domingo, 18 de junho de 2017

“Encontrei dez corpos. Quatro ali, três lá em cima, outros dois ali…”


“Encontrei dez corpos. Quatro ali, três lá em cima, outros dois ali…”

18 Junho 20172.466
AVISO
Este artigo contém linguagem e descrições que podem ferir a sensibilidade dos leitores
Em Nodeirinho, aldeia de Pedrógão Grande, morreram 11 pessoas. Não seriam mais de 30 habitantes. Há um pai que não sabe do filho e um homem que faz guarda à namorada morta em casa.
“Vi pessoas mortas em condições… Encontrei dez corpos. Quatro ali, três lá em cima, outros dois ali. E ainda falta um… Ninguém pode imaginar este inferno”, desabafa Eugénio Santos, de 61 anos, um dos sobreviventes do incêndio que destruiu a aldeia de Nodeirinho, em Pedrógão Grande. “Destruir” e “sobrevivente” são as palavras certas. Num lugar com pouco mais de 30 habitantes, morreram 11 pessoas, incluindo uma criança de dois anos e outra de quatro.
Os dez quilómetros que separam Pedrógão Grande de Nodeirinho mostram um cenário apocalíptico. Há casas completamente consumidas pelas chamas, carcaças de carros abandonados, terra queimada por todo o lado. Chovem cinzas do céu. O ar está completamente irrespirável e o calor é sufocante. É impossível ignorar o crepitar das chamas que ainda lavram o pouco que resta da vegetação e da madeira que não arderam. É impossível não sentir medo, assim como é impossível ignorar os corpos — de animais, mas também de pessoas. Há corpos carbonizados que ainda não foram retirados. Alguns estão cobertos por um lençol branco. Outros, nem isso.
Manuel da Costa, de 60 anos, é a imagem de um homem derrotado pela Natureza. Os olhos mal abrem. Os dedos e as mãos estão sujos de fuligem. As unhas estão negras da batalha travada durante toda a noite, ombros com ombros com os vizinhos que decidiram enfrentar as chamas. Outros tentaram fugir e morreram no caminho, consumidos pelas chamas ou intoxicados pelo fumo. Manuel perdeu quase tudo. Sobrou a casa, parcialmente destruída. Das sete cabeças de gado, restam três. Duas ovelhas e uma cabra. Quando mostra o que resta do espaço onde guardava o pouco que tinha, é impossível ignorar o cadáver de uma ovelha, intocado pelas chamas e de olhar vazio. Enquanto esfrega os olhos e a voz lhe falha, vai repetindo: “Ardeu tudo. Ardeu tudo”. Mas essas perdas são menores, comparadas com o resto.
Crédito: João Porfírio
“Não sei do meu filho”, desespera Manuel. Viu-o pela última vez às 16 horas de sábado, quando o incêndio começou a tomar proporções dantescas. “Fugiu de carro e nunca mais o vimos”, conta. O automóvel ainda não foi encontrado. Agarra-se a essa ideia. O filho, de 21 anos, estará algures, com demasiado medo para regressar. Talvez ferido, mas vivo. Não há rede de telemóveis e a assistente social que visitou a aldeia esta manhã disse não ter qualquer informação que confirme o pior. Os vizinhos, que se juntam em assembleia para reviverem juntos o que aconteceu na noite anterior, acenam com a cabeça. “Esperemos que ele ande bem. Se Deus quiser, ele está bem”.
Os habitantes de Nodeirinho estão revoltados com o que dizem ter sido a negligência dos bombeiros e da proteção civil. É difícil distinguir onde acaba a racionalidade de uma crítica legítima e onde começa o desespero de alguém que tenta encontrar a todo o custo uma explicação para o que aconteceu. Dizem que ninguém os socorreu. Nem INEM, nem bombeiros, nem proteção civil. Foram abandonados, queixam-se. “Deixaram-nos entregues à nossa sorte e a Deus”, diz Eugénio Santos. “Uma porra de uma ambulância tinha resolvido isto. Uma porra de um autotanque tinha resolvido isto. Nada. Liguei mais de 30 vezes e nada. Deixaram-nos aqui para morrer. Sabe o que eu lhe digo? Eles que vão para a puta que os pariu!”.
Nunca pensaram em fugir. “Íamos para onde? Diga-me: íamos para onde!?”, interroga Manuel da Costa, enquanto bate com a boina no banco da paragem do autocarro. “Corríamos o risco de morrermos como os outros”, completa Eugénio Santos, sem esconder o desespero.
"Uma porra de uma ambulância tinha resolvido isto. Uma porra de um autotanque tinha resolvido isto. Nada. Liguei mais de 30 vezes e nada. Deixaram-nos aqui para morrer. Sabe o que eu lhe digo? Eles que vão para a puta que os pariu!"
