terça-feira, 30 de maio de 2017

Sistema Integrado de Monitoria e Protecção da Zona Económica Exclusiva de Moçambique


Sejamos um povo inteligente, moçambicanos!

Há moçambicanos que advogam que em vez de contratar dívidas para criar e capitalizar a EMATUM, Proidndicus e MAM, visando operacionalizar o Sistema Integrado de Monitoria e Protecção da Zona Económica Exclusiva de Moçambique no Oceano Índico (SIMPZEEMOI), o Governo deste país deveria ter aplicado esses créditos para desenvolver a agricultura, definida como a base do desenvolvimento nacional. Este argumento até parece razoável, mas só assim parece para os incautos.
O facto é que em 30 anos de ajuda financeira do Fundo Monetário (FMI) e do Grupo Banco Mundial (GBM), tempo contado de 1987 à 2014, essa ajuda não foi orientada para o desenvolvimento da agricultura. Na verdade, essa ajuda até que foi orientada para a desorganização da agricultura e para a destruição da indústria nacional.
Para quem não saiba, pela altura da independência nacional (em 1975) até 1987, Moçambique tinha uma agricultura pujante; tinha uma indústria de processamento da castanha de caju que chegou a fazer de Moçambique o primeiro produtor mundial da amêndoa processada de castanha de caju; tinha uma indústria metalomecânica que fabrica e exportava vagões, carroçarias, elevadores, varões de ferro para construção, entre outros equipamentos ou produtos à base de metais; tinha indústria de borracha; tinha indústria de vidro; tinha indústria de óleos alimentares e sabões; tinha indústria de moagem; enfim, Moçambique tinha indústria de que se podia orgulhar, apesar da guerra de desestabilização movida contra o regime socialista então vigente no país—que mais tarde ganhou cariz de guerra civil, tendo durado 16 anos, entre 1976 e 1992—, guerra essa inviabilizava a produção e a livre circulação de pessoas e bens pelo país. Esta indústria toda foi destruída, porque o FMI e GBM condicionaram a ajuda financeira a Moçambique à liberalização do mercado, e isto numa altura em que o empresariado nacional não estava em condições de competir com a contraparte gulosa dos países desenvolvidos, cujo desejo de entrada em Moçambique era o que a exigência de liberalização do mercado, imposta pelo FMI e companhia, visava satisfazer.
Resultou, assim, que a produção industrial nacional em Moçambique foi substituída pelas importações de quase tudo o que é produto acabado e pela exportação das matérias-primas que antes eram transformadas pela indústria nacional e davam emprego aos moçambicanos. Hoje, Moçambique depende quase que totalmente de importações para alimentar, educar e prestar cuidados de saúde ao seu povo, e exporta quase tudo em bruto para alimentar de matérias-primas a indústria transformadora doutros países, mormente daqueles países cujo empresariado é melhor servido pelo FMI, contanto que são os "donos" do FMI.
As instituições multilaterais de ajuda financeira internacional, quais FMI e BGM, não têm linhas de crédito para financiar uma agricultura sustentável em parte alguma do planeta Terra, excepto nos países que criaram essas instituições. Qualquer outro país que se mete com tais instituições é só para ser aprisionado no ciclo da dependência económica, de modo que o empresariado dos países que criaram essas instituições possa ter acesso assegurado aos mercados dos países menos capazes economicamente, onde as matérias-primas e mão de obra são mais baratas, e os produtos acabados podem ser vendidos a preços mais altos que nos países de origem. Portanto, o primeiro erro do Governo de Moçambique, na altura liderado por Joaquim Chissano, foi não perceber isto desde o início; foi não perceber que malta FMI e GBM são instrumentos de colonização económica dos países subdesenvolvidos mais "ricos" em recursos naturais que são matérias-primas para a indústria transformadora dos países desenvolvidos.
