16/07/2017
SOBRE O TALENTO DA GOVERNADORA DE GAZA
Centelha por Viriato Caetano Dias (viriatocaetanodias@gmail.com)
O asseio não é somente ao nível da roupa, ao nível do corte de cabelo, do corte das unhas, higiene do quarto, mas também ao nível da linguagem. Samora Machel
Só não vê quem realmente não quer. De facto, a província de Gaza está na rota do desenvolvimento. A fórmula é simples: planificação, rigor orçamental e prestação de contas. Penso que este tripé não teria sido conseguido sem o quarto elemento, necessário e fundamental: a visão estratégica da Governadora de Gaza, Stella da Graça Pinto Novo Zeca. Visão estratégica significa ter a capacidade de diagnosticar as instituições, esmiuçar os factores que concorre para a sua estagnação e lançar rampas para o crescimento material e harmonioso.
Com a agudeza da sua visão, Zeca percebeu que Gaza não podia continuar a viver das abundâncias históricas do passado e nem da vitimização (por culpa das calamidades naturais que têm assolado a província), razão pela qual adoptara uma filosofia de trabalho sincronizado visando atender os desafios da produção e produtividade. Todos os sectores e lugares são chamados a produzir, mesmo aqueles que eram tidos como “pias baptismal do poder.”
A juventude está no epicentro da sua governação como força motriz para o desenvolvimento da província. Como o ensino superior está cada vez mais mercantilizada (para não falar da dumbanenguização), em lugar de ser uma “Arca de Noé” (binómio de quantidade e qualidade), temendo por isso um exército de desempregados na província, os jovens têm sido convidados a abraçar os programas de geração de rendimentos. Não há dúvida que a profissionalização abre caminhos ao homem para uma realização plena de trabalho. Gaza é disso o exemplo. A profissionalização está a ser um verdadeiro motor para o combate ao desemprego na província. Os jovens estudantes são ensinados, através de palestras inseridas no problema Jovem de Sucesso, a seguir os caminhos da perfeição e a saber fazer. Pouco a pouco torna-se evidente uma coabitação institucional profícua entre os mais velhos e os mais novos. Significando que a juventude está a ganhar terreno e a fazer o que ainda não havia sido feito: a simbiose tecnológica entre os distritos.
Direitos, Liberdades e Obrigações dos Cidadãos (Elementos de Autocrítica)
Por Capitão Manuel Bernardo Gondola
Direito, liberdades e obrigações essenciais dos cidadãos, estabelecidos pela Constituição, que estão na base do estatuto jurídico-constitucional de cidadão e condicionam a possibilidade para este de participar na vida política, social e cultural da sociedade moçambicana.
Você vê, o que acima de tudo caracteriza os direitos e liberdades dos cidadãos no país é o facto de a possibilidade da sua realização ser garantida pela lei. A construção de uma sociedade independente livre da colonização permitiu à Constituição da República Popular de Moçambique aprovada em 1975, devolver ao povo moçambicano os direitos e as liberdades fundamentais. A Constituição de 1990 introduziu o Estado de Direito Democrático, lançando os parâmetros estruturais da modernização, contribuindo de forma decisiva para a instauração de um clima democrático.
A Constituição de 2004, alongou ainda mais os direitos e liberdades dos cidadãos.
Pela primeira vez, esta Constituição consagrou o direito à protecção da saúde, à habitação, à cultura, à liberdade de criação nos domínios científico, técnico e artístico; o direito de participar na gestão dos assuntos do Estado e da sociedade; de apresentar aos Órgãos estatais e às Organizações sociais sugestões com vista a melhorar o seu funcionamento, destarte como de criticar as suas insuficiências; o direito de ser juridicamente protegido contra os ataques à honra, à dignidade, à vida, aos bens e à liberdade individual; o direito de apresentar queixa contra as acções de qualquer funcionário; o direito a uma indemnização como reparação de um prejuízo causado por acto ilegal.
