Propriedade do Departamento de Informação
Sai as Quinta Feiras * Distribuição Gratuíta * Maputo, 13.07.2017 * Edição nº 216 Ano 4
Por ocasião da passagem de
mais um ano da fundação do
Destacamento Feminino da
RENAMO, o Presidente do
partido, dirigente máximo
das Forças da guerrilha da
RENAMO, Afonso Macacho
Marceta Dhlakama, dirigiu-se
aos membros do partido e em
particular as mulheres mo-
çambicanas que se juntaram
para comemoração do 37º
aniversário da fundação da
ala feminina da RENAMO, que
deu origem a Liga Feminina do
partido.
“Eu continuo em contacto
com o Presidente da República
para conseguirmos com a
ajuda de nossos colaboradores
chegar a um acordo que
ponha fim aos confrontos militares
no nosso país.” Disse o
Presidente Dhlakama.
A seguir, apresentamos na
íntegra a intervenção do Presidente
da RENAMO por ocasião
da efeméride:
O destacamento feminino da
RENAMO teve sua existência
no momento em que as mulheres
pela primeira vez entraram
nas fileiras da guerrilha,
na base provincial de Macoca
em Manica, distrito de Sussundenga,
posto administrativo
de Dombe, no longínquo
ano de 1980. A mulher participou
na luta, no combate
lado a lado com os homens,
as senhoras fizeram tudo o
que era feito pelos homens
nas bases. Elas a semelhança
dos homens desempenharam
funções como as de oficias de
informação, da logística, das
operações, trabalharam em
várias repartições ou áreas
da Guerra. Foram responsá-
veis das comunicações como
operadoras de rádios militares
onde circulavam mensagens
entre as diversas bases
militares. Também, algumas
mulheres, foram instrutoras
militares que formaram muitos
comandos da RENAMO, e
outras foram enfermeiras. As
mulheres no destacamento
Feminino, participaram activamente
em tudo, incluindo
nas frentes de combate.
Estamos a dizer que a participação
da mulher na luta pela
democracia foi efectiva. Aquelas
mulheres que participaram
directamente na luta pela
democracia, representaram
todas as mulheres moçambicanas.
Repito que hoje, dia
5 de Julho, é o dia da mulher
moçambicana. Da mesma maneira
que a Frelimo comemora
o dia 7 de Abril e não vamos
discordar dela, também a RENAMO
tem a data 5 de Julho
e eles não podem discordar
dela pois é importante que
qualquer mulher saiba que
participou da luta pela democracia.
Hoje, é o dia do Destacamento
Feminino da RENAMO,
sendo o dia em que a mulher
moçambicana se engajou na
luta pela democracia. Neste
dia que hoje é recordada, em
que estamos continua na pág 3
“O QUE EU PEÇO É QUE TENHAM PACIÊNCIA, ESPERANDO A CONCRETIZAÇÃO DO SONHO DOS
MOÇAMBICANOS”
PRESIDENTE DHLAKAMA NAS COMEMORAÇÕES DO 37º ANIVERSÁRIO DO DESTACAMENTO FEMININO DA RENAMO
2
Editorial
DO MEDO À AGONIA GERAL DOS
EXPLORADORES DA PÁTRIA
Costuma se dizer que existe um medo terrível pelo
desconhecido. E isso parece confirmar-se com algumas
elites politicas da nossa “pérola do indico”, a dificultar o
alcance da paz que todos nós desejamos, incluindo eles.
Na verdade, os mais ricos do país precisam “curtir” a vida
num ambiente de paz, gastando os biliões de dólares que
roubaram do povo moçambicano sem perturbações.