Com o projecto do SIMPZEEMOI, o Governo de Moçambique, já sob Armando Guebuza, viu finalmente uma saída "fácil" para conseguir dinheiro para financiar o desenvolvimento sustentável da agricultura com recursos financeiros internos. Qual parece ser o caso, o erro então foi que apareceram malandros que, por gula e irresponsabilidade político-patriótica a jeito de traição ao povo moçambicano, facilitaram falcatruas para se apoderarem de parte significativa do dinheiro dos créditos contratados para a operacionalização do SIMPZEEMOI. Esta hipótese constitui razão bastante para eu crer que, Armando Guebuza, Filipe Nyusi e Manuel Chang foram todos ludibriados pelos seus "conselheiros", na tramitação do expediente de aplicação do dinheiro dos créditos contratados para a operacionalização o SIMPZEEMOI. Estou esperando que a divulgação do relatório da Kroll—que a Procuradora-geral da República, Beatriz Buchili, assegurou que será partilhado com o público—, prove esta minha crença correcta ou errada.
Enfim, para eu não andar nervoso com a precariedade do meu país, Moçambique, estou a pensar assim:
(i) Samora Machel foi engando e acreditou que o "socialismo científico" era o melhor sistema de governo. Isso precipitou Moçambique na guerra dos 16 anos, já referida acima…
(ii) Joaquim Chissano foi engando e acreditou que o FMI e GBM haveriam de tirar Moçambique da miséria decorrente da paralisação da actividade económica pela guerra aludida acima. Isso facilitou a destruição do nosso tecido empresarial moçambicano que escapou a guerra e colocou o País muito mais dependente da ajuda externa. E para piorar, Joaquim Chissano negociou muito mal a concessão de exploração do gás de Pande e Temane, na Província de Inhambane—mas uma negociação tão mal em tal medida que, exceptuando quiçá o próprio cidadão Joaquim Chissano, Moçambique está a ganhar quase nada com a exploração daquelas reservas de gás natural pela transnacional SASOL! Moçambique hoje importa produtos acabados fabricado pela indústria petroquímicas da vizinha África do Sul usando o gás natural dos campos de Pande e Temane como matéria-prima…
(iii) Armando Guebuza (juntamente com Filipe Nyusi e Manuel Chang) foi ludibriado por moçambicanos irresponsáveis que facilitaram falcatruas na aplicação dos créditos contratados para a operacionalização do SIMPZEEMOI, que ele acreditava seria um bom escape para Moçambique poder, finalmente, financiar o desenvolvimento sustentável da agricultura com receitas resultantes da exploração efectiva das oportunidades de negócio nascentes na Zona Económica Exclusiva de Moçambique no Oceano Índico (ZEEMOI). Isso resultou na inviabilização do projecto SIMPZEEMOI e no endividamento do Moçambique até quase ao pescoço… E para piorar, não há perspectivas claras sobre se as empresas EMATUM, Proindicus e MAM serão reestruturadas para entrarem em actividade produtiva a breve trecho, de modo que possam honrar os seus compromissos comerciais. Aqui também Moçambique como país só sai a perder, com os moçambicanos a carregarem o fardo de mais um engano da liderança.
(iv) Filipe Nyusi, agora na liderança de Moçambique, está a trabalhar para tirar o País do beco em que foi colocado por todos aqueles enganos das lideranças que lhe precederam. Procurando assegurar sucesso nesta difícil missão, Filipe Nyusi logrou ou está em vias de lograr:
(a) trazer a Moçambique o Rogério Zandamela, ex-quadro do FMI, para a direcção do Banco de Moçambique, para imprimir uma nova dinâmica e disciplina ao sistema financeiro nacional;
(b) convencer o Afonso Dhlakama a viver dentro da lei e a preferir o diálogo directo, aberto, franco, sem chantagem política, para a resolução de qualquer diferendo com o Governo;
(c) fazer os moçambicanos compreenderem e assumirem que a agricultura, a pecuária e pesca é que são as actividades produtivas de eleição para tirar Moçambique da pobreza; e
(d) isolar os seus detractores internos e externos, para se concentrar melhor nas tarefas de gestão do Estado moçambicano e da Frelimo.

