quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Descontentamento no seio do MPLA e PR ignora o óbvio - Manuel Vunge



Luanda - "A nível interno, analisará com espírito autocrítico as causas que levaram militantes seus a absterem-se ou colocarem boletins em 'branco' nas urnas nalgumas cidades, particularmente em Luanda, para definir as soluções políticas adequadas". Este foi o desabafo num formato de desespero de José Eduardo dos Santos no acto de abertura da VI sessão ordinária do Comité Central.
Fonte: Club-k.net
Insatisfação silenciosa dos membros do MPLA na hora do voto

Num espírito construtivo e como antigo militante da OPA, JMLA e posteriormente nas esferas do MPLA espero ajudar o Sr. presidente e seus mais próximos enumerando em anexo as causas que levaram militantes como eu a não votarem no MPLA:

1 - Atípico: Como militante do MPLA não compactua com este modelo constitucional. O Atipismo cimenta a ditadura "dando" um poder absoluto em todos os sectores a um "único" cidadão. O ATIPISMO assemelha-se ao jogo do "Monopólio político", na qual o JES tem inclusive as prorrogativas para escolher o chefe de turno do departamento de informação da ANGOP ou do responsável máximo de um dos municípios no UÍJE para exemplificar.

2 - Corrupção familiar: Eduardo dos Santos é o corrupto número um de Angola. Não se justifica num estado democrático -faz de conta- todos os sectores chaves da economia serem geridos por filhos, familiares ou amigos próximos. Como se diz no velho ditado " Faz o que eu digo e não o que eu faço".

3 - Ditadura interna no MPLA. Nenhum membro do Comité Central do MPLA ou de um outro escalão do MPLA fala abertamente o que sente. É de conhecimento geral que JES não é receptível ao dialogo e frontalidade.

4 - Liderança: JES não tem os instrumentos básicos de um líder que o país necessita para os dias de hoje. Talvez para um período de guerra JES ostentava os atributos para chefiar o MPLA. Para este século JES simplesmente não tem o carisma, tarimba admnistrativa e personalidade para implementar uma liderança progressista e sustentável.

Portanto, num prisma autocrítico o PR da república que tem o poder máximo e absoluto de decisão no MPLA porque os demais não se pronunciam abertamente com medo de perderem as benesses que têm deveria ouvir e sentir a pulsação da população. Apurar abertamente das massas o que eles pensam e o que querem de Angola. Como sugestão abre uma conta pessoal no Face book e no Twiter tal como todos os presidente democráticos o fazem e comunicar directamente com o povo. O modelo de comunicados e obra do século 10.

Propositadamente rogo aos leitores deste texto para incluírem outros pontos chaves que possam ajudar a dar crédito ao MPLA que se não mudar o rumo do barco nas próximas eleições outros mais membros do MPLA optaram em não votar no MPLA simplesmente por não corroborarem com a filosofia antiquada do actual presidente.

Sem comentários: