Familiares das vítimas pedem justiça e Polícia Nacional diz que atiraram contra os agentes
Um agente da Direcção Nacional do Serviço de Investigação Criminal
(SIC) e dois funcionários da Unitel, empresa de telecomunicações, foram
mortos pela Policia Nacional (PN) de Angola no passado dia 25 na zona do
Futungo, na capital.
A denúncia é dos familiares das vítimas que pedem justiça.
A denúncia é dos familiares das vítimas que pedem justiça.
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O Comando da PN em Luanda diz que os três jovens reagiram com tiros quando interpelados pela operação policial que estava no encalço de uma viatura roubada no município de Talatona, em Luanda.
A história
Um funcionário da Unitel pediu a um colega que o levasse à casa no carro que a operadora telefónica lhe tinha atribuído em virtude de estar embriagado depois de uma festa.
A partir daí há versões contraditórias.
Ao acordar, pensando que o carro tinha sido roubado, o funcionário ligou para o chefe dos Transportes da Unitel, a informar o ocorrido, tendo apresentado queixa à PN.
O carro foi localizado pela polícia, através do GPS, na posse de Reinaldo Maurício, funcionário da Unitel que tinha levado o colega à casa.
Mais tarde, ele estava numa barraca à espera de uma refeição, juntamente com dois amigos: Leandro Espírito Santo, tesoureiro da empresa, e Tchidy Wambambo, agente do SIC.
Nesse momento, apareceu uma viatura dirigida pelo comandante da 24ª. Esquadra do Benfica que atirou mortalmente contra os três amigos, como conta Paula Torcato, irmã de Reinaldo Maurício.
“O polícia abordou o Leandro e mandou desligar a moto, o algemaram, tendo gritado que trabalha na Unitel, só que o polícia lhe dá um tiro e o meu irmão vê e levanta os braços e tenta fugir, então o polícia também dá-lhe um tiro, o terceiro foi o jovem da DINIC a quem tiraram do carro e disparam”, conta.
Justiça e versão da polícia
Os familiares agora pedem justiça pelo assassinato dos seus parentes.
“A polícia diz que eles tiraram arma e atingiram um polícia, mas as pessoas que estavam no local dizem que é mentira, por isso queremos justiça”, pediu Paula Torcato.
A VOA contactou Mateus Rodrigues, porta-voz do comando provincial da PN em Luanda, que, sem gravar entrevista, confirmou a morte dos três cidadãos.
Rodrigues disse, no entanto, que as vítimas reagiram com tiros quando interpelados pela operação policial que estava no encalço de uma viatura roubada no município de Talatona, em Luanda.
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