quarta-feira, 24 de maio de 2017

A poderosa bomba, o detonador e a bateria do ataque em Manchester

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Foram encontrados um detonador, a bateria e estilhaços do explosivo usado pelo autor do atentado em Manchester no local do crime. Análises aos materiais já trouxeram novidades sobre a forma como agiu.
Polícia Britânica
Salman Abedi, o autor do atentado terrorista que matou 22 pessoas e feriu outras 64 na passada segunda-feira em Manchester, terá usado um explosivo poderoso dentro de um recipiente de metal leve que levava guardado num colete preto ou dentro de uma mochila azul. Estes são dados que a polícia britânica já conseguiu apurar agora que foram descobertos um detonador, uma bateria e estilhaços da bomba no local onde o terrorista se fez explodir, pouco depois de ter terminado o concerto da cantora norte-americana Ariana Grande. As imagens começam agora a circular nas redes sociais e já foram partilhadas no New York Times.
Análises feitas a esse material, que foi fotografado antes de ser recolhido no Manchester Arena, sugere que o terrorista de 23 anos usou uma bomba artesanal feita “com premeditação e cuidado”, adjetivam as autoridades. No entanto, os testes forenses ainda não foram capazes de concluir o tipo de explosivo utilizado na construção da bomba. Sabe-se apenas que, no momento da explosão, vários pedaços metálicos — incluindo porcas e parafusos, normalmente usados para potenciar os estragos e provocar mais vítimas — conseguiram atravessar portas de metal e alojaram-se profundamente em tijolos. Um dos objetos encontrados no local do crime foi o detonador provavelmente usado pelo terrorista na sua mão esquerda.
A polícia forense também já concluiu que a maior parte das vítimas estava muito próxima do terrorista, que estava muito perto de uma das portas de saída do Manchester Arena, a que dava acesso a uma zona pública junto à estação de comboios da cidade, onde muitos pais esperavam pelos filhos.
Sabe-se também que uma parte do corpo de Salman Abedi, a parte superior do torso, foi projetada para a porta do Manchester Arena. Estes dados foram encontrados graças a uma técnica informática que analisa imagens dos locais do crime.
Essa mesma técnica também indica que o mais provável é o terrorista ter usado uma mochila para transportar a bomba: um colete não provocaria uma projeção tão grande do corpo do bombista suicida para longe do local onde se fez explodir. Agora, a polícia está a tentar apurar a placa de circuito soldada encontrada no detonador usado pelo terrorista, mas as autoridades teorizam que pode ser um temporizador ou um receptor de sinal. Se for este o caso, isso permitia à bomba ser controlada remotamente desde o exterior, confirmando a hipótese já avançada pela polícia de que Saman Abedi não terá agido sozinho.

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