Propriedade do Departamento de Informação
Sai as Quinta Feiras * Distribuição Gratuíta * Maputo, 01.06.2017 * Edição nº 212 Ano 4
O líder da RENAMO Afonso
Dhlakama falou semana passada
para os representantes
de base do seu partido, a nível da província de Maputo.
No início de sua intervenção
o Presidente Dhlakama disse:
“Meus amigos membros do
partido RENAMO estou neste
momento na região do Gorongosa,
e sabem muito bem
o por quê de estar aqui, trata-se da continuação da luta
pela construção da democracia
no nosso país”. O presidente
Dhlakama disse ainda
que decidiu há aproximadamente
um mês conceder a
trégua sem prazo como um
dever de um cidadão que deseja
o melhor para o seu país.
Esclareceu que a trégua não
é o término da guerra dado
que até ao presente momento
não houve acordo entre os
dois Presidentes Dhlakama e
Nyusi, que segundo assegura,
têm estado em contacto
o que levou à constituição de
dois grupos de negociação
com sede na cidade de Maputo,
estando a tratar sobre
a descentralização do poder
do Estado e sobre os assuntos
militares. Explicou acerca do
papel do grupo que discute a
descentralização da Administração
Pública, tendo dito que
o grupo está a trabalhar com
as Leis, para que doravante o
país tenha governadores provinciais
eleitos. Estes governadores
segundo explicação do
presidente Dhlakama serão
candidatos provenientes de
diversos partidos, dado que
no sistema legal moçambicano
até ao presente momento,
só o governo central pode
nomear os governadores.O
Presidente Dhlakama acrescentou
ainda que “ o que está
a acontecer neste momento é
que se um partido de oposição
ganhar uma província como
Maputo, não pode constituir o
seu governo, pois, pela Constituição
não lhe é permitido,
sendo o partido que governa
a nível central que nomeia os
governadores, o que é injusto
para um sistema democrático
pluralista”. O Líder renamista
lamentou continua na pág 3
“...o governo
central não
deve enviar
estranhos
para
governarem
onde não
ganharam...”
PRESIDENTE DHLAKAMA FALOU PARA A PROVÍNCIA DE MAPUTO
2
Editorial
A NOSSA FALTA DE RESPEITO
PELOS COMPROMISSOS
ASSUMIDOS COM A
COMUNIDADE INTERNACIONAL
O Presidente da RENAMO, Afonso
Dhlakama manifestou esta semana
preocupação pela forma lenta como
decorrem as negociações entre a
RENAMO e o Governo.
Numa comunicação aos quadros da
província de Maputo e entrevista ao
“Canal de Moçambique”, o presidente
disse referindo-se a lentidão, que não
era o que ele esperava das comissões
que trabalham nos assuntos sobre
descentralização da administração do
Estado e das questões militares.
Outra preocupação manifestada pelo
presidente da RENAMO tem a ver
com a demora da retirada das forças
governamentais das posições que
ocupam em Gorongosa, que o senhor
Filipe Nyusi tinha anunciado logo após
a prorrogação da trégua militar sem
prazo.
Esta demora não só tem implicações
no cumprimento dos prazos, bem como
não está a permitir a fiscalização da
trégua por parte das equipas militares
de verificação.
Obviamente ninguém esperava com
tamanha lentidão. Uma lentidão
que não só está a acabar na mesa
das negociações, mas também no
cumprimento dos entendimentos que
levaram a trégua. Esta situação, não
só está a preocupar a RENAMO, como
também a todo o povo moçambicano e
a comunidade internacional.
Precisamos de lembrar que uma das
condições da comunidade internacional
sobretudo o grupo de contacto que
igualmente faz parte dos financiadores
já tinham alertado que não pretendia
apoiar negociações demoradas e sem
consensos.
Preocupa-nos assistir que para além
de nós falarmos a palavra entre
nós, não respeitamos a comunidade
internacional. Preocupa-nos também
saber que os peritos têm estado no
país, mas que quando chegam não
encontram nada de concreto em termos
de avanços.
A conclusão a que podemos chegar
perante este cenário é de que o
presidente Filipe Nyusi e o seu partido
deve estar a buscar razões nesta demora
pelo faço de não ter nenhum acordo
por escrito com o presidente Afonso
Dhlakama e a RENAMO.
Parece-nos que a comunidade
internacional tinha razão quando
recusou integrar a comissão de
verificação da trégua militar pelo facto
de não haver nenhum acordo formal.
