quinta-feira, 13 de julho de 2017

Lindbergh diz que PT deveria estudar boicote à eleição caso Lula não concorra

Lindbergh diz que PT deveria estudar boicote à eleição caso Lula não concorra

Lindbergh Farias é senador pelo PT
O senador Lindbergh Farias (RJ) disse que o PT deveria estudar um boicote a uma eventual eleição caso Lula seja impedido de concorrer por causa de uma confirmação da condenação do juiz Sergio Moro pelo Tribunal Regional Federal da 4 Região (TRF4).
Segundo o petista, se o Lula não for candidato não vai ser uma "eleição democrática".
— Não vamos participar dessa eleição presidencial e vamos denunciar internacionalmente — disse.
  • Militância acompanha discurso de Lula do lado de fora e no improviso

    Manifestantes acompanham discurso de Lula na porta da sede do PT
    A militância do PT acompanhou o discurso do ex-presidente Lula do lado de fora e no improviso: celulares conectados na transmissão da coletiva se revelaram ao microfone conforme a conexão melhorava ou piorava. Mas o grupo de cerca de 200 pessoas conseguiu ouvir o petista confirmando sua intenção de voltar a ser candidato a presidente em 2018. O momento foi o de maior comemoração, que começaram a cantar "Brasil, urgente, Lula presidente!".
    Após o fim da entrevista o grupo deu um abraço simbólico no edifício, para representar o apoio a Lula. Dézio Lima, técnico em mecânica, saiu de Camaçari para o Congresso Nacional de Química, que ocorre na cidade desde o dia 11, mas, segundo o próprio, "deu uma trégua" no encontro para ir ao centro de São Paulo se solidarizar com o ex-presidente Lula.
    — A condenação foi esdrúxula. Como você condena um presidente com base em suposições? — reclamou.
    Pouco depois, Lula confirmou que deve ser o candidato do PT à Presidência.
    — Meu primeiro voto foi no Lula e ano que vem vai ser nele de novo. Ou em quem ele indicar — contou.
  • Lula condenado

    Lula alega inocência e defende que foi condenado sem provas

    Em discurso a apoiadores no diretório nacional do PT, o ex-presidente Lula reforçou a visão já declarada por seus advogados de que foi condenado sem provas. Os advogados do petista alega que o juiz Sérgio Moro desprezou as assertivas da defesa ao colocar na sentença apenas cinco de mais de 900 parágrafos da fundamentação pró-réu.
    — A única prova neste processo é a prova da minha inocência — defendeu Lula.
    Na visão do petista, a sentença de 9 anos e 6 meses de prisão tem componente político "muito forte" e configura uma tentativa de tirá-lo do jogo político.
    — Era visível que o que menos importava para as pessoas que faziam perguntas no depoimento era o que você falava. Eles já estavam com o processo pronto, a concepção da condenação pronta.
  • Lula condenado

    'Quem acha que é o fim do Lula vai quebrar a cara', frisou o pré-candidato a 2018

    Ao finalizar o pronunciamento sobre a condenação na Lava-Jato, por volta de 12h30m, Lula voltou a mostrar que prefere — e pretende — ser julgado nas urnas em 2018.
    — Quem acha que é o fim do Lula, vai quebrar a cara. Na política, quem tem o direito de decretar o meu fim é o povo brasileiro — encerrou o ex-presidente.
    O ex-presidente Lula fala sobre sua condenação no caso tríplex
  • LULA CONDENADO

    Análise: Mais calmo e mais conciso, Lula mostra que sentença o abateu

    Mesmo com as declarações de que sente-se injustiçado e de se lançar, mais uma vez, candidato à Presidência pelo PT, o ex-presidente Lula falou num tom totalmente diferente daquele de março do ano passado, quando elevou a voz, chorou e se irritou, durante quase uma hora. Desta vez, apesar da claque, o petista falou por cerca de meia hora apenas, praticamente sem se exaltar. Sinal de que sabe que, apesar do discurso, a condenação pesou sobre suas costas. (Pedro Dias Leite, editor de País)
    Lula
  • Lula condenado

    Lula avisa ao PT que é pré-candidato à Presidência de 2018

    Em pronunciamento sobre condenação no caso do tríplex, Lula cobra do PT que seja candidato em 2018 durante discurso.
    — Se alguém pensa que, com esse sentença, me tiraram do jogo, podem saber que eu estou no jogo — frisou Lula, ao avisar que vai se colocar, daqui em diante, como postulante à candidato à Presidência.
    O petista alertou aos eleitores que, para o bem ou para o mal, eles terão "um pré-candidato com um problema jurídico nas costas". As circunstâncias, segundo Lula, o colocam diante de três batalhas: na Justiça para ser absolvido, no PT ganhar apoio do partido e nas ruas, na "boa briga democrática" para convencer a sociedade.
    A plateia do diretório nacional recebeu a notícia aos gritos de "Lula presidente" e riu quando o ex-presidente insinuou que precisaria lutar pelo apoio do partido para a candidatura oficial.
    O ex-presidente Lula fala sobre sua condenação no caso tríplex
  • LULA CONDENADO

