A retirada das posições das Forças de Defesa e Segurança é uma posição politicamente corajosa e pertinente para a paz. No entanto, a retirada é estrategicamente comprometedora para a segurança do Estado.
Prontos. Falei!
Calton
Comentários
Calton Cadeado Essa do profético é interessante! E, como estamos no espaço e no debate público marcadamente moralista, não vão faltar pessoas para dizer Falso Profeta! 🙈
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Borges Nhamire Bom dia Prof.
Retiram-se posições que não são permanentes. Estavam lá devido ao momento de escalada de conflito que o país enfrentava. Certamente as posições fixas (permanentes) continuam presentes e creio até reforçadas pela desconfiança típica que deve existir neste momento.
Não creio que haja muita ingenuidade dos dirigentes dos serviços de inteligência ao ponto de ignorarem a indispensável territorialidade dos serviços de defesa e segurança que na verdade são mais de segurança do que de defesa, para ser preciso.
Retiram-se posições que não são permanentes. Estavam lá devido ao momento de escalada de conflito que o país enfrentava. Certamente as posições fixas (permanentes) continuam presentes e creio até reforçadas pela desconfiança típica que deve existir neste momento.
Não creio que haja muita ingenuidade dos dirigentes dos serviços de inteligência ao ponto de ignorarem a indispensável territorialidade dos serviços de defesa e segurança que na verdade são mais de segurança do que de defesa, para ser preciso.
Calton Cadeado Bom dia, meu caro amigo Borges!
Eu concordo plenamente com a tua observação. No entanto, devo te dizer que há erros estratégicos de posicionamento das forças de defesa e segurança, sobretudo de defesa, que foram cometidos depois da assinatura do AGP.
Aqui, nesta plataforma do facebook não da para elaborar muito porque senão serei moralmente condenado, pois vale lembrar que o momento, agora é para fazer discursos moralistas de apelo à paz e diminuir o show off de teorias e de academicismo lunatico.
Ademais, aqui nesta plataforma não da para fazer elaborações estratégicas....
Eu concordo plenamente com a tua observação. No entanto, devo te dizer que há erros estratégicos de posicionamento das forças de defesa e segurança, sobretudo de defesa, que foram cometidos depois da assinatura do AGP.
Aqui, nesta plataforma do facebook não da para elaborar muito porque senão serei moralmente condenado, pois vale lembrar que o momento, agora é para fazer discursos moralistas de apelo à paz e diminuir o show off de teorias e de academicismo lunatico.
Ademais, aqui nesta plataforma não da para fazer elaborações estratégicas....
Borges Nhamire Soube de um amigo em comum que está em Moçambique... aceito o privilégio de tomar um chá consigo. Também tenho dúvidas que não posso colocar aqui...
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Jacinto Américo A grande questão é que quando dizes a alguém que quer paz deve obrigatoriamente retirar da "casa do outro" os elementos que mostram sua desconfiança em relação às intenções da outra parte, não seria prudente dizer que está a conversar e quer paz e continuar a manter a posição de defesa e desconfiança. Mas, concordo com o professor e não é de hoje que digo. Este teatro está longe de fechar as cortinas e terminar com aplausos
Jay Cee Malôa Fico com a impressao de que a segunda oração da sua frase deveria ser a primeira. Como está, da a entender que ñ concordas com a posição, embora ñ seja essa a opiniao. Estou certo? Se ñ, o que farias no lugar do Comandante em Chefe?
Calton Cadeado Infelizmente, "Este teatro está longe de fechar as cortinas e terminar com aplausos" (Jacinto Américo) Achei interessante esta tua colocação que expressa um realismo que espero que os estrategos saibam ver!
Calton Cadeado Jay Cee Malôa, my friend! Estas a propor-me a posicao/ o papel de comandante em chefe. Eu gostaria de propor a minha posição ao comandante em chefe. Esta inversão de papeis eh interessante, ... Eu quero única e exclusivamente, participar no optimismo, mas com realismo a bem do Estado. Eu estou a pensar o Estado!
