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Há dias que venho ao escritório com a promessa de não escrever nada para o Facebook, talvez comentar ou pôr um like aqui e acolá. Sei antes de abrir a porta do escritório que vou quebrar essa promessa, por isso até levo muito tempo a abrir o Facebook para evitar a tentação. É que sei quanta gente incomodo com intervenções despropositadas, de sabichão e que dão aquela impressão de que não faço mais nada na vida senão gerir o meu mural. Os pérola indianos são bem educados, por isso não reclamam abertamente, mas por vezes são traídos por um comentário que não consegue esconder o que lhes vai na alma, por um “post” qualquer que publicam a reafirmar alguma coisa que contestei, enfim, por referências aos “intelectuais” do Facebook, etc.
Só que muitas vezes é difícil resistir. Por exemplo, desde ontem que o Facebook e o Whatsapp andam cheios do texto que reproduzo logo a seguir:
“Hoje é dia de aplaudirmos o nosso governo e o nosso Líder: *Filipe Jacinto Nyusi*, Presidente da *FRELIMO* e da *República de Mocambique* pelos seguintes motivos:
1. Os Combustíveis baixaram,
2. Dia após dia o metical tem vindo a apreciar-se face ao dólar, diga-se categoricamente que a cada dia o dólar cai,
3. A LAM já têm 9 aviões operacionais, para semana passam a ser 10,
4. Os TPM melhoraram a sua frota para nós munícipes,
5. O Presidente Nyusi convenceu o líder da Oposição a sair das Matas e rumo à paz efectiva.
6. As companhias aéreas Moçambicanas saíram da lista negra do espaço aéreo Europeu.
O Presidente Nyusi está a trabalhar, saibamos também lhe parabenizar, porque lhe dá também força e vontade de continuar a resolver os problemas do nosso País. Não nos foquemos nas lamentações e críticas destrutivas”.
É difícil ignorar esforços de imbecilização de todo um povo, por muito que parte desse povo contribua para isso. O texto é um insulto à inteligência, um manifesto contra o sentido democrático que o sistema político devia tentar emular e um monumento à miséria do debate público.
Insulta a inteligência quando sugere como critério de avaliação do desempenho dum governo ou dum líder político decisões espontâneas cujos efeitos ainda não se fizeram sentir. Não me parece má ideia elogiar o governo por se ter dado conta de que precisava de agir sobre algum assunto. Exigir aplausos sem primeiro analisar porque o problema teve que alcançar essas proporções antes do governo ver a necessidade de agir é chamar as pessoas de imbecis.
É um manifesto contra o sentido democrático porque coloca o mérito do que é bom nas qualidades visionárias dos líderes, não nas instituições democráticas que tornam possível a correcção de erros. É a reafirmação do messianismo político, da ideia de que um país só anda se tiver à sua frente um líder forte, com visão e com espírito “faz tudo”.
Finalmente, é um monumento à miséria do debate porque reduz a participação política ao elogio das boas acções como se a crítica em si não fosse útil. Esta ideia de que o governo precisa das palmas do povo para poder continuar a fazer o que se comprometeu a fazer é muito curiosa.
O que me incomoda mais neste texto é não conseguir ver nenhum mérito em qualquer dos seis pontos. Vejo interrogações apenas.
1) bom, para já, os combustíveis não baixaram. Baixou o preço. Mas, seriamente, é este o tipo de país que queremos? Um país em que os preços são fixados pelo governo ou um país em que o governo influencia os preços através de mecanismos fiscais apropriados? 2) o valor da nossa moeda em relação ao dólar não diz nada sobre o que isso significa para a vida dos moçambicanos; não diz nada sobre o efeito das políticas macro-económicas que possam estar por detrás disso no cômputo geral da economia; não é informação. 3) a questão aqui é dupla: primeiro, porque só agora é que deram esses aviões à LAM (e não antes)? Segundo, queremos um país onde o governo gere empresas?
