quinta-feira, 8 de junho de 2017

Que mensagem está a transmitir Lino de Almeida?


do lado da evidência
Já decorre, após dedução do Gabinete Central de Com­bate à Corrupção (GCCC), o julgamento por acusação de corrupção contra o ex-minis­tro da Justiça Abdurremane Lino de Almeida.
A 27 de Março de 2016, o Chefe de Estado, Filipe Nyu­si, no uso das competências que lhe são conferidas pela Constituição da Repúbli­ca, exonerou Abdurremane Lino de Almeida, do cargo de ministro da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos.
A exoneração de Lino de Al­meida foi o culminar de de­núncias de práticas de nepo­tismo e abuso de poder que o então ministro vinha pratican­do e, por isso, o GCCC acabou por acusá-lo, pelos seus peca­dos...
Através do Ofício N.° 217/ SP-MJCR/2015 de 1 de Se­tembro o então timoneiro do pelouro da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos terá retirado 44.487 dólares dos fundos públicos para levar em peregrinação pela Meca os seus amigos Amis­se Baquile, proveniente de Cabo Delgado, Adelino Pinar, de Nampula, e Ibraimo Sele­mane, também de Nampula.
Os fundos para essa emprei­tada privada teriam sido re­tirados do Cofre dos Regis­tos e Notariados!!!
Lino de Almeida, como cida­dão moçambicano e crente da religião islâmica, está(va) livre de ir tantas vezes quan­tas quiser à Arábia Saudita e ao proceder assim ele violou a Constituição da República que consagra, no seu Artigo 12, alíneas 1 e 2 o seguinte: 1. A República de Moçambi­que é um Estado laico. 2. A laicidade assenta na separa­ção entre o Estado e as con­fissões religiosas.
Os três cidadãos das relações do ex-ministro, mas que não têm qualquer ligação com o Estado, mas viajaram para a cerimónia religiosa que acontece anualmente em Meca, Arábia Saudita A  ex­pensas deste. Os referidos beneficiários viajaram e per­maneceram 21 dias em Meca à custa do erário público, fac­to que configura violação.
O que está a espantar as mais diversas sensibilidades é a ‘franqueza’ com que o ex-ministro está a usar como recurso na sua defesa de ter tido anuência do actual Che­fe de Estado, Filipe Nyusi, e da chefe da bancada parla­mentar do partido Frelimo na Assembleia da República, Margarida Talapa.
Lino de Almeida está a dizer que a “capoeira” esteve à sua disposição, por conta de um “SIM” do mais alto ma­gistrado da nação, que quan­do toma posse jura defender a constituição...
Com todos estes cenários e já que perguntar não ofen­de: Que mensagem está a transmitir Lino de Almeida?
luís nhachote

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