segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

As “diarreias” da selecção - Agostinho Rodrigues



Luanda - A péssima participação da selecção angolana até aqui levanos, seriamente, de forma desapaixonada, a refletir sobre o futuro do futebol nacional, que pelo que temos vindo a assistir está sem rumo, onde os jogadores demonstram má formação “congénita” do ponto de vista técnico, qual gira-bairro? - jogadores que mal sabem rececionar uma bola quando mais fazer um passe devidamente bem executado. A participação de Angola nestas competições é uma desilusão, luxo na miséria -tenhamos coragem de assumir isso.
Fonte: Angolense
Quem vir os Palancas Negras a jogarem facilmente pode concluir que o futebol angolano precisa ser repensado, está mal, mas mal mesmo, jogo de futebol incaracterístico e sem qualidade técnica, uma verdadeira bola ao ar - qual partida de basquetebol?, cuja diferença é a bola ser executada com os pés.

Futebol, embora não seja especialista nesta matéria, não é andar aos pontapés à bola e sem obedecer as regras. Ao invés de se investir numa selecção do “quase”, das contas, ou seja, da calculadora, dependente de terceiros, urge definirse prioridades e em meu entender o CAN nunca deveria ser a prioridade, antes pelo contrário, deveria optar-se pela eorganização do futebol angolano através da massificação do desporto, criação de escolas de formação, onde desde cedo o petiz aprende o ABC do futebol e não do gira-bairro ou coisa parecida para a competição nacional, ou mesmo continental.

Não basta participar por participar, é preciso fazê-lo com dignidade. Competir com as outras selecções de igual e não o contrário, quando na realidade o país gasta tanto dinheiro com o envio de grandes equipas de reportagens dos órgãos públicos e, sobretudo, com transmissões em directo do principal serviço noticioso da TPA a partir do país da competição, os gastos com os direitos de transmissão, as ajudas de custo, enfim, para não falar de outros encargos, Angola não deve se dar ao luxo de esbanjar dinheiro quando temos necessidades básicas por resolver, como por exemplo, a falta de água, energia eléctrica, escolas suficientes e outros.

Mais do que esbanjar, Angola deveria suspender temporariamente a sua participação nestas competições, para se reorganizar, quando a pretexto de falta de dinheiro a Rádio Nacional de Angola e a TPA suspenderam transmitir em directo os debates parlamentares. Algo não vai bem…

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