4) mesmas perguntas acrescidas do ridículo da intervenção do governo central numa área que é do âmbito do Município; quem devia colher louros aqui é o edil de Maputo, não o governo ou o Presidente da República; que não seja o edil a fazer isso diz muito sobre o que não está bem no país. 5) que eu saiba, o líder da Oposição continua no mato, o único que ele fez foi declarar trégua por razões que ele em nenhum momento atribuiu ao poder persuasivo do Chefe de Estado; e se calhar era bom não fazermos barulho sobre este assunto, o tipo ainda muda de ideias se achar que não está a receber o devido reconhecimento pela sua magnanimidade. 6) bom, para além de que o espaço aéreo europeu não tem listas (negras ou brancas), há algum problema em atribuir esta decisão ao trabalho do governo porque até à recente visita da Inspecção Geral do Estado o governo não parecia estar ao corrente dos problemas da nossa companhia aérea.
A última frase que fecha o texto é de fazer corar de vergonha qualquer pessoa com algum sentido de modéstia. Se formos ingratos o empregado-mor não vai trabalhar. Tem sorte que não dê para ver quando um negro cora...
A Pérola do Índico por vezes cansa!
Há dias que venho ao escritório com a promessa de não escrever nada para o Facebook, talvez comentar ou pôr um like aqui e acolá. Sei antes de abrir a porta do escritório que vou quebrar essa promessa, por isso até levo muito tempo a abrir o Facebook para evitar a tentação. É que sei quanta gente incomodo com intervenções despropositadas, de sabichão e que dão aquela impressão de que não faço mais nada na vida senão gerir o meu mural. Os pérola indianos são bem educados, por isso não reclamam abertamente, mas por vezes são traídos por um comentário que não consegue esconder o que lhes vai na alma, por um “post” qualquer que publicam a reafirmar alguma coisa que contestei, enfim, por referências aos “intelectuais” do Facebook, etc.
Só que muitas vezes é difícil resistir. Por exemplo, desde ontem que o Facebook e o Whatsapp andam cheios do texto que reproduzo logo a seguir:
“Hoje é dia de aplaudirmos o nosso governo e o nosso Líder: *Filipe Jacinto Nyusi*, Presidente da *FRELIMO* e da *República de Mocambique* pelos seguintes motivos:
1. Os Combustíveis baixaram,
2. Dia após dia o metical tem vindo a apreciar-se face ao dólar, diga-se categoricamente que a cada dia o dólar cai,
3. A LAM já têm 9 aviões operacionais, para semana passam a ser 10,
4. Os TPM melhoraram a sua frota para nós munícipes,
5. O Presidente Nyusi convenceu o líder da Oposição a sair das Matas e rumo à paz efectiva.
6. As companhias aéreas Moçambicanas saíram da lista negra do espaço aéreo Europeu.
O Presidente Nyusi está a trabalhar, saibamos também lhe parabenizar, porque lhe dá também força e vontade de continuar a resolver os problemas do nosso País. Não nos foquemos nas lamentações e críticas destrutivas”.
É difícil ignorar esforços de imbecilização de todo um povo, por muito que parte desse povo contribua para isso. O texto é um insulto à inteligência, um manifesto contra o sentido democrático que o sistema político devia tentar emular e um monumento à miséria do debate público.
Insulta a inteligência quando sugere como critério de avaliação do desempenho dum governo ou dum líder político decisões espontâneas cujos efeitos ainda não se fizeram sentir. Não me parece má ideia elogiar o governo por se ter dado conta de que precisava de agir sobre algum assunto. Exigir aplausos sem primeiro analisar porque o problema teve que alcançar essas proporções antes do governo ver a necessidade de agir é chamar as pessoas de imbecis.
É um manifesto contra o sentido democrático porque coloca o mérito do que é bom nas qualidades visionárias dos líderes, não nas instituições democráticas que tornam possível a correcção de erros. É a reafirmação do messianismo político, da ideia de que um país só anda se tiver à sua frente um líder forte, com visão e com espírito “faz tudo”.
Finalmente, é um monumento à miséria do debate porque reduz a participação política ao elogio das boas acções como se a crítica em si não fosse útil. Esta ideia de que o governo precisa das palmas do povo para poder continuar a fazer o que se comprometeu a fazer é muito curiosa.
O que me incomoda mais neste texto é não conseguir ver nenhum mérito em qualquer dos seis pontos. Vejo interrogações apenas.
1) bom, para já, os combustíveis não baixaram. Baixou o preço. Mas, seriamente, é este o tipo de país que queremos? Um país em que os preços são fixados pelo governo ou um país em que o governo influencia os preços através de mecanismos fiscais apropriados? 2) o valor da nossa moeda em relação ao dólar não diz nada sobre o que isso significa para a vida dos moçambicanos; não diz nada sobre o efeito das políticas macro-económicas que possam estar por detrás disso no cômputo geral da economia; não é informação. 3) a questão aqui é dupla: primeiro, porque só agora é que deram esses aviões à LAM (e não antes)? Segundo, queremos um país onde o governo gere empresas?
4) mesmas perguntas acrescidas do ridículo da intervenção do governo central numa área que é do âmbito do Município; quem devia colher louros aqui é o edil de Maputo, não o governo ou o Presidente da República; que não seja o edil a fazer isso diz muito sobre o que não está bem no país. 5) que eu saiba, o líder da Oposição continua no mato, o único que ele fez foi declarar trégua por razões que ele em nenhum momento atribuiu ao poder persuasivo do Chefe de Estado; e se calhar era bom não fazermos barulho sobre este assunto, o tipo ainda muda de ideias se achar que não está a receber o devido reconhecimento pela sua magnanimidade. 6) bom, para além de que o espaço aéreo europeu não tem listas (negras ou brancas), há algum problema em atribuir esta decisão ao trabalho do governo porque até à recente visita da Inspecção Geral do Estado o governo não parecia estar ao corrente dos problemas da nossa companhia aérea.
A última frase que fecha o texto é de fazer corar de vergonha qualquer pessoa com algum sentido de modéstia. Se formos ingratos o empregado-mor não vai trabalhar. Tem sorte que não dê para ver quando um negro cora...
A Pérola do Índico por vezes cansa!
Comentários
Eusébio A. P. Gwembe E
cansa mesmo. Como disse Cossa, quando a chuva cai na patria amada a
diaspora pega guarda-chuva. Nem me fale da imprevisibilidade desse outro
ainda nos arbustos. Nao se sabe quando e que muda. Agora essa de
agradecer porque 9 dos 10 avioes voam faz me pensar naquele pensador que
fala de uma elite que cria problemas e depois aparece com soluçoes
magicas para colher louros.
Elisio Macamo o problema é que essaes guarda-chuvas são chineses...
Alvaro Simao Cossa Amigos Elisio Macamo e Eusébio A. P. Gwembe
mas parvo é quem ainda não entendeu que é melhor ter um guarda-chuvas
chinês na hora que chove, que molhar-se no retilíneo da chuva
Lyndo A. Mondlane Nos
somos capitalistas quando tiramos beneficios, quando este nao aparece,
somos socialistas incluso comunistas, nao é por acaso que incluso
partidos conservadores que pedem subvençoes para os seus membros, o
estado nao deveria a estas alturas da vida fixar preços de nada, estmos
em.economia de mercado que seja este quem fixa os preços., disse naquele
dia, é muito dificil aquele povo prof.
Elisio Macamo não é o povo, Lyndo. deixa o povo em paz. quem determina preços é o governo, o povo agradece.
Juma Aiuba Imbecilidade
mesmo. Comecei a ver este texto está manhã e achei-o um produto mal
feito de alguém pseudo-G40 ou de uma outra famigerada lista. Só falta
atribuir-se a Filipe Nyusi a queda regular da chuva. Só falta dizerem
também que as crianças bonitas que estão
a nascer nos últimos anos é obra de Nyusi. Se TPM melhorou a frota
graças ao Nyusi, então devíamos ter muita vergonha do tipo de democracia
e descentralização que queremos. Se Nyusi colocou pessoas nas Lam por
competência técnica, então devia ser vergonhoso dizer que aquilo está a
andar graças ao presidente. Qual é a relação entre Nyusi e o espaço
aéreo europeu?
Elisio Macamo aí
está. essa do município é que brada aos céus. não sei como é que o edil
aceita aquela inspecção sem dizer nada. bom, sei. disciplina
partidária.
Eusébio A. P. Gwembe Se
a frota do Municipio melhorou por causa do PR nada mal uma reforma
constıtucional para tambem passar a gerir as acacias provado que esta
que a instituicao que se chama municipio nao da recado. 😎
Juma Aiuba E
veja: Nyusi foi ali, mandou vir com todo mundo. Na semana seguinte a
gestora dos TPM se demitiu. O curioso é que a carta de demissão foi
dirigida ao David Simango, presidente de município. Como? Afinal,
Simango não foi eleito? Eu já não entendo mais este país!
Eusébio A. P. Gwembe Se calhar era um help ja que uma mao lava a outra. Mas, institucionalmente, huuum.
Elisio Macamo continuo calado.
Milton Machel e esta Jah Amerco, Americo Américo Matavele. Nhanisse!
Lúcia Jofrice E
uma duvida.. supondo, hipoteticamente, que fossem situacoes "optimas"
temos como povo que aplaudir por estarem a fazer o seu trabalho??
Eu penso que isso é lançar areia nos olhos dos distraidos.
Recebi essa mensagem esta manhã e so nao ri porque ha coisas que cansam mesmo..
Eu penso que isso é lançar areia nos olhos dos distraidos.
Recebi essa mensagem esta manhã e so nao ri porque ha coisas que cansam mesmo..
Elisio Macamo tem ainda aquela opção de cansar de rir...
Bruno Pinto Meu caro amigo prof. Elísio, eu sou um dos que reclama dos seus "posts" por não concordar com alguns deles🙈 mas tudo que se referente ao assunto "barbudos"
Mas hoje não deixo de concordar ctg a 100%. Em menos de 2 dias muita coisa ficou resolvida sinal de que é possível fazer algo melhor sem se ter que andar ao chicote🙈
Mas hoje não deixo de concordar ctg a 100%. Em menos de 2 dias muita coisa ficou resolvida sinal de que é possível fazer algo melhor sem se ter que andar ao chicote🙈
Elisio Macamo tarde ou cedo vai ter barba aquele.
Ana Machel Difícil
de calar'me prof Dr.Elisio Macamo,o povo agradeçe e aplaude pelo
esforço que o nosso presidente tem vindo a fazer ,ms é de lembrar que
são deveres e obrigações do nosso governo ,assim como um pai e mãe que
tem obrigações pra com os seus filhos .dizer
ainda mais prof os nossos hospitais públicos ,precisam de muita
atenção ,pra i meu filho poder estudar ,ele teque teque ter saúde e pra
tal os nossos os hospitais devem estar em condições .me desculpe meu
prof é minha opinião 👏🏽👏🏽👏🏽👏🏽🙏🏻
Elisio Macamo à vontade.
Armistício Mulande É
a imbecilidade no seu melhor. Mas parece que isso está a fazer escola.
Infelizmente há uma grande regressão no nosso sentido crítico em relação
ao que esperamos que um governo faça. já estávamos num nível
melhor...ou eu é que estou enganado.
Elisio Macamo ou isso ou a nossa incapacidade de reconhecer esforços...
GostoMostrar mais reações
Eliha Bukeni Não
li o aludido texto que faz hossanas a FJN, entretanto, se abordagem do
mesmo é nos termos colocados pelo Prof.de facto trata-se reduzir por
demais as metas que se esperam de um PR. Um dia escrevi que, se eu fosse
AEG, mandava calar a dupla Chavana/Chivale
porque no afã de defendo-lo a qualquer custo no assunto das dívidas
ocultas, escreviam absurdos que no alugar de ajudar, prejudicavam a
imagem dele. Ora, se eu fosse FJN, também mandava calar esse bajulador.
Sobre 1) os combustíveis: Já em Março o governo anunciou que, doravante
iria passar aplicar o diploma legal que prevê a revisão mensal em alta
ou baixa do preço em função das condições do mercado, que é afectado por
2 variáveis principais (Preço do barril do crude e taxa de câmbio do
USD). Sobre 2) Sobre a apreciação do Metical: Nada mais do que o
resultado da política monetária do Banco Central que tem vindo expurgar
liquidez no mercado, através da subida do coeficiente de reservas
obrigatórias e das taxas de juro de referência nas operações activas e
passivas dos bancos comerciais. A este propósito, o Standard Bank já fez
uma previsão de um Metical a 50,00Mt/USD em finais de Dezembro. Sobre
3) LAM: A administração da empresa anunciou no apogeu da crise que da
sua frota de (1 Boeing 737-700; 1 Boeing 737-500; 2 Embraer 190; 2
Embraer 145 e 3 Bombardier Q-400) 5 aeronaves (2 Boeings+1 Embraer 190
+2 Q-400) estavam em reparação e manuntenção periódica. Todas aeronaves,
á excepção do Boeing 737-500, já foram reparadas. Note-se que que a
administração da empresa não mudou. Sobre 4) TPM: Na visita do PR foram
identificados 20 autocarros parqueados por falta de pneus e baterias,
alegadamente por falta de dinheiro para comprar os acessórios. Muito
provavelmente, com a intervenção do Ministro dos Transportes, o MPDC,
empresa concessionária do Porto de Maputo adquiriu os pneus e baterias e
cedeu aos TPM, que conseguram reforçar a frota operacional em mais 40%.
Sobre 5) Paz: Que se saiba, DHL não vai sair das matas antes da
conclusão do processo negocial. O mais provável é sair para assinar o
acordo. Sobre 6) Levantamento do banimento da LAM: Para quem chumbou em 4
avaliações, passar na quinta, não é nada de meritório.
Gito Bazima A nossa situação parece ser a mais triste:
1. O preço de combustível baixou 03 unidades de moedas, depois de ter aumentado, em cerca de 06 meses, perto de 10 unidades. Eu até acho que a música agora vai ser ajuste e reajustes até a já propalada meta de 70mt por litro, cumprindo o que alguns analistas chamaram de média de combustível no mercado internacional.
2. A liberalização do espaço aéreo europeu parece resultar do oposto da interdição - isto é, não é, com certeza, por causa da frota que fomos vetados. Aliás, foi ha bem menos de 01 mês que o Presidente deu a sua versão do teatro da LAM e num momento em que o país assume a vergonha daquela loucura de LAM, a europa diz: ja cá podem voar! Parece me que a liberalização daquele espaço aéreo tem a ver com o anúncio de ha cerca de 02 semanas, segundo o qual, companhias aéreas podem explorar as rotas domésticas. A bem das companhias europeias pode se ter liberado o espaço europeu, por um lado. Por outro, para quêm a LAM serve voando para a Europa? Os 26 milhões de moçambicanos. Já localmente, a LAM não é, de facto, uma transportadora com que se pode contar. Opera com preços altíssimos em nome de custos operacionais e a quem serve? Empresas/ ONGs/ Estado. O custo da logistica de um carro privado de Maputo a Beira ( cerca de 1200km) consegue ser menos caro que uma passagem de Maputo a Beira ( Dezembro de 2016 a Fevereiro de 2017).
3. Sobre a paz, eu estou semi convencido que não teremos nada disso. Daqui a pouco teremos eleições e o Dhlakama poderá, em virtude de sua participação, perder. E, perdendo, voltamos a nossa canção. Estas tréguas são, para mim, um papo fiado!