Mas, parece-nos que o parasitismo ilimitado de alguns
sanguessugas no nosso país não os deixa livres. Daí, a
agonia geral dos manda chuvas que não conseguem
apanhar sono, ante o eco dos passos fantasmagóricos
que os perseguem todos os dias. Está claro como o
parasitismo pode levar os homens a silenciarem milhões
de compatriotas seus pelo medo de um dia serem
julgados. Desta forma, recorrem sempre ao militarismo,
forçando o país e as suas instituições à decomposição
democrática multipartidária dando lugar ao retorno
da ditadura militar. Na tentativa de estagnar cada vez
mais o nosso Moçambique, assistimos a contradições
aguçadas ao extremo, entre um Presidente da República
que constitucionalmente é o Chefe Supremo das forças
da Defesa e Segurança sendo desautorizado por um tio
e por outros que o rodeiam. Este Presidente confirmou
publicamente que as negociações tendentes a trazer
a paz e harmonia ao país, não interessam a um grupo
minoritário, possuidor de imensas tradições ditatoriais
em prejuízo da vontade de mais de 22 milhões de
moçambicanos que já não podem suportar a pobreza e a
guerra no país.
Será que essa minoria ainda não entendeu que quanto
mais violência eclodir, mais inimigos constitui, incluindo
dentro das suas casas? Ainda não entenderam que
quanto mais sangue verterem em defesa dos seus
interesses mesquinhos, do seu estômago, mais isolados
ficarão? Será que é mais fácil morrer num “bunker” do
que morrer honradamente? Mas por quê tanto medo se
é possível ter-se uma saída airosa que beneficie o país?
Pelo medo desta minoria, Moçambique está a desviar os
parcos recursos que possui na aquisição de armamentos
que afundam cada vez mais o país. E com este agir, parece
que o nosso Moçambique está sendo empurrado para
momentos de maior incerteza política e económica. E, a
pergunta que ocorre neste momento é: A quem beneficia
esta situação?
Será que o Presidente da Frelimo Filipe Nyusi vai conseguir
fazer de contas que nada está a acontecer no país, estando
a assistir as manobras militares prevalecentes em volta
da serra da Gorongosa, cercando o homem com que ele,
Nyusi garante estar a buscar a paz duradoura para o
país? Estará ele interessado em continuar a proteger estes
interesses confessados, contrários a paz e reconciliação
nacional, pisando a legalidade institucional e rejeitando
simplesmente conceder a paz ao povo? Estará Nyusi mais
uma vez interessado em ser chamado homem que falta
a palavra e disposto a declarar guerra aos povos do sul,
centro e norte que são os verdadeiros donos do nosso
solo, subsolo, do espaço aéreo e marítimo?
Sem sombra de dúvidas, cá, fora das esferas do poder
é sintomático que os “poderes” continuam sem aprender
nada. A mesma geração que gritava aos quatro ventos
“somos a favor do operário e camponês, etc “ hoje se torna
irredutível em relação aos massacres do mesmo povo, nos
campos, nos bairros e nas estradas. Mas, enquanto isso
acontece, o povo assiste enojado a desmoralização desta
classe de “dirigentes”.
Olhando para o nosso Estado percebemos que não passa
de um modelo semi-colonial que continua apostado em
usar a imprensa na divulgação de mentiras como forma
de cegar o povo menos atento ou que se encontra distante
dos acontecimentos. Tal foi o caso da visita relâmpago a
Gorongosa, para (confirmar a retirada das posições do
exército que cercam o refúgio do Presidente Dhlakama),
onde a imprensa foi apontada a dedo, como forma de
buscar apenas aqueles jornalistas que seriam caixas de
ressonâncias do ministro de defesa acerca da suposta
retirada das posições militares. Mas foram infelizes. Que
vergonhosa atitude!
Nós sabemos que para esta escumalha, a melhor coisa
é destruir o país. Como quem diz: “prefiro perder tudo,
mas ninguém ganhe nada”. Está visível a obsessão pelo
dinheiro que cega a eles infelizmente.
A nós só resta dizer: Poupem o povo moçambicano do
sofrimento.
Dai a César o que é de César.
