domingo, 18 de junho de 2017

Portugal de luto devido ao incêndio que já causou 62 mortos


Famílias inteiras encontradas carbonizadas em Pedrógão Grande
Um balanço dá conta de 62 vítimas mortais no incêndio de Pedrógão Grande, avança o secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, de acordo com Mundo ao Minuto.
O incêndio deflagrou na tarde de ontem, no qual famílias inteiras foram encontradas mortas, carbonizadas, dentro dos carros onde tentaram fugir ao fogo.
Este é o incêndio mais mortífero das últimas décadas em Portugal e o Governo já anunciou que serão decretados três dias de luto nacional.
Há ainda a registar mais de 50 feridos, incluindo bombeiros, e haverá muitas casas ardidas. Fonte da GNR descreveu ao Notícias ao Minuto um cenário marcado por aldeias que foram totalmente queimadas.
O incêndio mantinha esta manhã quatro frentes activas, duas das quais com extrema violência. Um cenário dantesco, filmado por quem fugia do local e fotografado pelos fotojornalistas da Reuters.
A maior parte das aldeias de Figueiró dos Vinhos está cercada pelas chamas e os habitantes estão a ser encaminhados para "zonas seguras" na sede do concelho.
Dezenas de pessoas que fugiram das suas casas sob ameaça das chamas foram acolhidas por populares na freguesia de Avelar, em Ansião, onde está em curso uma operação logística com alimentação e alojamento.
O presidente da Câmara de Castanheira de Pera, Fernando Lopes um dos concelhos do distrito de Leiria afectados pelo incêndio que deflagrou em Pedrógão Grande, descreveu a situação que se vive como "caótica" e "catastrófica".
As operações já mobilizam 687 operacionais, 224 viaturas e três máquinas de rasto. Foram ainda accionados meios aéreos de Espanha e França, que se disponibilizaram a apoiar Portugal. 
Está ainda no local uma equipa de desastres de massa do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses (INMLCF) e várias equipas da Polícia Judiciária. Caberá a estes operacionais analisar o local identificar as vítimas.
Tudo aponta que as chamas tenham começado devido às trovoadas secas registadas na zona no início da tarde de sábado, fenómeno que esta tarde promete voltar a repetir-se.
O director nacional da Polícia Judiciária confirma esta tese e afasta qualquer indício de origem criminosa. Diz que foi encontrada a árvore onde tudo terá começado, atingida por um raio.

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