Mas Filipe Nyusi não está a fazer isto tudo sem cometer erros ou podendo sempre escapar enganos por malandros. Isso é impossível; é impossível um ser humano fazer tudo bem. Há-de haver, certamente, "conselheiros" que poderão estar a induzir o Presidente Filipe Nyusi ao cometimento de alguns erros nas decisões que toma. Não venha a ser por isso que teremos que crucificar Filipe Nyusi! Está errado, por exemplo, o que alguns de nós estão a fazer ao Armando Guebuza por causa dos créditos ocultos. Eu pessoalmente já me atirei contra Joaquim Chissano e Afonso Dhlakama por terem viabilizado a implementação efectiva do Acordo Geral Paz, de Roma, sendo por isso que Joaquim Chissano passou um testemunho envenenado aos seus sucessores. Porém, não sou crente de que fiz bem por proceder como procedi. Tenho espaço para admitir ter cometido excessos no meu julgamento público a Joaquim Chissano e Afonso Dhlakama. Enquadro os meus erros na natureza do meu ser humano; não sou isento de errar. E faço o mesmo com os erros dos meus semelhantes; considero que não erros imperdoáveis na natureza humana. Por isso, eu estou sempre disposto a perdoar quem me tiver ofendido e a pedir perdão a quem eu tiver ofendido.
Por eu pensar assim, não ando nervoso e nem consigo entender a vantagem que se extrai, para o bem de Moçambique e dos moçambicanos, hostilizando Filipe Nyusi ou a FRELIMO. Será que alguém sabe qual é?!...
Vamos lá deixar o Filipe Nyusi cumprir o seu mandato em paz, criticando só aquilo que não estiver a andar bem e dando sugestões para a correcção do rumo do nosso barco comum para um porto seguro, mas evitando de todo inviabilizar a governação deste nosso compatriota, o Presidente da República Filipe Nyusi. Eu prometo a vós, compatriotas moçambicanos, que não pouparei o Presidente Filipe Nyusi da minha crítica, sempre que eu julgar haver necessidade de correcção do rumo do nosso barco. Não tenho a crença de que a minha crítica será sempre justa e construtiva, mas vos posso assegurar que farei tudo no meu melhor para criticar justa e construtivamente, quando tiver que criticar. E a minha crítica será acompanha por sugestões para correcção do que julgar precisar de correcção e para melhoria do que julgar estar bem.
Por exemplo, eu tenho estado a insistir na ideia de transformação dos vários fundos criados pelo Governo de Moçambique em bancos de fomento de actividade produtivas, organizados por sectores de actividade económica; tenho também estado a insistir na ideia de organização dos produtores em cooperativas (e não associações!) de produtores; insisto igualmente na ideia de organização dos graduados do ensino superior e técnico-profissional para iniciação em actividades produtivas geradoras de renda; entre outras ideias. Penso que assim é que podemos desenvolver Moçambique.
As querelas políticas pelo acesso ao poder só atrasam mais o nosso país. Deixemos que quem conseguir se fazer eleger para governar Moçambique, governe em paz; nós os demais sendo os fiscais. Há-de haver uma vez para todos, dependo do trabalho político limpo, justo, construtivo, em defesa do mérito dos nossos ideais políticos. Vamos lá parar com a política de terra queimada como método de luta pelo acesso ao poder político. Na actualidade, este trecho do presente texto é dirigido especialmente ao Movimento Democrático de Moçambique (MDM), que usa o discurso de incitação ao divisionismo para galgar terreno político. Parem lá com isso, por favor! Moçambique tem espaço para todos governarmos, um dia. Agora a vez é da FRELIMO e Filipe Nyusi. Façamos com que nos governem bem, através da nossa participação no debate directo, aberto e franco das opções para a solução efectiva dos problemas que nos afligem! Não sejamos demagógicos! Em suma, sejamos um povo inteligente; um povo amante da paz, do progresso e da justiça!