Ficha técnica
Director:Jeronimo Malagueta;
Editor: Gilberto Chirindza;
Redacção:Natercia Lopez;
Colaboradores: Chefes regionais de informação;
Maquetização: Sede Nacional da Renamo
Av. Ahmed Sekou Touré nº 657;
Email: boletimaperdiz@gmail.com
Cells: 829659598, 844034113;
www.renamo.org.
Nº de Registo
07/GABINFO-DEC/2015
“A Semana em foco”
Um programa radiofónico que faz análise dos temas políticos e sociais de destaque semanal.
Sintonize e escute a frequência 90.0FM Rádio Terra
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Participe! 821075995 ou 840135011
3
continuação da pág 1 a falar
aqui, continuamos a lutar
pela constituição da democracia,
pois, como nos lembramos
houve uma luta, que
nos conduziu até à assinatura
do acordo de ROMA para o
estabelecimento da democracia
multi-partidária do nosso
país. Embora esta democracia
esteja a caminhar com
deficiências, é preciso que
continuemos a trabalhar na
construção de um Estado democrático
efectivo no nosso
país. Quero prometer às mulheres
do partido RENAMO
que o sacrifício consentido
pelas raparigas e pelas senhoras
durante a luta pela democracia
não foi em vão, embora
hoje, a democracia não esteja
a funcionar bem, já existem
sinais de que Moçambique
será um exemplo na região da
África Austral.
Eu continuo em contacto com
o Presidente da República
para conseguirmos com a
ajuda de nossos colaboradores
chegar a um acordo que
ponha fim aos confrontos militares
no nosso país. Como
sabem, há dois pontos na
mesa das negociações, o ponto
número um sobre a descentralização
do Estado, pois,
pretendemos ter até 2019 governadores
eleitos em todas
províncias, onde concorrentes
da RENAMO, da Frelimo e do
MDM possam ser eleitos. Essa
é a maneira de descentralizar
o Estado, aproximando a
democracia das populações e
isto significa de facto que as
províncias do país, pela primeira
vez serão governadas
por pessoas eleitas pela população
local, contrariamente
àquilo que tem acontecido até
agora, onde apesar de os partidos
ganharem nas províncias,
é o governo central que
nomeia governadores vindos
do seu partido, prejudicando
desta forma o partido vencedor
e, isto é anti-democrático.
Assim sendo, a partir do ano
2019 tudo vai mudar neste
aspecto. Quero aqui dizer
que não será só eleger governadores
simbólicos, mas,
eles serão dotados também
de poder, pois haverá uma lei
das finanças provinciais que
de facto irá estruturar a maneira
da divisão dos impostos
locais. Isto não quer dizer que
todo dinheiro colectado nos
impostos ficará só para benefício
das províncias. Não será
assim, pois, uma parte dos
impostos será encaminhada
para o orçamento geral do Estado.
E temos como segundo ponto
o enquadramento dos comandos
militares da RENAMO.
Como sabemos, a concretiza-
ção deste assunto, ficou pendente
nos acordos de Roma e
já falei por várias vezes sobre
o assunto, frisando que é bom
que tenhamos um exército
técnico profissional, ou seja,
um exército diferente do que
temos agora, que ataca a oposição
e recebe ordens do partido
Frelimo. Ao enquadrarmos
os comandos da RENAMO
será a forma de despartidarizar
as Forças Armadas de Defesa
de Moçambique (FADM)
e tornando-as profissionais e
técnicas, fazendo com que sejam
uma instituição do Estado
que não é usada para os fins
partidários. Também iremos
integrar os nossos comandos
na Polícia da República de
Moçambique (PRM), como
forma de despartidarizar as
forças Policiais. Os moçambicanos
sabem qual é o comportamento
da polícia no
nosso país. É preciso saber-se
que num país democrático a
polícia não pode pertencer a
um partido político, deve ser
sim uma instituição do Estado,
uma força de segurança
para proteger os bens dos
moçambicanos.