Calton Cadeado Na minha perspectiva, eu aconselharia o comandante em chefe a ver as vantagens e as desvantagens. Por isso, eu gosto da minha posição.
Calton Cadeado Jay Cee Malôa, my friend! Dhlakama eh um mau politico, mas eh um bom general. Eu nao sei que disse isto, mas seja quem for a pessoa que disse isto, disse poucas palavras, mas disse muita coisa que deve ter muita relevância para os estrategas.
Jay Cee Malôa Ya... de mata o tipo percebe bem... mas voltando ao seu ponto, acredito que foi esse o SWOT que o Comandante fez e chegou a essa decisao. Retirar tropas é sempre um sapo a engolir, mas toda a conjuntura socio-economica ñ favorecia, e nem eram populares os retratos incertos das quedas de tropas, que no caso vertente ñ se comensuravam em quantidade mas no impacto na opiniao publica. Até agora, ñ vejo como ñ acertiva a decisão do Chefe, que tb tem um plano B, pois essas retiradas sao estrategicas.
Calton Cadeado Jay Cee Malôa! Eu fiquei ultrapassado com esta tua intervenção, sobretudo com o ponto sobre o Plano B! No entanto, sugiro que não fales do Plano B, pois isso não cria confiança. Não fala de Plano B, senão a Dhlakama vai zangar e voltamos ao ponto zero!
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Domus Oikos Prof. Calton CadeadoCadeado para a paz e consolidação da confiança entre as partes em diferendo é necessária a retirada daquelas zonas. Em diálogo a que ceder estratégicamente. Imagina a recusa total seria o perpetuar das hostilidades inúteis pra o desenvolvimento.
Parabéns a ambos presidentes que sem mediação pesada e custosa chegaram a este entendimento. Deve ver isso como sinal de um grau no caminho de vitória o que implica deixar os medos e receios. Exige-se coragem e sem tal nada se alcança.
Parabéns a ambos presidentes que sem mediação pesada e custosa chegaram a este entendimento. Deve ver isso como sinal de um grau no caminho de vitória o que implica deixar os medos e receios. Exige-se coragem e sem tal nada se alcança.
Calton Cadeado Amigo e Prof. Domus Oikos! Eu concordo com a sua observação. Por isso que reconheço que a decisão/ posição tomada eh absolutamente corajosa. Mas, o realismo não me deixa quieto, sobretudo porque sei que neste momento estamos a REPETIR um erro estratégico que espero que não seja mais caro do que o que pretendemos alcançar a curto prazo. Neste momento, noto que ha um esforço imensurável do governo em criar confiança da RENAMO em relação ao governo, mas não noto reciprocidade (o que não eh nenhuma novidade)...Eu estou com reservas e estou a coloca-las abertamente, aqui. Se o optimismo triunfar, com sustentabilidade para a paz e para a segurança, eu virei a publico, com a mesma frontalidade, dizer parabéns pelo resultado.
Jacinto Américo Calton Cadeado tenho dito lá no meu quintal que a RENAMO foi criada para desestabilizar e é isto que ela tem feito até hoje é disto infelizmente não passará. Infelizmente o meu pre senti mento diz me que viveremos disto por muitos e eternos anos, RE =? NA =? MO, o seu medo é absolutamente racional.
Calton Cadeado Muhamad Yassine! Eu estou ultrapassado! Pode mostrar 3 evidências de reciprocidade? Ou será que a reciprocidade é o que todos chamam trégua e eu prefiro dizer que é cessar-fogo unilateral!
Muhamad Yassine Ok.
1: a Renamo desativou a sua base em Inhambane
2: voltou aos canais formais de negociação
3: tornou viável o negócio através da estrada nacional n1
1: a Renamo desativou a sua base em Inhambane
2: voltou aos canais formais de negociação
3: tornou viável o negócio através da estrada nacional n1
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Eusébio A. P. Gwembe Eu nao quero ser acusado de "criminoso" quanto a este assunto. A minha paz espiritual conta mais até a entrega da primeira espingarda da Renamo ao Governo. Ainda estao alinhar os jogadores, falta-lhes entrar em campo.