Acontece, sem medo de errar, a Constituição de 2004 confirmou os direitos e liberdades antigos, mas, além disso, enriqueceu e aprofundou o seu conteúdo e multiplicou as garantias que asseguram a sua fruição:
APOTEOSE DE NYUSI AO LEGADO DO IMPERADOR NGUNGUNHANE
O Presidente da República, Filipe Nyusi, sublinhou o papel desempenhado pelo herói e símbolo da residência à penetração colonial, Ngungunhane, imperador de Gaza, como obra que deve continuar a inspirar tanto os residentes do distrito de Chibuto quanto os moçambicanos nos esforços de luta pelo seu bem-estar.
Nyusi destacou o legado do último imperador de Gaza no Posto Administrativo de Tchaimite, local histórico do distrito de Chibuto, onde o Leão de Gaza, foi preso pelas autoridades portuguesas em 1895, falando no comício popular havido, sábado, no local, por ocasião da visita de três dias que esteve a efectuar à província.
Segundo Nyusi, a luta travada por Ngungunhane, ícone da história de residência à penetração e a dominação colonial, visava garantir que fossem os próprios moçambicanos a fazer as escolhas em relação ao conceito de construção do país, e as suas intenções estão bem espelhadas nos esforços que os moçambicanos empreendem em várias frentes em busca do que aspiram.
As guerras de Nhungunhane na luta contra os colonos tinham em vista expulsar os portugueses para organizar e melhor responder aos anseios do povo de Gaza, explicou o presidente, anotando que o seu exemplo, para além de inspiração, é lição para os objectivos que lutamos por conquistar.
Nyusi destacou o legado do último imperador de Gaza no Posto Administrativo de Tchaimite, local histórico do distrito de Chibuto, onde o Leão de Gaza, foi preso pelas autoridades portuguesas em 1895, falando no comício popular havido, sábado, no local, por ocasião da visita de três dias que esteve a efectuar à província.
Segundo Nyusi, a luta travada por Ngungunhane, ícone da história de residência à penetração e a dominação colonial, visava garantir que fossem os próprios moçambicanos a fazer as escolhas em relação ao conceito de construção do país, e as suas intenções estão bem espelhadas nos esforços que os moçambicanos empreendem em várias frentes em busca do que aspiram.
As guerras de Nhungunhane na luta contra os colonos tinham em vista expulsar os portugueses para organizar e melhor responder aos anseios do povo de Gaza, explicou o presidente, anotando que o seu exemplo, para além de inspiração, é lição para os objectivos que lutamos por conquistar.
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Xiconhocas da semana: Víctor Bernardo; Marcelo Chaquisse; Verónica Macamo
Os nossos leitores elegeram os seguintes Xiconhocas na semana finda:
Víctor Bernardo
O antigo vice-ministro de Planificação e Desenvolvimento do primeiro Governo de Guebuza, Víctor Bernardo, é um daqueles indivíduos que já deveria estar a mofar na prisão. O Xiconhoca é um dos envolvidos na burla qualificada que empurrou o país para uma crise sem precedentes. Víctor Bernardo assinou em representação da Proindicus na qualidade de Presidente do Conselho de Administração dessa empresa criada exclusivamente para roubar e colocar os moçambicanos na condição de indigentes.
Marcelo Chaquisse
Há sujeitos que olham para os cofres do Estado como a sua vaca leiteira, quando lhe são confiados cargos de direcção ou chefia. É o caso do ex-director provincial da Agricultura e Segurança Alimentar, na província da Zambézia, Marcelo Chaquisse, que foi recolhido ao calabouços. O Xiconhoca desviou cerca de dois milhões de meticais destinados ao cultivo de campos agrícolas no distrito de Nicoadala. Ao invés de contribuir para a redução do sofrimento do povo, o indivíduo preocupou-se em resolver os seus problemas pessoais. Ainda bem que o Xiconhoca teve o que merecia!
Verónica Macamo
Sem dúvida, a presidente da Assembleia da República, Verónica Macamo, é uma verdadeira poetisa quando está de boca fechada. Mas, parece que a Xiconhoca não tem noção disso e, esporadicamente, abre a boca para expelir fel. Não é que a sujeita veio ao público para apresentar uma desculpa esfarrapada sobre a compra dos Mercedes para os deputados. A Xiconhoca disse que em termos de procedimentos não há nenhum problema, pois protocolarmente os deputados se encontram acima dos ministros. Mas deliberdamente ela esqueceu-se de que o povo está a cima de todos e continua a não ter educação, saúde, para além de morrer à fome.
@VERDADE - 13.07.2017
Kroll refuta tese que 2 biliões de dólares eram para projecto de protecção da costa de Moçambique
O sumário do relatório da Kroll refuta a tese de que os mais de 2 biliões de dólares de dívidas da Proindicus, EMATUM e MAM eram um imperativo para a criação de um projecto de protecção da longa costa de Moçambique. “As infraestruturas necessária paras permitir a implementação bem-sucedida do Projecto de Moçambique, não foram instaladas antes da assinatura de cada contrato de fornecimento(...) não foi disponibilizado pessoal suficiente para receber formação sobre as embarcações(...) os sistemas de radares incorporados em cada bem não podem comunicar com os centros de comando centrais e, assim, os bens não podem ser operacionalizados”, são algumas incompetências dos gestores moçambicanos.
Enquanto aguardamos “serenamente” que a Procuradoria-Geral da República se digne a processar os funcionários e agentes do Estado que violaram a Constituição e leis orçamentais para conseguirem os empréstimos do banco suíço e russo verificamos no sumário da Auditoria que a Kroll realizou às três empresas estatais uma manifesta falta de vontade dos moçambicanos que deveriam ter criado as condições necessárias para receber e operar os equipamentos adquiridos ao Grupo Privinvest.
A Auditoria apurou que as infraestruturas necessária para permitir a implantação bem-sucedida Proindicus, da Empresa Moçambicana de Atum(EMATUM) e ainda da Mozambique Asset Management(MAM), “não foram instaladas antes da assinatura de cada contrato de fornecimento”.
STV-Jornal da Noite 15.07.2017(video)
Não editado pela STV-SOICO
A portuguesa que pode mudar o mundo
A cientista portuguesa no laboratório da Universidade de Austin, junto à caixa de luvas que permite manipular em segurança os materiais inflamáveis usados nas baterias, como o lítio
Ilana Panich-Linsman
A promessa de um planeta mais sustentável tem ADN nacional. Helena Braga descobriu a fórmula que a comunidade científica perseguia há duas décadas, para multiplicar a capacidade de armazenar energia em baterias. Quem é a física do Porto no centro da investigação americana que pretende colocar o sol e o vento no lugar do petróleo e conseguir que os carros elétricos dominem o mercado mundial?
Jornalista
Helena Braga ignorou o conselho de Andrew Murchison para não apresentar os resultados daquela experiência. “Ele vai pensar que és maluca”, avisou-a o americano, parceiro de investigação no Texas. “É desta que te manda de vez para Portugal.”
“Paciência”, pensou a física portuguesa, professora na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. “Não vou estar aqui a mostrar só o que é normal.” As viagens de uma semana aos Estados Unidos eram já uma rotina naquele ano de 2015 e, como disse um dia Isaac Newton, “nenhuma grande descoberta foi alguma vez feita sem um palpite ousado”. Aquele que a cientista se preparava para partilhar, em nova reunião de trabalho com John Goodenough, na Universidade de Austin, era só o mais recente. “Esses resultados acabaram por ser os primeiros que publicámos num artigo em conjunto”, conta Helena Braga, via Skype, a partir do Texas. Em vez de dispensada, assentou por lá, sempre em colaboração direta com "o mestre", que a nomeou investigadora principal de um projeto com ambições de revolucionar o consumo de energia no mundo. A inovação que faltava, acreditam, para o sol e o vento poderem disputar o lugar do petróleo, gás natural e carvão como principais fontes de energia na rede elétrica. E para os carros movidos a eletricidade passarem a dominar a indústria automóvel.
Posted at 16:23 in Ambiente - Ecologia - Calamidades, Letras e artes - Cultura e Ciência, Portugal | Permalink | Comments (0) ShareThis
AINDA SOBRE GORONGOSA: Por detrás das tréguas pontificou a acção das FDS
As populações que vivem nas antigas posições da Renamo, na zona da Gorongosa, mostram-se reticentes quanto à certeza de que estejamos a caminhar para uma paz efectiva e definitiva. Desconfiam a seriedade do movimento politico-armado, tendo como base as promessas dos últimos 20 anos e conjecturam que a posição tomada pelo seu líder pode estar a dever-se ao facto de as FDS terem fustigado de forma impiedosa os seus esconderijos.