O que eu peço é que tenham
paciência, esperando
a concretização do sonho
dos moçambicanos. Eu Afonso
Dlhakama quero vos dizer
hoje, que embora as coisas
andem de vagar há muita
coisa que já falei com o Presidente
da República embora
haja falta de implementação,
mas eu quero aproveitar esta
data para dizer que continuarei
a representar os interesses
do povo, negociando com o
governo da Frelimo até que
o povo consiga de facto a paz
efectiva e a democracia que
permite a alternância governativa
no nosso pais. Não irei
responder a provocações.
Repito, não irei responder as
provocações, mesmo as viola-
ções da trégua que têm acontecido,
não irei responder,
porque quero reconhecer que
no seio da Frelimo existe uma
ala que está contra o diálogo
que estamos a levar a cabo.
Como líder e com a experi-
ência que acumulei desde o
ano de 1992 na governação
de Chissano, passando pela
governação de Guebuza, não
irei me despistar do objectivo.
Quero prometer a todos
os moçambicanos que iremos
conseguir que Moçambique
seja um país diferente.
Na ocasião, as mulheres da RENAMO,
representadas pela Liga Feminina,
Organização Especial do partido,
dirigiram uma mensagem alusiva a
data, onde elas expressavam alegria
por a data em comemoração coincidir
com a data em que sua organização
feminina está a completar 12
anos da sua oficialização como Liga
Feminina do partido. Na mensagem
apresentada pela Presidente Nacional
da Liga Feminina da RENAMO,
Maria Inês Martins, passou-se uma
homenagem às primeiras mulheres
de ingressaram nas fileiras da
guerrilha em 1980 nomeadamente,
Amélia Bonzo, Vitória Dhlakama e
Albertina, consideradas como a inspiração
das outras mulheres.
Segundo a mensagem, as mulheres
foram representadas de algum
modo durante a luta pela democracia.
Maria Inês agradeceu na sua
mensagem as mulheres que de arma
em punho estiveram envolvidas na
luta pela democracia, dizendo que o
facto de se estar a comemorar este
feito, deve-se a participação destas
mulheres: “Valeu a pena o vosso
sacrifício embora a democracia não
seja a desejada mas acreditamos
que um dia Moçambique será um
país de referência na África Austral”.
Disse.
Prosseguiu deixando a seguinte
exortação as lideranças: “Por isso
queremos aproveitar o dia de hoje
para encorajarmos o nosso Presidente
General Afonso Macacho
Marceta Dhlakama a continuar a
dialogar com o Presidente Nyusi no
sentido de conseguirem soluções o
mais rápido possível”.
Encerrando sua intervenção, A Presidente
da Liga Feminina da RENAMO
manifestou em nome das mulheres,
o desejo de ver estabelecida a
Paz efectiva no país, acompanhada
da democracia que permita a realização
de eleições Livres, Justas e
Transparentes que conduzam a alternância
governativa.
MENSAGEM DA LIGA FEMININA
4
A RENAMO convocou a imprensa
na sua sede nacional
em Maputo, no dia 4 de Julho
corrente, para esclarecer e
protestar sobre o incumprimento
do governo acerca da
propalada retirada das posi-
ções das FDS que ainda cercam
Gorongosa.
António Muchanga, porta-
-voz da RENAMO disse na
sua introdução que a razão
principal da convocação da
conferência de imprensa era
de clarificar acerca dos entendimentos
havidos entre os
Presidentes Afonso Dhlakama
e o Presidente Filipe Nyusi,
entendimentos esses, que resultaram
na declaração da tré-
gua sem prazo pelo Presidente
Dhlakama. Foi na sequência
que o Presidente Nyusi garantiu
que iria mandar retirar as
vinte e seis (26) posições que
cercam Gorongosa, até o final
do primeiro semestre do
presente ano, ou seja, até dia
30 de Junho. Muchanga afirmou:
“Este entendimento foi
alcançado em finais de Abril,
portanto, cabe ao Presidente
Nyusi clarificar o que esta
acontecer porque no terreno
assiste-se a movimentação
de umas posições para outras
quando o entendimento foi
de que as posições seriam retiradas.”