Ficha técnica
Director:Jeronimo Malagueta;
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Nº de Registo
07/GABINFO-DEC/2015
“A Semana em foco”
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3
continuação da pág 1 o facto
dizendo que é por essa razão
que a RENAMO está desde as
primeiras eleições em 1994
até hoje, ganhando muitas
províncias do centro e norte
exceptuando Cabo Delgado,
sem puder constituir seus
governos provinciais, o que
significa que se a Constitui-
ção permitisse, a RENAMO
estaria a governar estas províncias
desde as primeiras
eleições multipartidárias.
Prosseguiu dizendo: “ Nas
últimas eleições ganhamos
6 províncias, por isso temos
exigido que sejam nomeados
nossos governadores. Foi por
causa dessa injustiça que metemos
um projecto na Assembleia
da República na perspectiva
de vermos os nossos
governadores nomeados nas
províncias ganhas pela RENAMO.
Contudo, a Frelimo
socorrendo-se da sua maioria
fraudulenta no parlamento,
chumbou o nosso projecto”.
O Presidente Dhlakama apontou
que é neste percurso que
o partido RENAMO exigiu que
a democracia seja efectiva em
Moçambique, onde o partido
ganhador em determinadas
províncias, tenha legitimidade
de governar onde ganhou,
dado que o manifesto votado
pelos eleitores é daquele candidato.
Por isso, o Presidente
Dhlakama entende que o governo
central não deve enviar
estranhos para governarem
onde não ganharam, pois,
numa sociedade democrática
não se permite isso. Esclareceu,
igualmente que o que
está a acontecer no nosso
país é próprio dos partidos
comunistas que não permitem
os outros governarem.
Disse mais: “E é por isso que
ao exigirmos a nomeação dos
nossos governadores, apesar
da recusa da Frelimo, que insiste
em dizer que estes devem
ser nomeados com base
no quadro jurídico existente
no país, nós decidimos parar
com essa exigência”.
Esclareceu que é necessário
aproximar a democracia as
comunidades e até permitir
que haja competição das lideranças
provinciais e disse
ainda que se calhar, isso vai
possibilitar que a propalada
unidade nacional seja efectiva
no país e até possibilitar o
combate contra a pobreza. O
Presidente Dhlakama acredita
que quando o governador
provincial é eleito, vai governar
com responsabilidade,
servindo bem os seus eleitores.
Acredita ainda que isso
vai significar maior desenvolvimento
económico e vai reforçar
a unidade nacional. Por
isso, disse o mais o Presidente
Dhlakama, é isto que estamos
a negociar com a Frelimo, embora
o processo esteja a ser
lento.
“O processo negocial está
lento, mas acredito que iremos
conseguir essa batalha
e Moçambique será outro”.
Disse, tendo acrescentado
que há especialistas estrangeiros
que estão a ajudar as
duas equipas da RENAMO e
do Governo na busca de entendimentos
sobre a descentralização,
que segundo ele,
não está a tratar apenas a
respeito da eleição de governadores
mas está igualmente
em discussão a Lei das Finanças
Públicas, para permitir
que de facto os impostos
cobrados naquelas províncias
tragam mais-valia, para que
a maior fatia beneficie a província
produtora.
Falando sobre as questões
militares, disse existirem assuntos
que ficaram pendentes
nos acordos de Roma de
1992, quando se discutia sobre
a formação do exército
único e apartidário. Dhlakama
disse ainda e citamos: “aqui
também foram constituídas
duas comissões compostas
por elementos da RENAMO
e do Governo apoiados também
por peritos estrangeiros
que estão a ajudar na busca
de entendimentos, e espero
que isto corra bem”. Disse
ainda que, segundo o acordado,
o exército deveria ser
exemplar e profissional, republicano
e não partidarizado,
o que não veio a acontecer.
Dhlakama disse que no exército
constituído em 1994,
depois que se realizaram as
primeiras eleições, a Frelimo
começou a expulsar e a descriminar
os comandos vindos
da RENAMO. Desde essa altura,
comentou o Presidente
Dhlakama, estes comandos
não beneficiaram de promoções,
nomeações, assim
como não se beneficiam de
formação nas academias.
“As forças Armadas passaram
a ser um instrumento repressivo
ao serviço do partido
Frelimo e é por isso que há
desmandos porque as For-
ças Armadas consideram-se
como braço armado do partido
no poder e não como uma
instituição do Estado”. Disse o
Presidente Dhlakama, tendo
acrescentado que este tipo
de atitudes não deve acontecer
nos países democráticos.
Disse estar com expectativas
de ver o cumprimento do
discurso do Presidente Nyusi
acabar os desmandos e de
reconciliar-se com a RENAMO
e portanto, diz o líder, que espera
que se consiga constituir
as Forças Armadas não partidárias
sendo para tal preciso
que haja quadros militares
para serem enquadrados a
todos níveis das Forças de Segurança,
inclusive nos ramos
do exército e no Estado Maior
General.