“Os outros” eram seus vizinhos. Numa aldeia onde todos se davam bem, “apesar das chatices normais entre vizinhos”, foi Manuel quem ajudou a proteção civil a encontrar os corpos. Nunca é demais repetir: numa aldeia com pouco mais de 30 habitantes, morreram 11 pessoas e há uma desaparecida. A conversa só é interrompida quando começa novo foco de incêndio num terreno a escassos metros das habitações. Os vizinhos, cinco, seis, sete, todos homens, apressam-se a tentar apagar o fogo. E conseguiram. Pelo menos, para já.
Lá ao longe, pouco abaixo da casa de Eugénio, uma figura masculina guarda a casa que era sua. Não deixa ninguém aproximar-se. Nem jornalistas. Sabemos pelos vizinhos que está a guardar o corpo da namorada, que morreu no incêndio. Num cenário pintado a cinzento, o lençol branco que cobre o cadáver destaca-se. Já passaram mais de doze horas e ainda ninguém chegou para tratar condignamente do corpo.
Crédito: João Porfírio
Não é o único. Cacilda Nunes Henriques, de 75 anos, guarda a entrada da aldeia quando nos aproximamos. Apoiada num cajado, tem uns estranhos óculos de lentes cor de laranja que lhe enfeitam a cara. São espelhados, “óculos de cachopos”, como diz. Esteve a noite toda a tentar combater como podia o incêndio e, por isso, teve de usar a primeira coisa que lhe protegesse os olhos vermelhos e cansados — cansados do fumo e de chorar. As lágrimas escorrem-lhe quando conta ao Observador que um “menino de quatro anos morreu ali em cima” e que uma “menina de dois anos e a avó morreram naquela casa ao lado”. Morreram mais, mas Cacilda perde-se nos detalhes. Está exausta.
Perdeu o curral e os “30 ou 40 bicos de galinha” que mantinha para sobreviver. Parte da casa foi consumida pelas chamas, mesmo depois de “ter passado a noite toda a acartar água sozinha”. “Moro sozinha, não tenho filhos, nem netos”. Cacilda tem 75 anos. “Se chegar ao dia 18 do próximo mês, faço 76 anos”, comenta, enquanto pede desculpa por não ter os dentes todos na boca. Perdeu a prótese durante o incêndio.
Cacilda confessa que não come nada há horas. “Ainda tenho medo de me aproximar do fogão e a assistente social disse para não me aproximar das partes queimadas, porque podem cair. Mas também não quero sair daqui”. A custo, lá diz que, depois de conversar com o Observador, “vai comer uma sopinha à casa da vizinha”. “Tem de ser, não é?”.
"Há aldeias a que ainda não conseguimos chegar. A cada novo metro que percorremos encontramos corpos carbonizados"
Bombeiro
A ameaça do fogo ainda não desapareceu. A toda a volta há pequenos focos, que, com o vento que se faz sentir e as temperaturas altas, podem transformar-se e crescer. Cacilda não quer sair. “A gente tem medo de deixar a casa, não é?”.
O incêndio em Pedrógão Grande fez pelo menos 61 mortos. As autoridades já assumiram que o número de vítimas mortais vai ser maior. E ainda que as informações estejam a ser atualizadas periodicamente por via oficial, basta conversar com um dos muitos bombeiros que estão a prestar socorro na região para perceber que a catástrofe tomará proporções ainda maiores. “Há aldeias a que ainda não conseguimos chegar. A cada novo metro que percorremos encontramos corpos carbonizados”, comenta sob anonimato um dos bombeiros ouvidos pelo Observador.
A situação na Santa Casa da Misericórdia, onde foi criado um ponto de informação e de acolhimento, também não é melhor. “Há pessoas que vêm cá perguntar pelos familiares desaparecidos, porque foram encontrados os carros mas não havia ninguém lá dentro. Agarram-se a essa esperança”, diz uma técnica da Segurança Social.
No lar para onde foram encaminhados muitos dos desalojados, o ambiente é pesado e duro. “Desta vez tocou a todos”, comenta uma enfermeira, de olhos postos no chão. O Observador acabou por ser convidado simpaticamente a sair. Nenhuma das pessoas — na sua grande maioria idosos que viviam sozinhos e foram resgatados — estava em condições de falar. “Isto está absolutamente caótico. Desculpem”, lamentou a psicóloga responsável pelo encaminhamento e tratamento dos internados.
O fumo é que não dá tréguas. Pedrógão Grande e a região circundante estão, neste momento, rodeadas pelo fogo. E o calor é absurdo. Resta esperar que a noite, desta vez, não seja tão má.