Afirmou ainda o porta-voz
da RENAMO que o que aconteceu
na verdade, foi a movimentação
das posições de
Maphangaphanga, Nhacunga,
Nhaungenge e Nhamadjiua,
que foram se juntar ás posi-
ções de Zogorwe, perto do rio
Nhadue , Tazaronda, Nhaulanga
e Mucoza, na mesma região
de Gorongosa e Isso, segundo
António Muchanga aconteceu
antes do dia 25 de Junho.
“No dia 26 movimentaram-
-se as posições de Lourenço
que foi para Canda, Sede do
Posto Administrativo do mesmo
nome, também moveu-se
a posição de Nhalilosa para
Nhaulanga. O que se exige é
que se cumpra o entendimento.
Se há dificuldades, que se
diga para que os dois dirigentes
encontrem melhor saída.
A verdade é que ninguém saiu
de Gorongosa.” Afiançou Muchanga,
para de seguida considerar
que o incumprimento
da palavra do Comandante
em Chefe das FDS Filipe Nyusi,
põe em causa os entendimentos
entre este e o Presidente
Afonso Dhlakama e as garantias
de paz dadas ao povo
moçambicano e ao mundo.
Disse ainda Muchanga: “O
que esperamos é a integração
dos homens da RENAMO nas
Forças Armadas, na Polícia e
no SISE.”
Para o porta-voz da RENAMO,
o que o Ministro da defesa
disse, foi além das questões
tratadas pelos dois Presidentes.
Muchanga entende que
se o desejo do ministro for
de deslocar jornalistas para
confirmarem a movimenta-
ção do exército, pode fazê-lo,
mas o que se pretende é a
retirada das Forças de Defesa
e Segurança das posições que
ocupam a volta de Gorongosa,
para os seus quartéis, conforme
o combinado entre as
duas lideranças.
A RENAMO está a trabalhar
a todo gás no país com vista
a reorganização da sua estrutura
de base, no âmbito de
lançamento de novos cartões
de membros e procedimentos
actualizados para registo
e quotização. Segundo pudemos
constatar, foi lançada
uma plataforma informática
de registo de membros, que
foi oficializado por brigadas
centrais que escalaram as 11
províncias do país.
As duas brigadas centrais
em actividades nas províncias,
foram dirigidas pelo Secretá-
rio-geral da RENAMO Manuel
Bissopo e Gania Mussagy,
Membro da Comissão política
do partido, respectivamente.
Entrevistada pelo Boletim
a Perdiz, Gania Mussagy responsável
pela brigada que
escalou as províncias de Tete,
Manica e Inhambane admite
que o trabalho levado a cabo
pela sua brigada foi um sucesso,
na medida em que as
metas propostas foram superadas.
Gania Mussagy afirmou: “na
RENAMO sempre houve registo
de membros e pagamento
de quotas pelos Membros,
com uso de
GORONGOSA CONTINUA CITIADA
PELAS FDS
NA DIÁSPORA
continua na pág 5
PARTIDO RENAMO LANÇA NOVOS
PROCEDIMENTOS DE REGISTO DE
continuação da pág 4
5
m e i o s
rudimentares. E, o que agora
está a acontecer é a introdu-
ção de novos sistemas de informação
on-line na gestão do
partido.”
Segundo Gania Mussagy,
findo o processo em curso,
proceder-se-á a entrega dos
cartões de membros numa
cerimónia previamente agendada.
