quinta-feira, 1 de junho de 2017

Tiroteio em Manila: Daesh reivindica mas polícia nega acto de terrorismo


Inicialmente, foi noticiado que o atacante tinha disparado contra os hóspedes. Agora, o chefe da polícia diz que o ataque "não pode ser considerado um acto de terror".
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A polícia de intervenção cercou na noite desta quinta-feira um resort em Manila, a capital das Filipinas, onde se ouviram tiros e explosões. Os bombeiros no local disseram à Reuters que há um incêndio no segundo andar do edifício. Através da sua agência de propaganda o grupo islamista Daesh reivindicou o atentado mas o chefe da polícia filipina, Ronald dela Rosa, afirmou que não existe qualquer indicação de que o tiroteio esteja relacionado com terrorismo e que pode tratar-se, afinal, de um assalto.
Ronald dela Rosa disse que a polícia estava a controlar a situação e que a reivindicação por parte do Daesh pode ser apenas propaganda. Segundo o seu relato à rádio DZMM, um único homem armado entrou na zona de jogos no resort e incendiou algumas mesas. Os disparos, diz ainda, não foram dirigidos a pessoas, como foi inicialmente noticiado.
De acordo com o site de notícias Rappler.com, também citado pela Reuters, há feridos. Mas o chefe da polícia afirma que o atirador não fez feridos: “Não podemos dizer que isto é um acto de terror… ele não feriu ninguém”.
Na sua conta de Twitter, a direcção do Resorts World Manila — que inclui um hotel, restaurantes, bares, um casino, um teatro, um cinema e um centro comercial — escreveu: “Estamos de momento fechados devido a relatos de tiros disparados por um homem não identificado. A empresa está a trabalhar de perto com a polícia filipina para garantir que os clientes e empregados estão a salvo. Pedimos que rezem por nós neste momento difícil”.
De acordo com a CNN, um homem com o rosto coberto teria disparado contra os hóspedes no segundo andar do edifício. Na altura, a polícia — que retirou os clientes que estavam no complexo — tinha apenas avançado que estava “no controlo da situação”.
As fotografias que as testemunhas publicaram nas redes sociais mostram fumo a sair de um dos andares do resort e feridos a serem assistidos pelas equipas de socorro.
Este ataque ocorre num momento em que o Governo das Filipinas combate militantes islamistas do grupo Maute, com ligações ao Daesh, que tentaram controlar a cidade de Marawi, na ilha de Mindanau (Sul do país). Os combates levaram o Presidente Rodrigo Duterte a declarar a lei marcial em Mindanau — avisou que poderia alargá-la a todo o país.

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