Concluindo, a ideia da caça às bruxas só nos faz perder foco. Não vai ajudar em nada a ultrapassar a crise económica e financeira que Moçambique atravessa. Estamos a desperdiçar tempo chorando por leite derramado, em vez de prepararmos feno para alimentar a vaca para que possa produzir mais leite. Não creio que Filipe Nyusi tenha como agenda prejudicar quem quer que seja. Acho que Filipe Nyusi está e DEVE continuar focado no cumprimento do manifesto eleitoral da Frelimo, já transformado em programa de governação para o quinquénio Janeiro de 2015 – Janeiro de 2020. A justiça, que é independente do executivo dirigido por Filipe Nyusi, que faça o seu trabalho nos termos da lei.
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Comentários
El Patriota
El Patriota Texto excelente, mas cansativo a partir do décimo sexto parágrafo. O senhor escreve professor e muito bem. Espero que esteja a deixar registos sobre a sociedade moçambicana contemporânea em livro. Só um reparo: mente descaradamente, quando diz que "A justiça, que é independente do executivo dirigido por..."
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 · 6 h · Editado
Lavina Mambonhe
Lavina Mambonhe Com devido e salvo respeito, o prof não mentiu apenas subsidiou da nossa magna constituição que diz que o poder executivo, judicial e legislativo são independente na sua actuação.
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El Patriota
El Patriota Na prática?
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 · 1 h
Homer Wolf
Homer Wolf Eu preciso de uma ficha de leitura...
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 · 20 min
Ahlupale Próprio Amakhwapa
Ahlupale Próprio Amakhwapa Eu confesso que estou a cada dia me tornando mais "fam" do profe...antes não o percebia. Mas agora que percebi que os seus escritos são uma espécie de "morde-e-sopra" (por razões óbvias) fico preocupado quando passa do meio dia sem que não escreva nada.
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 · 6 h
Fernando Veloso
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 · 6 h
Julião João Cumbane
Julião João Cumbane Meu caro Fernando Veloso, a justiça faz-se regras próprias. Quem não exige a observância escrupulosa dessas regras, é invejoso, é injusto. Logo, não tem como não dar «paz para o governo».
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Tony Ferreira
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 · 5 h
Julião João Cumbane
Julião João Cumbane Não há regras sem excepções, ó Tony Ferreira. Daí que o autor da frase acima tenha dito «geralmente». Aliás, a democracia que tu defendes reza o contrário do que reza esta frase de Thomas Sowell (acima). As maiorias que votam nas eleições são de "pessoas que pensam que sabem tudo". Por isso eu defendo que a democracia liberal não é esse sistema de governo que muitos acham que o ideal para assegurar o bem estar social de um povo. A experiência tem muitos exemplos que provam o contrário dessa crença fanática na arena política contemporânea.
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 · 5 h
Tony Ferreira
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 · 5 h
Tony Ferreira
Tony Ferreira Peguei nas palavras do Sowell atendendo exactamente ao título do post
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 · 5 h · Editado
Julião João Cumbane
Julião João Cumbane Ah! Já entendi melhor o teu ponto, Tony!...
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 · 5 h
Brazao Catopola
Brazao Catopola Sério que de 1975-1987 tínhamos uma agricultura pujante? Sério que o sistema econômico faliu pelo FMI e BM? Sério que AEG e Nhyusi, Chang foram enganados por moçambicanos? Juro que queria dados. A URSS implodiu por falta de capacidade de gerar dinheiro pelas políticas centrais e nós queremos culpar os outros? O FIM e BM tem sua culpa eem vários processos mas não são os culpados de todo o processo. Que tipo de agricultura Moçambique tinha em 1980-1983 se nesse período tudo faliu por falta de mão de obra, falta de dinheiro para reposição de material de trabalho? Curiosamente o melhor ano de produção agrícola em Moçambique entre 1960 a 1990 foi o de 1973 há dados veja os Livros de Belluci Beluce(2007), Mosca (2015). Algo em seus dados nao batem certo.