Esta foi a constatação da brigada
da RENAMO na província
de Maputo que escalou aquele
distrito rural. A brigada era
constituída por membros da
Comissão Política Provincial,
Deputados pelo Circulo Eleitoral
da Província de Maputo
na Assembleia da República e
pelos Membros da Assembleia
Provincial de Maputo, escalou
o distrito de Moamba, concretamente
os povoados de
Mavunguane e Mkakaze, esta
última conhecida por Ngungue,
entre o passado dia 30 de Junho
último e 01 de Julho.
A brigada era chefiada por
Clementina Francisco Bomba,
delegada Política Provincial,
que dirigindo-se aos presentes,
começou por fazer a restrospectiva
da situação política do
país, desde a iniciativa do Presidente
Afonso Dhlakama da cria-
ção das Autarquias Provinciais,
submetendo o Ante-projecto
das Autarquias Provinciais que
foi reprovado na Assembleia
República pelos Deputados da
bancada da Frelimo. Esclareceu
acerca das emboscadas sofridas
pelo Presidente Dhlakama
no povoado de Chibata, Província
em Manica, no dia 12 de
Setembro de 2015 e em Zipinga
no dia 25 do mesmo mês. Ainda,
Clementina Bomba esclareceu
sobre os contornos da
saída do Presidente Dhlakama
da Gorongosa à Cidade da Beira
no dia 8 de Outubro de 2015,
seguida do cerco policial à sua
residência no dia 9 do mesmo
mês. A delegada provincial de
Maputo fez menção da era negra
da actuação dos esquadrões
da morte, criados pelo regime
comunista da Frelimo com o objectivo
de silenciar a democracia
multipartidária, reinstalar a
ditadura militar, para a reintrodução
da pena de morte, das
guias de marcha e para a institucionalização
corrupção. Esclareceu
ainda que todas essas
manobras engendradas pelo
partido Frelimo visam atrasar
a governação da RENAMO, esquecendo
que fazendo isso, tornam
a RENAMO mais robusta e
apta para continuar a acreditar
na vitória nos próximos pleitos
eleitorais municipais em 2018 e
nas eleições gerais e das assembleias
provinciais de 2019.
Por seu turno o outro membro
da brigada, Deputado da
Assembleia da República, José
Manuel Samo Gudo, esclareceu
aos presentes a respeito da dí-
vida pública e deu a conhecer
que dirigentes corruptos da
Frelimo endividaram o nosso
Moçambique. Informou ainda
que os deputados da Frelimo
na Assembleia da República impuseram
por ditadura de voto,
que a dívida deve ser paga pelo
povo Moçambicano, quando na
verdade, o dinheiro beneficiou
os corruptos ligados ao regime
da Frelimo.
Na sequência, o Chefe Provincial
do Departamento da Mobilização,
Senhor Samuel Mandlate
exortou aos membros e simpatizantes
a continuarem a depositar
sua confiança no Presidente
Afonso Dhlakama e na RENAMO
para a consolidação do Estado
de Direito Democrático.
Contudo, os residentes da
Mavunguana e Mkakaza lamentaram
a falta de água potável
suficiente, bem como de bens
da primeira necessidade, pois
com a estiagem os campos de
cultivo ainda não devolveram
a esperança, e a campanha levada
a cabo pelo governo local
denominada comida pelo trabalho,
é excludente na medida
em que os líderes locais, sabendo
quem são os que simpatizam
com a oposição, principalmente
com a RENAMO, simplesmente
os excluem das listas dos trabalhos.
A população local, ainda
queixa-se da falta de seguran-
ça, causada pela evasão dos
leões que saem de Game Park
e atacam o gado dos residentes,
principalmente o bovino e
entretanto, não existe responsabilização
pelos danos causados
nem pelos proprietários do
Game Park e nem pelo governo.
Refira-se que segundo informações
postas a circular pelas
populações, a população animal
no Game Park tende a crescer,
existindo inclusive muitos
búfalos e elefantes, para além
de leões. E estes animais têm
estado a criar pânico nas populações.
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