Calton Cadeado Eusébio A. P. Gwembe! Eunao consegui me conter e arrisquei-me a ser criminoso contra a paz, pois penso que o moralismo que domina a nossa esfera de debate publico tem a sua relevancia, mas isso não deve significar a morte do realismo nas nossas analises. Eu penso que o optimismo deve triunfar, mas o optimismo deve triunfar com realismo. Isso significa SABER DIZER as coisas com frontalidade!
Jacinto Américo Eusébio A. O. Gwembe, a RENAMO não entregará nenhuma espingarda e nao vai se desfazer da única coisa que lhe torna um ator "importante"
Eusébio A. P. Gwembe Calton Cadeado agora falta ouvir dos bandidos da T3 a exigirem a retirada da PRM naquelas bandas. :)
Eusébio A. P. Gwembe Jacinto Américo parece-me que o optimismo do PR é contrario a este seu pensar. Ele esta confiante que depois da confiança entre as partes seguir-se-a a parte da entrega. Aguardemos pelo milagre.
Hiuane Abacar Optimistas realistas ou realistas optimistas!!! Por ter um raciocínio lento nem consigo ser a relevância deste vosso debate / posionamento a tal ponto que as tantas perdi a oportunidade de estar sem escrever.
Abraço.
Abraço.
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Circle Langa Subscrevo Cadeado mas prefiro chamar a esta medida um MAL NECESSÁRIO. Vale a pena lembrar que toda decisão sobretudo a este estágio teria consequências entretanto o importante é avaliar quais das consequências seriam fáceis de gerir.
Muhamad Yassine Eu sempre disse que não se pode vencer a Renamo pelas armas. Disse que apesar de não ter apoio regional como se disse não seria pêra facul. Ao retirar as forças da região o governo optou pelo caminho certo para a confiança e tera uma resposta positiva .
Calton Cadeado Está claro que não se vence guerrilha, a curto prazo e sem sacrifícios. Yassine! Veja o caso de Sri Lanka, veja o caso de Angola, veja o caso do Uganda...No entanto, este processo é caricato, pois somente o governo é que tem que criar condições para a RENAMO confiar. A RENAMO não precisa de criar confiança! Mas, fazer mais como🙈🤣? Isto é próprio de conflitos entre actors com grandes desequilíbrios de poder. O mais forte é que tem que pagar a factura mais pesada, na negociação e na guerra!
Eu estou a espera de ver resposta positiva durável, sustentável e a benefício do Estado, que começa com o desarmamento e a desativação das bases da RENAMO. Será essa a resposta positiva, Muhamad Yassine?
Eu estou a espera de ver resposta positiva durável, sustentável e a benefício do Estado, que começa com o desarmamento e a desativação das bases da RENAMO. Será essa a resposta positiva, Muhamad Yassine?
Borges Nhamire Não acredito que a Renamo se desarme. As armas em actual contexto da instrumentalização das FDS pelo governo do dia (que se subordina ao partido Frelimo) são o mais importante recurso de poder/pressão da Renamo!
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クロス アルベルト Ponto final concordei.
De qualquer forma, a Renamo foi sempre imprevisível, por tanto, não está garantido que teremos efetivamente o efeito desejado com esta ação. Contudo, quero acreditar, que aquele senhor lá, sabe o que está a fazer e que tem noção clara do que esta decisão carrega como possíveis impactos.
De qualquer forma, a Renamo foi sempre imprevisível, por tanto, não está garantido que teremos efetivamente o efeito desejado com esta ação. Contudo, quero acreditar, que aquele senhor lá, sabe o que está a fazer e que tem noção clara do que esta decisão carrega como possíveis impactos.
