e controlarem o surto de doenças como a cólera.
As Nações Unidas constituem a outra entidade internacional que já está a disponibilizar o seu apoio.
“A ONU tem pessoal posicionado no terreno nas áreas mais afectadas, onde a distribuição de alimentos já começou, bem como a criação de estruturas de abastecimento de água. Outras formas de apoio incluem distribuição de biscoitos de alta-nutrição para 25 mil pessoas, 5 mil redes mosquiteiras, 16 bidons de água e 3mil barras de sabão”, lê-se num comunicado enviado à AIM.
As agências da ONU e parceiros estão, no momento, a colectar e analisar informações para finalizar rapidamente um pedido de financiamento para o Fundo Central de Resposta a Emergência (CERF, sigla inglesa) para as intervenções mais urgentes de salva-vidas.
Das consultas feitas, sugere-se que serão necessários um mínimo s15 milhões de dólares para toda a operação humanitária. Entretanto, acredita-se que este montante poderá aumentar à medida que a situação continua a registar um agravamento.
Aliás, o período chuvoso em Moçambique que está dividida em duas épocas (Outubro, Novembro e Dezembro) a primeira, e a segunda de Janeiro até Março.
"Em consultas com o governo, vamos fazer um apelo aos nossos doadores para fazer fundos adicionais disponíveis imediatamente para ajudar a lidar com esta situação de emergência", disse Jennifer Topping, coordenadora de ajuda humanitária da ONU para o país.
O cenário de cheias é mais preocupante em Gaza, particularmente no distrito de Chókwè, que depois de estar completamente submerso, mas com as águas a baixaram rapidamente, tem um universo de 70 mil pessoas foram retiradas de emergência.
A situação que se deteriorou nos últimos três dias em Gaza, já causou a morte de 26 pessoas.
(AIM)
FTA/le
(AIM)
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