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Julião João Cumbane
Julião João Cumbane Brazao Catopola, Moçambique aderiu ao FMI e GBM em 1987. A referência da implicação do FMI na destruição da indústria em Moçambique anterior àquela data (1987) não é da minha autoria. Quanto aos outros questionamentos que fazes, prefiro remeter-te à História de Moçambique Independente. Não estou disposto a travar conversa em que alguém parece estar a julgar-me em vez de debater ou conversar comigo sobre um determinado assunto. Para mim, o correcto seria quem me pede dados trazer os seus para mostrar que o meu pensamento está errado. Não estou aqui a prestar provas de erudição. Comecei a detestar esse tipo de debate, porque considero que é ineficiente para o processo de aprendizagem mútua.
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 · 3 h
Brazao Catopola
Brazao Catopola Não te julguei por isso pedi dados. Há incoerência nos dados o que trazes. Porque Moçambique não aderiu ao FMI e Banco Mundial em 87. A reestruturação econômica ocorreu sim nesse período. 
Para debatemos temos de ter uma plataforma comum e não com dado a distorcidos por isso remeti a onde se pode pegar os dados que falo
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 · 3 h · Editado
Julião João Cumbane
Julião João Cumbane Brazao Catopola, o acordo de aderência de Moçambique ao clube do MFI e GBM data de 1987. Se isto estiver errado na tua opinião, então quem tem que trazer os dados que pedes não sou eu; és tu! ...
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 · 1 h
Brazao Catopola
Brazao Catopola Ok. Estas certo. Só quero lembrar que 1982 quem pagou o programa concebido pela Graça Machel, Ngoenha e Chichava sobre educação foi o FMI depois de negociado na conferência da Unesco no Zimbábue. Há outros programas que posso mencionar financiados diretamente pelo BM e FMI
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Télio Chamuço
Télio Chamuço Os primeiros 2/3 do texto animam ler, pois suscitam um profícuo debate.
O último 1/3 cifra-se na propaganda política e tendenciosa do costume...
Felicito-te, Prof., pelo levantamento dos pontos constantes primeiros 2/3!
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Vitorino David
Vitorino David Concordo. E eles desactivaram Tudo que era produçao, orgulho de Moçambique. A mabor produzia pneus de qualidade invejavel
Criar EMATUM, Proindicus e MAM não foi o problema. O problema foi agir dolosamente na aplicação dos fundos para esse fim.
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Comentários
Custódio Sabonete
Custódio Sabonete Então os que agiram dolosamente na aplicação dos fundos devem ser responsabilizados, aliás, já deviam estar atrás das grades.
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 · 6 h
Julião João Cumbane
Julião João Cumbane Tens pressa de quê, ó Custódio Sabonete?? Não confunde a inveja com responsabilidade e responsabilização!...
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 · 6 h
Custódio Sabonete
Custódio Sabonete Não tenho pressa nenhuma profe, me parece que essa questão a que se refere(pressa ou não) está sempre presente mas, por conveniência.
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 · 6 h
Tony Ferreira
Tony Ferreira Meu caro Todinho veja lá se não ficas decepcionado com o resultado do dito inquérito...todo mundo quer alguns dentro mas muitas dessas pessoas nem sequer sabe que tipo legal de crime eles cometeram e isso é grave...e por aí estou com o prof. ..é pura inveja
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 · 6 h
Julião João Cumbane
Julião João Cumbane Também presumo que muitos vão ficar decepcionados, Tony Ferreira! Mas esse problema será deles. Ninguém tem culpa por eles viverem de crenças nefastas, que até lhes bloqueiam a razão.
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 · 5 h
Custódio Sabonete
Custódio Sabonete Fiquem descansados meus caros, Julião e Tony, longe de mim essa de inveja.
O que eu questiono é algo que é um mal nesta nossa sociedade, não só a nível governamental e da função pública, mesmo na esfera privada a cultura da responsabilidade e responsabilização é ausente.
Este é o meu ponto.
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 · 5 h · Editado
Egidio Vaz
Egidio Vaz Good messagingVer Tradução
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 · 6 h
Júlio Mutisse
Júlio Mutisse Tens certeza que houve dolo na aplicação dos fundos?
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 · 6 h
Júlio Mutisse
Júlio Mutisse Ajude a PGR
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 · 6 h
Julião João Cumbane
Julião João Cumbane Ó Júlio Mutisse! A PGR veio a público comunicar que está em curso a instrução de processos-crime por actos por ela considerados dolosos na aplicação dos fundos destinados à criação da EMATUM/Proindicus/MAMA. Outrossim, a Kroll foi contratada pela PGR para proceder à investigação das contas das empresas em causa. Estavas aonde? Ou achas que se ia pagar por um trabalho desnecessário. Se não houve indícios de dolo, qual é seria a necessidade de a PGR contratar a Kroll para fazer o trabalho que fez. Eu não tenho certezas comigo. Estou apenas como a PGR: só tenho suspeitas! O tribunal vai estudar a matéria que para ele for remetida e lavrará o seu despacho. Mas mesmo esse despacho não será uma certeza... O julgamento dos presumíveis acusados, se tiver que ocorrer, vai produzir uma primeira teoria sobre o que aconteceu de facto. E mesmo isso também não será uma "certeza". Então, de que "certeza" me questionas? E como se pode produzir "certezas" sem hipóteses sujeitas a verificação? Como trabalhas no Direito? Com "certezas"? A PRG não precisa de ser ajudada por mim. Ela está a fazer o que DEVE e pode... E eu estou onde ela está: suspeitando que «houve dolo» até o tribunal provar que "estamos" errados...
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 · 5 h · Editado
Alvaro Simao Cossa
Alvaro Simao Cossa Exactamente Jay-jay, temos que sair das ninharias, e deixarmos a PGR fazer o seu trabalho, depois de termos as respostas que nos inquietam iremos questionar as nossas dúvidas sobre esse processo, o que não devemos fazer é interromper o processo em curso, a PGR está a trabalhar com o relatório da Kroll, este é um bom sinal, Moçambique não voltará a ser o mesmo país depois da divulgação dos resultados da inspeção feita, temos que estar preparados para essa fase
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 · 5 h
Luís Loforte
Luís Loforte Com ou sem dolo, a verdade é que há dias aquele que regula e controla o nosso dinheiro disse o que é demasiadamente claro para todos: não se conseguindo reaver o dinheiro, a dívida contraída será paga com o dinheiro do gás. Portanto, alienando-se hoje o que se destinava a gerações vindouras. O que quer dizer que já nem o gás, nem o dinheiro nos pertencem. E, continuando assim, nem o país. Exagero? Talvez! Todos os países que caíram em desgraça, em guerras fratricidas, ainda que com riquezas colossais, começaram assim.
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 · 3 h
Cesar Tique
Cesar Tique Uns órgãos do estado com alguma independência aparecem a informar que o estado foi lesado. Preocupa me pessoas que faziam parte do processo de decisão ou pelo menos faziam parte do Governo que tomou essa decisão que para a maioria dos moçambicano s foi errada a defenderem que nada aconteceu. Ou será que tem alguma coisa a esconder e a tentar desinformar as pessoas de novo? A verdade vai aparecer cedo ou tarde.
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 · 2 h
Julião João Cumbane
Julião João Cumbane Só os tolos não mudam de opinião, meu irmão Cesar Tique! E a verdade já está quase madura, sim. Mas farás o quê com ela?...
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 · 1 h
Luís Loforte
Luís Loforte Cesar Tique, alguns desses órgãos primeiro negavam o que parecia evidente para todos, até para o mais ingénuo (não é por mera recreação que uma moeda se desvaloriza em mais de 100% numa assentada), e depois veio dizer que o Estado havia sido lesado. As mesmas pessoas, caramba! Agora, se aparecer a verdade o que farás dela? Nada!
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 · 1 h
Alvaro Simao Cossa
Alvaro Simao Cossa Quem pensa que num dos seus bolsos sempre traz a verdade, geralmente no outro bolso ele traz uma inquisição pronta para atacar aos que sempre estão errados. Pelo que eu saiba, a verdade não tem dono.
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 · 1 h · Editado
Julião João Cumbane
Julião João Cumbane Luís Loforte, tu não foste mais lesado do que os demais moçambicanos. Relaxa! A aceitação da auditorial realizada pela Kroll constitui um marco na correcção do rumo do nosso barco comum. Os créditos são de Filipe Nyusi, que arriscou decidindo anuir à investigação pormenorizada sobre o destino dado à uma parte dos fundos destinados à operacionalização do SIMPZEEMOI. Vamos lá deixar a justiça trabalhar no ritmo permitido pela natureza delicada da operação que nos endividou a todos. Também sentimos a dor que tu sentes, quiçá até muito mais. Mas esta dor não nos tem que bloquear a razão.
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 · 1 h
Alvaro Simao Cossa
Alvaro Simao Cossa Uma verdade só é verdade quando levada às últimas consequências, creio que o presidente Filipe Nyusi guia-se por esta verdade. Esperemos falta pouco, havemos de ouvir e ver. Não há motivos de bloquear-se a razão pelo ressentimento
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 · 1 h
Luís Loforte
Luís Loforte Julião João Cumbane: esclarece-me, o que é isso de SIMPZEEMOI? Tenho para mim que Nyusi não "arriscou", como tu dizes; a situação empurrou-o para a "anuência", uma aceitação que funcionou como um pequeno balão de oxigênio. Não sei também porque o Cumbana sentiria mais dor do que eu. Tenho uma micro (talvez pico) empresa. As Finanças obrigam-nos a pagar mais do que ganhamos, em impostos, até já transformam o que nos devem em dívida que temos de pagar ao Estado, tal é a catástrofe. Segredam-nos: "O Estado está falido!", e nós repostamos "e nós?". Claro que isto nada diz aos que não lutam, todos os dias, para pagar salários; falam sem saber, ou disso sabem pouco; defendem o que nunca deveriam defender. E tu vens, agora, diferenciar a dor que eu e tu sentimos? Tens, porventura, algum "dorímetro"? Espero, sinceramente, que um dia venhas a entender a situação por que passamos. Por enquanto, acho que não!
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 · 54 min
Alvaro Simao Cossa
Alvaro Simao Cossa Sinto muito por essa situação que mano Luís Loforte conta aqui, todos nós temos muitos prejuizos que podemos contar, mas o que Jay-jay diz, é que a situação das dividas é nacional, de todos moçambicanos, não é uma questão pessoal
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 · 40 min · Editado
Luís Loforte
Luís Loforte Alvaro Simao Cossa, é verdade, as dívidas dizem respeito a todos nós, mas não podemos, à partida, dizer que só este e aquele é que sentem a dor que elas causam. É a tal mania de alguns pensarem que só as fezes dos outros é que fedem, e as delas, nem por isso!!!!
Sabeis, amigos e visitantes deste mural?

Tem gente que anda surfar o Facebook e aporta nos murais de outrem para registar comentários reveladores de uma terrível "coitadisse" intelectual, tais quais:
«Agora sim…!»
«Até que enfim...!»
«Certíssimo…!»