O Presidente Dhlakama terminou
censurando a incompreensão
de alguns sectores
da vida política nacional nos
seguintes termos: “ as vezes
as pessoas dizem que o
Dhlakama está a exigir coisas
difíceis, mas não podemos esquecer,
porque se esquecermos
vamos encubar um exército
partidário e esse exército
pode um dia atacar um governo
eleito democraticamente
como tem acontecido na Guiné-Bissau
e nos outros países
Africanos. Nós não queremos
isso no nosso país”.
4
UM ANO SEM O DOM JAIME E SEM
A PAZ
Realizou-se entre os dias 19
e 21 do mês de Maio passado,
a 10ª edição da “universidade
europa” , organizada pela
JSD, o PSD, o GEPSD (Grupo
Europeu do PSD), o Instituto
Francisco Sá Carneiro e o
Grupo do PPE (Partido Popular
Europeu). Neste encontro,
o representante da RENAMO
pela Europa esteve presente
em representação do seu partido.
Falando a nossa reportagem
a partir de Portugal, Chichone
disse: “tive a honra de estar
presente no evento destinado
a aprofundar o estudo das
questões europeias tais como
o funcionamento da União
Europeia, melhoramento da
União Europeia, o futuro da
União Europeia, os 5 cenários,
o Brexit, e a importância dos
acordos de comércio internacional”.
Estiveram igualmente presentes
neste evento os representantes
de outros partidos
políticos africanos, Democratas
Cristãos , nomeadamente
Cabo Verde, representado
por Lourenço Lopes do (MPD)
Movimento para a Democracia
e de Guiné-Bissau que estava
representado por Hotna
Cufuk na Doha do Partido da
Renovação Social (PRS).
RENAMO NA 10ª EDIÇÃO DA
UNIVERSIDADE EUROPA
VIAS DE COMUNICAÇÃO SÃO CANCRO
PARA MOÇAMBIQUE
NA DIÁSPORA
NA ASSEMBLEIA DA REPÚPLICA MOÇAMBICANA
Transcrição do discurso do
deputado pela Bancada parlamentar
da RENAMO, Ossufo
Momade no decurso da terminada
V Sessão Ordinária da
VIII Legislatura da Assembleia
da República, nos dias 3 e 4 do
passado mês de Maio.
Discursando na casa do
povo, Momade disse:
“ Todos estes troços são de
capital importância e ligam
vilas e Sedes de distritos a
grandes centros de produ-
ção agrícola e mineira. Buracos
e crateras nessas vias
fazem com que não sejam
dignas de serem chamadas
estradas”.
Nas linhas que seguem,
transcrevemos na íntegra as
palavras deste parlamentar:
Excelências,
Queiram aceitar, Senhores
Deputados, meus pares, as
minhas saudações e através
de vós, a todo povo moçambicano,
em particular a popula-
ção de Nampula, meu círculo
eleitoral. continua na pág 5
C o m o
não poderia deixar de ser, os
cumprimentos são extensivos
à S. Excia, General Afonso
Macacho Marceta Dhlakama,
Presidente da Resistência
Nacional Moçambicana,
RENAMO, meu Partido, líder
incontestável do povo moçambicano.
Nesta sessão dedicada às
perguntas ao Governo, vou-
-me cingir nas grandes dificuldades
deste sofredor povo e
abordadas pelas Bancada Parlamentares
e em particular, a
da RENAMO, minha Bancada.
Excelências,
As vias de comunicação
constituem cancro para Mo-
çambique, devido a esta governação
que não tem solu-
ção para o caso. É lamentável,
senão vergonhoso, quando o
governo da Frelimo, ano após
ano, vem a esta Magna Casa
e de boca cheia, prometer a
asfaltagem e reparação de
estradas, o que não tem acontecido,
senão vejamos, a título
de exemplo, na Província de
Nampula, meu círculo eleitoral:
• O troço Nampula Cidade-Nametil
(Mogovolas)
• Troço Nametil-Moma;
Nametil-Angoche
• Nampula Cidade-Corrane;
• Corrane-Liupo;
• Liupo-Angoche
• Monapo-Quixaxe-Namige
O mesmo acontece da Vila
autárquica de Ribawe a Lalaua,
entre outros.
Todos estes troços são de
capital importância e ligam
vilas e Sedes de distritos a
grandes centros de produção
agrícola e mineira. Buracos
e crateras nessas vias fazem
com que não sejam dignas de
serem chamadas estradas.