Para além da missão que tínhamos de ir confirmar ou não a retirada das FDS das posições antes pertencentes aos homens armados da Renamo, depois ocupadas pelo exército, foi útil saber dos residentes da serra da Gorongosa que, afinal, na sua opinião, terá sido esse posicionamento que precipitou as anunciadas tréguas unilaterais sucessivas que viriam a ser correspondidas por aqueles a quem cabe a tarefa de defender as populações.
“ Duma ou doutra forma gostamos. O alcance da paz está acima de todas as circunstâncias que ditaram e estão a condicionar o regresso ao ambiente de relativa tranquilidade que desde 26 de Dezembro de 2016, data do anúncio do primeiro período de trégua (de 7 dias) pelo líder da Renamo estamos a viver” explica-nos Ramos Belo, jovem de 18 anos de idade, em plena região de Nhauchenge, que acrescenta:
Posted at 16:03 in Defesa, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (1) ShareThis
GESTÃO DE ESPÓLIO: Obras de Malangatana e Craveirinha preocupam os filhos
Recuperar, preservar e divulgar as obras de Malangatana e Craveirinha foram o mote de uma conversa, há dias, entre os filhos e apreciadores das obras dos artistas acima referidos.
A conversa teve lugar no Centro Cultural Moçambique-Alemão, tendo como sustentabilidade a Lei n.º 10/88 que determina a “protecção legal dos bens materiais e imateriais do património cultural moçambicano”.
O dispositivo, segundo Zeca Craveirinha (filho do escritor José Craveirinha) e Mutxine Malangatana (filho de Malangatana Valente Ngwenya), é claro:“o Estado tem o dever de contribuir na protecção e conservação dos bens daqueles que são considerados parte da memória histórica de Moçambique. Mas só na teoria, porque na prática, não estamos protegidos”.
Zeca Craveirinha e Mutxini Malangatana falavam durante um debate sobre o espólio dos seus falecidos pais, organizado pela plataforma mbegamz: artes e reflexões, com o intuito de reflectir sobre a defesa do legado de Malangatana e Craveirinha, tidos como “embondeiros culturais”.
Na ocasião, as fontes defenderam que é necessário recuperar as obras espalhadas pelo mundo, uma vez que são parte do património cultural e que precisam de ser do domínio dos moçambicanos, contribuindo na construção da cidadania e identidade nacionais.
Historiadores dos EUA dizem que Portugal deve pedir desculpa por tráfico de escravos
Walter Hawthorne, autor de livros como "From Africa to Brazil: Culture, Identity, and an Atlantic Slave Trade 1600-1830", acredita que "um pedido de desculpas deve focar-se numa ação, com reconhecimento das consequências, e terminar com uma ação corretiva", como a criação de um museu ou um centro de investigação
Os líderes políticos portugueses devem pedir desculpa pelo papel do país no tráfico de escravos e incentivar uma discussão sobre o tema na sociedade portuguesa, defendem especialistas americanos ouvidos pela Lusa.
"O facto de que vários países decidiram que era importante fazê-lo sugere uma nova norma que merece reflexão. Do meu ponto de vista, um reconhecimento do passado contribui para um sentimento coletivo de reconhecimento de desumanidades do passado", disse à Lusa Walter Hawthorne, da Universidade de Michigan.
"O apoio do estado para estas iniciativas pode galvanizar a investigação e ajudar a informar melhor o público", explicou à Lusa Christopher Brown, professor da Universidade de Columbia, em Nova Iorque.
Posted at 11:27 in Antropologia - Sociologia, História, Portugal | Permalink | Comments (0) ShareThis
Moçambique tem recursos para todos - Palavras do Padre Vicente Berenguer
O Padre Vicente Berenguer Llopis, da Congregação Padres de Burgos, de nacionalidade espanhola, chegou a Moçambique no ano de 1967. Trabalhou em Moatize e Cidade de Tete e Changara, uma zona isolada, tórrida e com poucos recursos mas com gente dedicada ao trabalho.