Observador
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Em Nodeirinho, aldeia de Pedrógão Grande, morreram 11 pessoas. Não seriam mais de 30 habitantes. Há um pai que não sabe do filho e um homem que guarda a namorada morta em casa.


“Encontrei dez corpos. Quatro ali, três lá em cima, outros dois ali…”
Em Nodeirinho, aldeia de Pedrógão Grande, morreram 11 pessoas. Não seriam mais de 30 habitantes. Há um pai que não sabe do filho e um homem que g...
OBSERVADOR.PT


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Cláudia Abreu Um dos maiores problemas é de facto o abandono da população. Bombeiros, proteção civil, exército... nem vê-los! As populações ficam entregues à sua sorte!
Uma das coisas que eu mais crítico é a falta de informação! Duas estações de televisão públicas e três de radio... nenhuma faz serviço público nestas situações! Deviam estar a emitir repetidamente e sem parar informações sobre os incêndios. Frentes activas, direcção do vento e para onde se dirigem os fogos, estradas bloqueadas e seguras para fuga.. mas nada! As populações estão sozinhas, entregues a si próprias, contam com a ajuda dos vizinhos e fazem as suas vidas depender de mangueiras domésticas e de uma rede de agua falível! Uma vergonha o abandono a que as pessoas são sujeitas!
Não há planos de evacuação, não há sequer um sistema eficaz de alerta à população...
Uma tragédia destas dimensões não aconteceu antes por pura sorte!
Não percam tempo em acusações a partidos, não apontem dedos para tirar benefícios... temos que pensar no que correu mal e arranjar soluções! Uma fácil é tratar de que a informação chegue às povoações via TV e rádio!
É inadmissível estarem pessoas desorientadas sem saber o que se está a passar... é isto que provoca a grande maioria das decisões fatais e que poderiam ser evitadas!
É uma vergonha o que se passou neste país...

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Carolina Fernandes Toda a razão, Claudia, e com que facilidade chegaram os repórteres e as televisões depois ...

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Cláudia Abreu Verdade, eles chegam mas é para explorar a miséria alheia! Para dar informações relevantes é que nada... eu sei disto porque já vivi uma situação destas e o que ajudou a população foi um grupo aqui no Facebook onde todos iam publicando a informação relevante... nestes casos, a informação salva vidas! Pena que não haja ninguém que faça esse serviço quando pagamos milhões para manter canais de TV e rádio públicos que enquanto as pessoas estão a combater incêndios às cegas, estão a passar festivais de músicas e telenovelas... informação útil, serviço público é 0!

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Patrícia Peres Bombeiros nem vê-los? E eu que julgava que lá andavam 850. As pessoas são muito ingratas realmente.

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Patricia Cardoso Patrícia Peres Passado muito tempo depois!

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Patricia Cardoso Tem toda a razão, Cláudia Abreu! Toda a gente agarrada que nem lapas ao empreguinho. Ninguém coloca o lugar à disposição. A protecção civil foi uma nódoa e todos deviam ser condenados! Tantas horas sem ninguém fazer nada. Imagine que uma de nós ia naquela estrada? Nem informações havia na rádio sobre o que se estava a passar! Revoltante!

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Cláudia Abreu Patrícia Peres bombeiros nem vê-los sim! Não chegam, não são suficientes! Não podem estar ao mesmo tempo em todo o sítio! Não são omnipotentes!
Os territórios atingidos são vastos para a quantidade de bombeiros no terreno! Não é ingratidão, é a constatação de uma realidade, de um facto!
Não estou a dizer mal dos bombeiros, estou a constatar o que eu vivi que coincide exactamente com o relato das populações... não havia ajuda junto às pessoas, ponto!

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Cláudia Abreu Patricia Cardoso exactamente! Não há avisos, não há informação, não há nada! Há um relato de um cidadão britânico, morador em Portugal, que regressava a casa e que vê o fogo ao longe mas continua... quando dá conta está rodeado de fogo! Sobreviveu por sorte pois a casa onde lhe ofereceram abrigo foi das poucas que não ardeu!
É legítimo perguntar porque não foram emitidos alertas pelas rádios? Porque é que as pessoas não são avisadas!? É tão simples quanto isso...
O problema está precisamente aí! Se as pessoas que tentaram fugir tivessem sido alertadas das frentes e que não era seguro talvez se tivesse salvo muita gente... mas não, ficamos todos enttegues à nossa sorte!
Há que tirar ilações do que aconteceu e pensar em formas de alertar as populações bem como evacuar idosos, nem que seja com recurso ao exército! Os planos têm que existir para que sejam postos em prática rapidamente quando necessário... tudo como está é continuar a brincar com a vida de todos nós!