    Ex-presidente se diz 'indignado, mas sem perder a ternura'

    O ex-presidente Lula fala sobre sua condenação no caso tríplex
    Lula bate na tecla de que foi "condenado sem provas". Não menciona as fotos de suas visitas ao tríplex, os documentos rasurados encontrados em sua casa que tratavam do apartamento, os depoimentos de funcionários do prédio e os de pessoas que foram muito próximas a ele, como o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro...
  • Lula condenado

    'Moro não tem que prestar contas para mim. Deve prestar contas para a História', diz Lula

    Sérgio Moro
    Lula frisou que os investigadores usaram a "teoria do domínio do fato moderna" para condená-lo. De acordo com o ex-presidente, nenhuma verdade foi levada em conta, na medida em que "o PowerPoint (do procurador Deltan Dallagnol) permeou todo o comportamento deles" (da força-tarefa da Lava-Jato). A partir dali, frisou, "eles não precisavam de mais nada".
    Na visão do petista, apesar de crítico à sentença do juiz Sérgio Moro, o magistrado não lhe deve satisfações.
    — Moro não tem que prestar contas para mim. Deve prestar contas para a História, como eu devo prestar contas para a História — disse Lula.
  • LULA CONDENADO

    Análise: Lula mantém-se no papel de perseguido político

    O ex-presidente afirmou que a sentença de Moro tem um "forte componente político" e que sua condenação tem o objetivo de impedi-lo de se candidatar à Presidência. É a mesma estratégia que ele vinha utilizando: não focar nas acusações e tentar se colocar como vítima de perseguição. "Querem me tirar do jogo político". (Pedro Dias Leite, editor de País)
    Lula
  • Lula condenado

    Escritor Raduan Nassar está entre manifestantes que apoiam Lula


    Raduan Nassar
    O escritor Raduan Nassar está entre os manifestantes que foram dar apoio a Lula nesta quinta-feira. Lula agradeceu ao apoio dado pelo escritor, a quem conheceu pessoalmente apenas recentemente. "Uma das reservas morais deste país", disse Lula. 
  • Lula condenado

    'Estavam condenados a me condenar', diz Lula sobre sentença já esperada

    O ex-presidente Lula fala sobre sua condenação no caso tríplex
    Em discurso, o ex-presidente Lula declarou que já esperava a condenação. Ele citou um artigo escrito na "Folha", no ano passado, em que registrava que seus acusadores sabiam que ele não havia se corrompido nem obstruído a Justiça. Segundo o petista, os investigadores não puderam voltar atrás porque se tornaram "prisioneiros" do discurso e ficaram desmoralizados na opinião pública.
    — Estavam condenados a me condenar — frisou Lula, na sede nacional do PT. — Não é o Lula que pretendem condenar, é o projeto político que eu represento. Estão destruindo os fundamentos da democracia no nosso país.
  • LULA CONDENADO

    'O Moro tem para comigo um otimismo que nem eu tenho'

    Lula afirma isso porque diz que, com a condenação a 19 anos sem ocupar cargos públicos, ele só poderá ser candidato em 2036.
    O ex-presidente afirma que só não falou ontem porque tinha um assunto mais importante, o jogo do Corinthians. O time venceu o Palmeiras por 2 a 0.
  • Lula condenado

    Advogado de Lula diz que Moro desprezou provas da defesa em sentença

    O advogado Cristiano Zanin Martins  defende o ex-presidente Lula
    O advogado Cristiano Zanin, que representa Lula no caso do tríplex do Guarujá, disparou contra o juiz Sérgio Moro.
    — A sentença é absolutamente ilegítima, porque despreza as provas apresentadas pela defesa — declarou.
  • Lula condenado

    'Não aceitaremos um processo eleitoral sem Lula', diz presidente do PT

    Lula se pronuncia sobre condenação
    Antes do pronunciamento do ex-presidente Lula, a presidente do PT, Gleisei Hoffmann pegou o microfone para criticar a sentença do juiz Sérgio Moro, que, segundo ela, atenta contra a democracia para fragilizar a caminhada do PT.
    — Entendemos que o presidente Lula é inocente. Indignados por uma sentença que não tem base legal, prescinde de provas. Foi por essas injustiças que o PT chegou ao poder. A sentença, embora fosse esperada por muitos, até porque ele ficou refém do discurso que fez, é uma sentença que acrece de provas. Ela (a sentença) é absolutamente política, infelizmente, contra o maior líder popular que já tivemos na história — destacou Gleisi.
    A presidente do partido petista ainda declarou que a condenação de Lula não vai impedi-lo de concorrer às eleições de 2018.
    — Se pretendem enfraquecer a candidatura do presidente Lula, estão enganados. Não aceitaremos um procesos eleitoral em que a maior liderança popular seja impedida de participar. Uma eleição sem Lula é uma fraude à democracia — frisou Gleisi.

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