«Desta vez sim, parece lúcido…!»
E outras expressões assim...
Eu estou cá pensando «[Q]uem essas pessoas se acham?». E esta pensamento me surge porque está implícito nas expressões acima que os seus autores se julgam "estrelas" de opinião acertada. Com efeito, quem pronuncia ou regista aquelas expressões o faz quando se depara com uma opinião que está de acordo com a sua própria, imbuído na presunção de que só ele pode estar certo. Ora, provavelmente sem que essas pessoas se dêem conta, esta presunção transforma-se numa crença nociva ao debate profícuo de ideias.
O facto de a minha opinião estar alinhada com a de outra pessoa, não significa necessariamente que a outra pessoa esteja tão "certa" quanto eu creio cegamente estar. A coincidência de opiniões de pessoas diferentes sobre um determinado assunto não encerra o questionamento dessas opiniões. Antes pelo contrário, as pessoas que calham terem a mesma opinião sobre um determinado assunto devem proceder à confrontação da razão que cada uma usa para deduzir essa opinião. Só se a razão for a mesma é que se pode, tentativamente, concluir que as suas opiniões sobre determinada matéria são verdadeiramente coincidentes. Depois dessa primeira prova fundada na razão, ainda sobrará a comprovação material, fundada na experiência planeada e realizado com esse fim específico.
Portanto, para que possamos ter uma boa conversa, um bom debate, se tu concordas comigo ou outro alguém, e também quando discordas de mim de outro alguém, tens que explicar por concordas comigo ou com outrem, ou discordes de mim de outrem. Não é útil para o debate profícuo de ideias, simplesmente concordar ou discordar. E é muito menos útil para o debate de ideias que se queira profícuo, confundir crenças com verdades ou com conhecimentos. Para ilustrar o que estou a dizer, eis um exemplo. Eu creio em Deus, mas não como uma entidade espiritual suprema, e sim com uma ideia útil para preencher o meu vazio intelectual sobre a razão de ser de muitas coisas. Muitas outras pessoas crêem em Deus como uma entidade espiritual suprema responsável por todas as coisas que ocorrem no Universo, e não como uma ideia criada simplesmente para preencher o vazio intelectual sobre a razão de seres deste Universo. Ambas formas de crer em Deus são úteis, porque permitem aos crentes ocuparem-se de actividades intelectuais que podem mudar as suas vidas para melhor, do que passarem o tempo a fazer questionamentos sobre qual forma de crença em Deus é melhor, porque aí, definitivamente, não haverá progresso.
Tendo dito o exposto acima, quero avisar os leitores dos conteúdos partilhados neste mural, que vou passar a não valorizar—e até a considerar ofensivas em certa medida!—expressões como aquelas citadas acima. Assim, doravante, se o teu comentário for como qualquer daquelas expressões citadas acima, ou qualquer outra parecida, então esse comentário será provavelmente eliminado deste mural, porque não acrescenta valor ao debate!
Enfim, relembro que a minha presença aqui no Facebook visa exclusivamente PARTILHAR o meu pensamento e dos outros, e APRENDER do debate que essa partilha de ideias poder concitar, e também fazer amizades úteis. Logo, se aportas neste mural só para registar que "concordar" ou "discordar", então fica desde sabendo que tu e o teu comentário sóis inúteis para o meu propósito nesta plataforma de interacção social.
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Comentários
Luís de Alcântara
Luís de Alcântara concordo plenamente.
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Casper Edimar Sianádia
Casper Edimar Sianádia argumenta,porque concordas?
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Luís de Alcântara
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Elson Cuna
Elson Cuna Kkkkk. Luis de Alcântara. O prof irà iliminar esse teu comentàrio "Concordo"
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Casper Edimar Sianádia
Casper Edimar Sianádia kkkkk será mesmo
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Domingos M. Ferrao
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Elson Cuna
Elson Cuna "Certo" ? Certo, porquê!!?
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