Para elucidar V. Excias sobre
este assunto, um troço de cerca
de 72 kms é percorrido em
mais de 2 horas. Ao cidadão
comum a única hipótese para
percorre-la passa por transporte
de caixa aberta, pagando
valores exorbitantes, pela
passagem, agravando cada
vez mais a situação financeira
do cidadão. Portanto, a precá-
ria situação de vias de acesso
origina a escassez de transporte,
aumentando a procura, o
que consequentemente faz aumentar
os custos e os preços.
Esta situação de aumentos
de preços e custos contraria o
discurso do dia que alega estar
a combater a pobreza quando
na realidade o que se nota na
prática e junto aos cidadão é o
degradar da condição de vida,
dia a dia.
Senhoras e Senhores
É sistemático ouvir falar de
contratos milionários na aquisição
de transportes colectivos
e neste caso pretende-se saber
para quando o alargamento
destes serviços para as outras
províncias de Moçambique,
uma vez que o governo, num
círculo vicioso, anuncia aquisição
de autocarros somente
para as cidades de Maputo
e Matola, dizendo que numa
fase posterior seria para outras
províncias e quando chega
essa fase volta-se a atribuir
a Maputo e Matola porque os
anteriores autocarros estão
obsoletos.
Outra questão não menos
importante é a forma menos
clara nos concursos para a
aquisição dos autocarros.
Por outro lado, o salário mí-
nimo nacional, recentemente
anunciado pelo governo,
confirma a descida constante
do poder de compra dos mo-
çambicanos. Com a subida de
custos de produção devido a
falta de infra-estruturas pú-
blicas como estradas, pontes,
electricidade, água e unidades
sanitárias, a desvalorização
do metical, acompanhando a
inflação, faz com que os mo-
çambicanos comprem menos
produtos com o mesmo dinheiro
com que há um ano tinha
disponível.
Assim, temos em Moçambique,
a pobreza a aumentar
todos dias.
Com o salário mínimo nacional
é suposto cobrir as mais
básicas necessidades de uma
família de 5 membros.
Contudo, com o salário mí-
nimo anunciado, em Moçambique
a título de exemplo só
pode pagar apenas das seguintes
despesas:
• Emissão de um passaporte
de viagem ao estrangeiro,
• Pode pagar apenas
uma mensalidade de propina
numa escola pública,
Pagando apenas uma das
despesas já não sobra dinheiro
para o pagamento de alimentação,
transporte, saúde e
vestuário, o que se demonstra
que a concertação social e a
marcação do salário mínimo
nacional, para o povo moçambicano,
constituem momentos
de perpetuação da situação
de pobreza das populações.
Acontece que muito antes
de ser decretado o salário mí-
nimo nacional, os preços de
produtos e serviços sobem e
sobe mais quando a divulga-
ção é feita, corroendo ainda
mais o poder de compra.
Urge questionar, como é que
um governo responsável pode,
decretar um valor de salário
mínimo longe de satisfazer
as mais básicas necessidades
do cidadão e da sua família.
O modelo de concertação social
adoptado não tem pernas
para andar porque o conflito
de interesses nele instalado
em que governantes também
são empresário e sindicalistas
se confundindo como representantes
do partido no poder,
pelo que poucos resultados
poderão se alcançar. Assim,
temos empregadores que não
pagam os seus trabalhadores
durante vezes, nem pagam as
suas contribuições à Seguran-
ça Social, criando assim problemas
de carácter social no
seio das famílias e da sociedade
em geral, onde se incluem
fome, falta de alta auto-estima,
divórcios e criminalidade.
A título de exemplo, solicita-
-se, desde já, uma intervenção
no caso dos trabalhadores do
hotel Muhipiti, na Ilha de Mo-
çambique, que estão com mais
de três meses sem salário, com
todas consequências sobejamente
conhecidas.
Excelências
A operação tronco, recentemente
anunciada, revelou o
quanto vai a delapidação dos
nossos recursos, ante o olhar
impávido de quem de direito.
A província de Nampula,
meu círculo eleitoral, possui
enormes recursos naturais
como a madeira, dia a dia
sujeita ao desaparecimento,
sem o reflorestamento e foco
da operação. Por outro lado,
todo território da Província de
Nampula constitui corredor
para a passagem da madeira
das províncias circunvizinhas
da Zambézia, Niassa e
Cabo Delgado para o Porto de
Nacala, que neste momento
constitui a base do sindicato
do crime. Curiosamente, não
se nota responsabilização
dos autores desses crimes
ambientais senão uma multa
aqui e ali misturada com um
simulado leilão onde o prevaricador
volta a comprar a
mesma madeira supostamente
porque ganhou o leilão,
num teatro a vista de todo
povo.
Posto isto, o meu muito
obrigado pela atenção dispensada.
continuação da pág 4
5
UM ANO SEM O DOM JAIME E SEM
A PAZ
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