Construiu-se nas barreiras de Maputo, vedando a passagem das
águas pluviais e subterrâneas, ceifaram-se os eucaliptos na baixa, que
absorviam a água, liquidou-se a FACIM a favor do imobiliário, multiplicaram-se
ministérios com vista para o mar obstruindo o escoamento das águas. Qual a
surpresa então das inundações nessas zonas? Espanto sim, que não ocorressem
mais desgraças.
Sérgio Vieira |
Ao fim de muito tempo identifiquei as causas essenciais de
muitas calamidades, que deveriam figurar num Manual para Provocar Calamidades:
1. A incúria e negligência de centros de decisão;
2. A indiferença às recomendações e avisos detécnicos
competentes e experimentados;
3. A ganância de promotores mais buscando o lucro que o
respeito devido às leis e forças da natureza;
4. A procura de comissões nas reabilitações, pelo que se
despreza a manutenção básica e permanente.
Aqui já se puniu com prisão os variados autores dos
desmandos. Agora, em boa democracia e mercado libertário, tendemos a promover e
eleger os prevaricadores. Precisamos de
respeito pelos interesses do povo e não dos especuladores, mesmo se com
roupagem de investidores. Abraço todos que lutarem contra os Manuais para Provocar
Calamidades.
Sérgio Vieira
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