quarta-feira, 14 de junho de 2017

MOÇAMBIQUE, O ESTADO DE MERCEDES OU DE COMIDA?


Pouco tenho a acrescentar à "problemática dos Mercedes", talvez porque certo da sua legalidade, porém convicto de ser eticamente reprovável no estágio em que vivemos... mas o que na verdade inquieta e irrita é certo populismo demagogo que parece instaurado na República, capaz de revelar perdidos os hiatos Direito e Justiça Social!
Há alguns dias, o INAE recebeu "mandato" para acabar com a venda de comida na via pública, conferido pela PGR de Moçambique!
Ora, pois, tal mandato, de acabar com a venda, na rua, de comida, pode encerrar em si uma panóplia de violações... partamos da ideia de não haver maldade nem ilegalidade, quando homens, mulheres e jovens, depois de alguns estudos de viabilidade, entre copy and paste, decidam arregaçar mangas e optem por um meio "limpo" de ganhar dinheiro, e confeccionem refeições para vender à outros compatriotas... dentre os quais, aos que não podendo encarar os proibitivos preços da nossa restauração, a têm ao longo de um árduo dia de trabalho, por vezes a primeira depois de acordarem à madrugada! Falamos aqui de uma série de princípios e direitos!
Ademais, não vejo, também, maldade no facto de uma mãe acordar pela manhã e tudo fazer, vendendo refeições, para alimentar seus filhos e garantir que os mesmos possam ir à escola... sem falar de incomensurável cadeia de sujeitos que se forma para firmar e depender do negócio... que "parado" implica que muita gente esteja desempregada e que por exemplo o crime recrudesça... para no fim perguntarmos se terá valido à pena!
Doutra banda, Mercedes "limpinhos" são comprados dentre impostos que o negócio de comida gera...
p.s. A política é para políticos... esta tentativa de ludibriar a crise do sector com "presidências abertas" pode não lograr o efeito desejado.. ademais, já temos despachos a contradizerem multas passadas com "arrojo"... queridas forte suporte para a receita pública... violação do princípio de separação de poderes? Não surpreende..
Comentários
Dário Cláudio Dias Muito certo Camarada!
Responder19 h
Assane Jamú Sidi O negocio de venda de comida na rua paga imposto ?

Ate que ponto não promove o estado a concorrência desleal ao permitir a venda de comida na rua em contrapartida dos estabelicmentos de restauração que para estar a funcionar exigem o cumprimento de uma serie de normas (ter casa de banho e etc).
Já nem falo de ser impossível verificar onde é confecionada a comida e dos locais onde estacionam os seus carros/postos de venda (proibidos ou bloqueando outros carros e etc.).

A precariedade não é o caminho !
Responder17 hEditado
Isalcio Mahanjane Pagamos todos impostos? Se dizemos não a precariedade, que meios temos para a contornar? Podemos ser humanos?
Responder
1
16 h
Assane Jamú Sidi Eu pago, eu exigo recibos válidos e etc. E devemos agir proativamente para que todos paguem, agentes singulares e colectivos. 
Promover a precariedade não é caminho para o pagamento de impostos ou para melhorar.

Devemos ser mais humanos. Desde os Mercedes a comida na rua.
Desde a pessoa que ganha o salario mínimo aos mais ricos, passando pelos dirigentes máximos. Que se acobardam por dettrás das leis por si feitas para receber sem ética nenhuma as regalias que se vem falando. 

Que caminho vamos trilhar permitindo este tipo de venda ? Visto que o fazendo não poderemos exigir higiene e outras condições aos restaurantes e etc. 
Ai sim .. caminharemos para um cenário totalmente desumano.
Responder16 hEditado

Isalcio Mahanjane Assane Jamú Sidi, atente que não é a venda saudável em causa, o hiato é proibir vendas... daí eu falar de humanizar...
Responder
2
16 h
Júlio Mutisse Eu acho que a Digníssima BB nossa PGR está a desfocar se. Não concordo com a venda não controlada como ocorre agora até por razões de saúde pública, mas sou por uma solução positiva: formalização, controlo sanitário etc. Aliás o discurso púbilico tem sido no sentido da formalização do informal.
Ademais, a proibição ou controlo me parece mais na esfera da actividade administrativa quer de ambito municipal, quer do Gov Central... onde a INAE se insere.
Vamos instar a dignissima BB a envolver se emassuntos sérios.
Responder
5
11 h
Isalcio Mahanjane Júlio Mutisse, a ideia não é um comércio descontrolado e sem regras, é harmonizar o mesmo... mas isso não significa extremos... ademais, concordo quando dizes haver muito por fazer...
Responder9 h
Paulo Gamba Belo texto lá há Mercedes aqui há V8
Responder8 h
Manuel Cunha Então a problemática dos Mercedes é eticamente reprovavel , e então os vossos representantes em Portugal com uma frota de viaturas topo de gama que vai de Mercedes ,Audi BMW e Passat Topo De gama ,tanto no consulado geral como na propia embaixada milhares e milhares de euros gastos numa frota automóvel que até inveja os países mais ricos, já não falando nos milhares e milhares de euros gastos por ordem dos directores no idificio do consulado no porto ,e no consulado Geral em Lisboa em idificios que não são do consulado mas sim alugados por altas rendas ? Todos os vossos representantes em portugal vivem como imperadores casas com piscinas muitas das vezes só para orçamentar , já não falando das dezenas de milhares e milhares de euros no Júlio das mobílias em Paços de Ferreira todas as vezes que chega uma nova delegação ,e só ver um simples funcionário administrativo tem um topo de gama ,e o povo moçambicano a viver no limiar da pobreza cheio de carência básicas. Já dizia MIA COUTO O MAL DUM PAIS POBRE É QUE EM TERMOS DE CRIAR RIQUEZA ,CRIA APENOS RIVOS ,ALGUMS DESSES DIRETORES QUE BEM DE MOÇAMBIQUE FAZER COMPRAS EM NOME DO GOVERNO PARA AS NOVAS DELEGAÇOES DEVIA EGEGIR MELHOR TRANSPARENCIA NESSAS COMPRAS PARA BEM DO POVO MOCAMBICANO.
Responder
1
4 h

Sem comentários: