Movimento Alternativo de Moçambique (MAMO), partido criado em 2016 por dissidentes, conquista cada vez mais apoiantes do MDM e das duas principais forças políticas de Moçambique, a FRELIMO e a RENAMO.
Falta um ano e meio para as eleições autárquicas em Moçambique, mas os partidos políticos já começam a afinar as suas máquinas. Um deles é o recém-criado Movimento Alternativo de Moçambique (MAMO), que é constituído, em grande parte, por dissidentes do Movimento Democrático de Moçambique (MDM).
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O novo partido, criado há pouco mais de um ano, tem cada vez mais simpatizantes na província de Nampula – não só ex-militantes do MDM, mas também antigos apoiantes da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) e da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO).
Os membros do MAMO estão confiantes sobre as próximas autárquicas. "Vamos formar os nossos quadros ao nível das bases para que o partido se saia melhor preparado para a vitória", afirmou o secretário-geral do partido, Estevão de Fátima.
Uma quase pré-campanha
Em ritmo de pré-campanha, Estevão de Fátima visitou recentemente o populoso bairro de Namicopo, na cidade de Nampula, e foi recebido por centenas de pessoas.
"Precisamos de nos recensear [assim que o processo de recenseamento iniciar], para votarmos e desalojarmos no próximo ano aquela gente que nos rouba a nossa mercadoria. No próximo ano, eu virei para vos apresentar o vosso filho que será candidato, é um empresário e homem de sentimento", afirmou.
Para acabar com os conflitos armados que se registam sempre depois de eleições, o secretário-geral do MAMO propõe uma solução:
"Precisamos de rever a Constituição da República, porque, se não for revista, a insatisfação popular vai continuar, e a guerra surge por insatisfação popular. Portanto, há uma necessidade urgente de revermos a nossa Constituição, para que o vencedor na província de Nampula possa, ele próprio, governar - porque não faz sentido que a pessoa que ganhou numa província permaneça na oposição logo após a tomada de posse do Governo", defendeu.
O aumento da popularidade do MAMO não parece intimidar o MDM. Rachade Carvalho, membro sénior do MDM em Nampula, diz que há mais simpatizantes da FRELIMO a mudar de partido do que de outras formações políticas. Carvalho acredita que, nas próximas eleições, o MDM vai consolidar a governação nas cidades onde está no poder e conquistar outras.
"Eu não vejo nenhuma ameaça, porque neste momento o partido MDM, ao nível da cidade de Nampula, está muito mais forte do que nos anos anteriores", afirma Carvalho. Segundo ele, "os membros estão coesos e estão a trabalhar juntos".
O MAMO foi criado a 20 de fevereiro de 2016 e é mais popular nas províncias de Nampula, Cabo Delgado, Niassa e Zambézia.
DW – 26.05.2017
Fala-se por exemolo do acidente ferroviario de Tenga no sul e nunca se falou do acidente ferroviario de nacala em 1990 que matou muita gente do que em Tenga em 2002. Nao podemos continuar com esta humilhacao. investimentos de grande vulto vao para o sul Maputo mas nada se faz no norte apenas prosavana e Vale propostas de humilhacao e arrancar da terra dos mmacuas. Temoa que parar isso. O MAMO nao deve ser mais um cogumelo para sugar suor do povo oprimido.