Padre Vicente evangelizou, ensinou a sua gente a amar a Deus e ao próximo. Ensinou que o povo tem o direito à liberdade e ao progresso. Ensinou a inconformar-se com a situação e a lutar pela sua emancipação. O amor a Deus pressupõe amarras e lutar pela liberdade e independência. Muitos jovens atravessaram a fronteira ao encontro dos que lutavam pela liberdade e independência através das mãos do Padre Vicente e isso criou-lhe dissabores de tamanhos variados com as autoridades coloniais.
Em 1975, chegou a independência e o Padre Vicente continuou com o seu trabalho de consciencialização. Todos, incluindo ele próprio, estavam entusiasmados com os ventos da independência porque o povo passaria a ter mais escolas, mais centros de saúde e com melhor habitação. Não tardou a ser acusado de ensinar o povo o que não convinha aos novos governantes. Teve problemas e ia sendo "corrido" e a caminho da deportação, Sérgio Vieira foi tirá-lo do avião. São coisas da revolução de confundir amigos com inimigos. Ficou em Maputo, como funcionário da Educação sem deixar a sua tarefa de missionário. O Padre Vicente já com 80 anos, amigo dos pobres, excluídos e dos oprimidos, vai descansar depois de 50 anos de trabalho ininterrupto em Moçambique e com a gente humilde. Construiu a Escola Secundária do Bairro Ferroviário das Mahotas e um importante Centro onde as mulheres aprendem a costura e culinária. Em Ressano Garcia deixa uma imponente Escola Secundária, um condomínio para os professores com todas as condições para os docentes se sentirem bem.
15/07/2017
Vendedores de mercado em Maputo protestam contra ordem da autarquia
Autoridades municipais da capital fixaram, ontem, como último prazo para a retirada de cerca de 400 vendedores do mercado informal Nwankakana.
Ontem, um dia antes do fim do prazo, alguns vendedores protestaram contra a ordem de retirada. E as reclamações são as mesmas. Exigem dinheiro de indemnização e dizem que as bancas construídas não chegam para todos.
“Estivemos reunidos com o vereador e ele prometeu abrir-nos um espaço para as nossas actividades, mas não está a cumprir com a promessa. E hoje vem avisar-nos que amanhã irão destruir as nossas bancas. Como é que irá expulsar-nos se ainda não nos deu o espaço, muito menos o dinheiro de indemnização”, referiu Zita Cossa, uma das vendedeiras.
Os vendedores acusam o Município de os ter enganado e dizem que as suas preocupações teriam sido acauteladas, se tivessem negociado a retirada com a Maputo Sul, empresa pública proprietária do projecto da ponte Maputo – KaTembe. “Nós não estamos a resistir à retirada, estamos a exigir que nos entreguem o nosso dinheiro. O município é que está a enganar-nos. Exigimos que o município devolva o dinheiro à Maputo Sul e nós nos entenderemos com os donos do projecto”, sugeriu Cecília Sitoe, outra vendedeira.
ONG britânica diz que moçambicanos não devem suportar peso das dívidas escondidas
A diretora da Campanha para o Jubileu da Dívida, uma ONG britânica, defendeu hoje que os custos das dívidas escondidas em Moçambique não devem recair sobre os cidadãos, responsabilizando antes os membros do Governo e os bancos.
"Nenhum dos custos desta dívida odiosa deve cair sobre os ombros das pessoas comuns em Moçambique; os membros do Governo envolvidos e os bancos devem ser responsabilizados pelas suas ações", disse Sarah-Jayne Clifton numa declaração enviada à Lusa.
Nessa comunicação por email, Sarah-Jayne Clifton defendeu ainda que o Parlamento britânico deve "agir para garantir que um escândalo como este, envolvendo bancos sediados em Londres e empréstimos emitidos segundo as leis britânicas, nunca possa repetir-se".
A Campanha para o Jubileu da Dívida faz parte de um movimento global para "quebrar as correntes da dívida e defende um novo sistema financeiro que ponha as pessoas em primeiro lugar", lê-se no site do movimento, que tem assumido uma posição bastante crítica sobre os contornos da dívida de mais de 1,4 mil milhões de dólares contraídos em segredo por duas empresas públicas com garantia do Estado de Moçambique.
