terça-feira, 25 de julho de 2017

Agente da UIR baleia mortalmente esposa em Manica


Agente da Unidade de Intervenção Rápida indiciado de matar esposa a tiro
No distrito de Gondola, em Manica, um agente da Polícia da República de Moçambique (PRM) afecto à Unidade de Intervenção Rápida (UIR) baleou mortalmente a sua própria esposa.
Trata-se de Felisberto Waite, que na manhã do último domingo, após lhe ter sido confiada uma missão policial, levou consigo a pistola pertencente à corporação e deslocou-se até à sua residência, na vila de Gondola, onde disparou dois tiros que atingiram fatalmente a esposa na cabeça, esta que em vida respondia pelo nome de Catarina Chapessa Sande.
De acordo com o chefe das Relações Públicas no Comando da PRM em Manica, o agente foi entregar-se na primeira esquadra, em Chimoio, depois de cometer o crime, e disse que terá alvejado mortalmente a sua esposa movido por ciúmes.
“Este membro da PRM, no lugar de ir atender a missão que lhe foi confiada, entendeu embarcar num transporte de passageiros e dirigiu-se à sua residência, em Gondola. No local, alvejou a esposa, que, infelizmente, acabou morrendo”, explicou Leonardo Colher, segundo o qual “investigações apontam que motivos passionais podem estar na origem do crime”.
A PRM, que lamenta a conduta do seu agente, diz que já foram instaurados processos-crime e disciplinar com vista a responsabilizar o indiciado, que se encontra detido na primeira esquadra em Chimoio.
“Lamentamos o comportamento deste membro da PRM, porque esta atitude não condiz com a conduta adoptada pelos nossos membros, no exercício da sua missão, por isso, já foi processado criminalmente e decorre, em simultâneo, um processo disciplinar devido a esta atitude”, referiu Colher.
O irmão da vítima, Zuwaraira  Sande, revelou que o casal vivia momentos difíceis, com acesas discussões pelo meio, sendo que o marido chegou a acusar a finada de lhe ter provocado impotência sexual.
“Esta situação começou com discussão. Há dias, o meu cunhado informou-me que a minha falecida irmã lhe tratou para não ter potência sexual, mesmo na relação conjugal e fora dela”, explicou Sande, que disse ainda ter aconselhado o cunhado a procurar pela medicina tradicional para tratar da alegada impotência sexual.

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