4. A nossa moeda esta a apreciar-se diante do dólar? Talvez! Os números são claros pois a nossa base de referência é de 80mt/01 usd. Em janeiro de 2015, a nossa base era cerca de 30 mt para 01 usd. Eu não sei se faço festa com qualquer câmbio que vier e superior que cerca de 30mt/usd.
Para terminar, eu não preciso de aplaudir ao Presidente quando tiver feito o que não for para além de suas obrigações. Afinal, porque ele é o Presidente? Para prestar nos favores? Sobre os pontos acima, com todo respeito, não vejo façanha alguma que me obriga ou me encoraja para qualquer forma de reconhecimnto a favor de Sua Excelência o Presidente.
1. O preço de combustível baixou 03 unidades de moedas, depois de ter aumentado, em cerca de 06 meses, perto de 10 unidades. Eu até acho que a música agora vai ser ajuste e reajustes até a já propalada meta de 70mt por litro, cumprindo o que alguns analistas chamaram de média de combustível no mercado internacional.
2. A liberalização do espaço aéreo europeu parece resultar do oposto da interdição - isto é, não é, com certeza, por causa da frota que fomos vetados. Aliás, foi ha bem menos de 01 mês que o Presidente deu a sua versão do teatro da LAM e num momento em que o país assume a vergonha daquela loucura de LAM, a europa diz: ja cá podem voar! Parece me que a liberalização daquele espaço aéreo tem a ver com o anúncio de ha cerca de 02 semanas, segundo o qual, companhias aéreas podem explorar as rotas domésticas. A bem das companhias europeias pode se ter liberado o espaço europeu, por um lado. Por outro, para quêm a LAM serve voando para a Europa? Os 26 milhões de moçambicanos. Já localmente, a LAM não é, de facto, uma transportadora com que se pode contar. Opera com preços altíssimos em nome de custos operacionais e a quem serve? Empresas/ ONGs/ Estado. O custo da logistica de um carro privado de Maputo a Beira ( cerca de 1200km) consegue ser menos caro que uma passagem de Maputo a Beira ( Dezembro de 2016 a Fevereiro de 2017).
3. Sobre a paz, eu estou semi convencido que não teremos nada disso. Daqui a pouco teremos eleições e o Dhlakama poderá, em virtude de sua participação, perder. E, perdendo, voltamos a nossa canção. Estas tréguas são, para mim, um papo fiado!
4. A nossa moeda esta a apreciar-se diante do dólar? Talvez! Os números são claros pois a nossa base de referência é de 80mt/01 usd. Em janeiro de 2015, a nossa base era cerca de 30 mt para 01 usd. Eu não sei se faço festa com qualquer câmbio que vier e superior que cerca de 30mt/usd.
Para terminar, eu não preciso de aplaudir ao Presidente quando tiver feito o que não for para além de suas obrigações. Afinal, porque ele é o Presidente? Para prestar nos favores? Sobre os pontos acima, com todo respeito, não vejo façanha alguma que me obriga ou me encoraja para qualquer forma de reconhecimnto a favor de Sua Excelência o Presidente.
Firmino Macuacua É.
Cansa mesmo... Mas entendo que quebres a promessa todos os dias. É que
para além de cansar, faz doer o coração ver como alguém quer nos
imbecilidar...
Michaque Tembe Tembe Upsss.
Nossa África nos brinda com cada umas. Recordo me de ter lido algures,
que a um presidente se deve o oxigénio que o povo Palanque respira.
Tão grandes feitos cá e acolá, nossos grandes líderes realizam!!!!
Rachi Picardo Professor
foi ao ponto, cansa muito mesmo ver o tipo de cultura política e
democrática que temos na nossa pérola do indico. Abraço
Imelio Nhacundela Denildo Xerinda acho que este texto interessa como referencia para continuarmos o nosso assunto.
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