Posted at 19:25 in Cooperação - ONGs, Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações, Opinião | Permalink | Comments (0)ShareThis
A PERDIZ - Boletim Informativo da Renamo nº 216
EDITORIAL
DO MEDO À AGONIA GERAL DOS EXPLORADORES DA PÁTRIA
Costuma se dizer que existe um medo terrível pelo desconhecido. E isso parece confirmar-se com algumas elites politicas da nossa “pérola do indico”, a dificultar o alcance da paz que todos nós desejamos, incluindo eles. Na verdade, os mais ricos do país precisam “curtir” a vida num ambiente de paz, gastando os biliões de dólares que roubaram do povo moçambicano sem perturbações.
Mas, parece-nos que o parasitismo ilimitado de alguns sanguessugas no nosso país não os deixa livres. Daí, a agonia geral dos manda chuvas que não conseguem apanhar sono, ante o eco dos passos fantasmagóricos que os perseguem todos os dias. Está claro como o parasitismo pode levar os homens a silenciarem milhões de compatriotas seus pelo medo de um dia serem julgados. Desta forma, recorrem sempre ao militarismo, forçando o país e as suas instituições à decomposição democrática multipartidária dando lugar ao retorno da ditadura militar. Na tentativa de estagnar cada vez mais o nosso Moçambique, assistimos a contradições aguçadas ao extremo, entre um Presidente da República que constitucionalmente é o Chefe Supremo das forças da Defesa e Segurança sendo desautorizado por um tio e por outros que o rodeiam. Este Presidente confirmou publicamente que as negociações tendentes a trazer a paz e harmonia ao país, não interessam a um grupo minoritário, possuidor de imensas tradições ditatoriais em prejuízo da vontade de mais de 22 milhões de moçambicanos que já não podem suportar a pobreza e a guerra no país.
Leia tudo em Download PERDIZ nº 216pdf
Aos poderosos nem mossa faz!!!(Repetição)
Canal de Opinião: por Noé Nhantumbo
Diplomacia das sanções penalizando povos… O conceito de sanções económicas ou políticas ou ainda a combinação das duas como instrumento de política externa tem muito que se lhe diga. Com o intuito manifesto de influenciar e forçar determinado governo a mudar de atitude ou politica, as sanções já foram ensaiadas e declaradas em diversas ocasiões na história da relações internacionais. Quanto aos seus efeitos, eles têm sido variados.
Na maioria dos casos quem acaba sofrendo a parte de leão é o cidadão comum, completamente inocente e alheio aos desacordos políticos entre governos. Decretadas alegadamente para proteger os cidadãos de práticas excessivas normalmente utilizadas ou desenvolvidas por ditadores, as sanções tem alguma utilidade, mas convém dizer que são insuficientes nos seus objectivos.
STV-Noite Informativa (comentários) 14.07.2017(video)
Comentários de António Frangoulis. Caro Dr.: Lula da Silva não foi o 1º Presidente do Brasil a ser preso. Veja que "cinco outros presidentes brasileiros já foram presos: - Marechal Hermes da Fonseca(1910-1914), - Washington Luís(1926-1930), - Artur Bernardes (1922-1926), - João Fernandes Café Filho (1954-1955) - e Juscelino Kubitschek(1956-1960). Dois deles, inclusive, durante o mandato." In http://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2017/07/lula-da-silva-condenado-a-nove-anos-e-seis-meses-de-pris%C3%A3o.html
Não editado pela STV-SOICO
STV-Jornal da Noite 14.07.2017(video)
Não editado pela STV-SOICO
As mazelas que a Serra acoberta
Por detrás dos discursos políticos lavrados em salas climatizadas dos centros urbanos e muitas vezes baseados em relatórios de conveniência, há uma outra vida que se passa do outro lado da Gorongosa, longe dos holofotes da comunicação social. Na semana passada, o SAVANA fez parte de uma delegação jornalística que calcorreou o sopé da Serra para a verificação da retirada ou não de militares, em algumas das oito posições que poderão ter sido tomadas pelas Forças de Defesa e Segurança (FDS) entre Maio e Setembro de 2016.
NOTA: Se hoje, sem acompanhamento militar, os jornalistas regressassem aquela zona que encontrariam? E só foram visitadas 5 das 8 bases referenciadas pelos Presidentes Filipe Nyusi e Afonso Dhlakama. Que se passará nas outras?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
Posted at 11:41 in Defesa, Informação - Imprensa, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0) ShareThis
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