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CJ Bila De acordo. Em geral as negociações decorrem mantendo-se as posições do xadrez. Porque ninguém sabe antecipadamente do desfecho de essas negociações.
Rui De Vasconcelos Caetano Essa segurança é posta em causa pela ameaça interna ou externa? Clarifique um pouco isso.
Amilcar Frederico Pereira E se a seguranca do Estaso nao esta a trazer a paz? De que serve mesmo essa seguranca? O que pretendemos Paz ou seguranca? Ou sera que a paz e a seguranca? Qual seria a alternativa na situacao actual sem comprometer a paz?
Calton Cadeado Perguntas muito importantes, Amilcar Frederico Pereira! Muito importante!
Essas perguntas fazem-me lembrar o dilema entre a democracia e a paz, no Sudão. O que é que vem primeiro? Como alcançar um valor, sem ameaçar outro valor? O mesmo dilema aconteceu no Zimbabwe, na sequência da crise eleitoral da década de 2000. Em Moçambique, tivemos o mesmo dilema que foi simbolizado na primazia entre alcançar a paz e manter os homens armados da Renamo...!
Eu não tenho dúvidas que a paz é prioridade absoluta. Por isso que eu disse que a decisão de desativação das unidades militares governamentais é corajosa e pertinente. No entanto, eu não posso deixar de dizer que essa decisão política tem um custo estratégico. Aqui, vale lembrar que SER ESTRATEGA É ESTAR A FRENTE DOS PROBLEMAS E NÃO CORRER ATRÁS DOS PROBLEMAS (prejuízos) a longo prazo. Ademais, ser estratega é assegurar que os problemas/ custos da desactivacao das unidades militares governamentais não traga, a longo prazo, problemas de segurança maiores do que os problemas que pretendemos resolver, a curto prazo!
Essas perguntas fazem-me lembrar o dilema entre a democracia e a paz, no Sudão. O que é que vem primeiro? Como alcançar um valor, sem ameaçar outro valor? O mesmo dilema aconteceu no Zimbabwe, na sequência da crise eleitoral da década de 2000. Em Moçambique, tivemos o mesmo dilema que foi simbolizado na primazia entre alcançar a paz e manter os homens armados da Renamo...!
Eu não tenho dúvidas que a paz é prioridade absoluta. Por isso que eu disse que a decisão de desativação das unidades militares governamentais é corajosa e pertinente. No entanto, eu não posso deixar de dizer que essa decisão política tem um custo estratégico. Aqui, vale lembrar que SER ESTRATEGA É ESTAR A FRENTE DOS PROBLEMAS E NÃO CORRER ATRÁS DOS PROBLEMAS (prejuízos) a longo prazo. Ademais, ser estratega é assegurar que os problemas/ custos da desactivacao das unidades militares governamentais não traga, a longo prazo, problemas de segurança maiores do que os problemas que pretendemos resolver, a curto prazo!
Saize Samuel De facto a retirada das forças é uma iniciativa aplausive para o nosso pais!mas eu acho que ainda falta muita coisa para se acertar por parte dos principais contendores.porque a nossa historia desde do acordo de roma nos mostrou muita coisa,portanto é so lembrar o que aconteceu na primeira guerra mundial que depois da assinatura de tratado de versalhes houve paradoxo.por isso para mim é uma questao estratégica que o proprio tempo vai editar.
1 comentário:
Estamos mal! Agora entendo a razão de continuarmos a citar Aristóteles que viveu a 450 anos a.C.até aos dias de hoje. Tudo indica que os nossos netos e bisnetos vão continuar a citá-los. Há uma enorme hesitação ou mesmo receio de sair fora do círculo de debate implicitamene aceite.Só se fala do Estado, ninguém quer ir atrás das razões que levaram o Dhlakama e estar naquele lugar. Desde quando existe o Estado neste espaço geográfico! Ele é desistabelizador. Devia ter recebido apoio da Russsia e China para deixar de ser desistabelizador. Krimeia...! Sou reaccionário!
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