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Francisco Patrício Toda a gente fez o melhor que podia, a culpa foi da trovoada seca. Ou seja, tudo continuará igual, sem responsáveis quer pela ausência de ordenamento da floresta quer pela plantação de eucaliptos nos sítios que bem entendam. Siga a rusga até à próxima tragédia.

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Maria Teresa Silva Exatamente nem falam na plantação de Eucaliptos de grande combustão.

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Patricia Cardoso Maria Teresa Silva Nem na ausência da protecção civil durante aquele tempo todo! Como se o Interior não tivesse direitos! Revoltante!

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Luis Miguel Esteves Fico deveras impressionado que ao contribuir para a linha solidária SIC, o Estado cobre iva sobre o meu donativo...Dr. Mario Centeno, depois de estar a pagar o BANIF, Começar a pagar o BES, Pedem solidariedade aos Portugueses + IVA (Entendi, a linha tambem é solidaria com a AT?)

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Célia Gomes Ferreira Estava mesmo à espera disto! Já tinha comentado a respeito...que pouca vergonha!

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Luis Miguel Esteves "Vamos todos apoiar" com 0,50 € mas a AT e a operadora não colabora então a slogan deveria ser Apoiem Pedrogão Grande, Autoridade Tributária e a Operadora


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Patricia Cardoso Bom saber. Já não ajuda. Governo hipócrita!

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Élia Dias Infelizmente todos o que já passaram pelo inferno dos incendios vêem hoje as queixas que já fizeram, o desespero porque já passaram não ter servido para nada. A sua dor sofrimento e perda só tem importância no momento consulados de que tudo foi feito mais não era possível. Para o ano será melhor. Estou em choque como é possível? Deixar as populações entregues a sua sorte só contam quando aparecem as TV. As respostas de responsáveis ao longo destes dias tem sido esclarecedoras.

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Hugo Mendes "Aguardamos pacientemente as notícias sobre as percentagens dos rendimentos mensais que António Carrapatoso e demais investidores do Observador (todos bem de vida) dedicarão a esta causa. Já sabemos que menos de 10% é uma ninharia."

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Patricia Cardoso Onde estava a protecção civil? Perante um cenário destes não há plano de contingência?! Pagámos balúrdios a esta gente para quê? INCOMPETÊNCIA!!!!

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Maria Joao Tudo passa tudo esquece. Daqui a nada vem o fogo de artifício do S. João mais os bailaricos e afins. Aí já ninguém vai criticar isto, aquilo, aquele, aqueles, etc etc etc
Tristeza

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Patricia Cardoso E os responsáveis nunca serão encontrados no meio de tanta inoperância. As pessoas fugiram pq estava sós e abandonadas. Que morte horrorosa tiveram!

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Miguel Ferreira Tem de haver assumir de responsabilidades pelo desgoverno e descontrole na gestão estratégica no combate do fogo. Tem de haver demissões . Foi praticado um crime.
Pediram as pessoas para abandonar as suas casas para morrer num inferno na estrada.

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Patricia Cardoso Agora não devemos fazer perguntas mas apagar o incêndio como pedem o marcelo e o costa.

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Maria Teresa Antunes que tristesa se os nossos governos tivesem tido mais atencao de ordenacao dos terenos talves hoje naõestivesemos alememtar e pedir ao povo ajudado qual so ele e o maior culpado

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Maria Margarida Póvoas Que Deus ajude a ter força para vencer todos estes tormentos que a vida tem para por no caminho...

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Vicente Bravo Chiça!... o jornalismo piranha...e pouca vergonha...

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Marco Henriques Famílias que precisam de muito, perdas insubstituíveis. 😢

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Nela Silva Muita força e muita.e coragem. aos nossos Bombeiros são os nossos anjos da Guarda mesmo se eles próprios também têm os seus feridos coragem

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José Silva Tudo isto numa Europa evoluída.....

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Maria Manuela Castro Não há palavras...

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Catarina Lameirão Que dor!!! 😭😭😭

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Francisca Lucas Fiquei sem palavras!

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FáttiNha CapeLo #porra 😫😢

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Aida Maria Silva Incrível.

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Ana Jorge

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Paula Alexandra

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Obrigado Heróis #EuSouPedrógãoGrande

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