O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu saudou o cessar-fogo na Síria, mas advertiu "não dever permitir a consolidação de uma presença militar do Irão e seus aliados na Síria".
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, saudou hoje o cessar-fogo na Síria, mas advertiu “não dever permitir a consolidação de uma presença militar do Irão e seus aliados na Síria, em geral, e no sul, em particular “.
“Na semana passada tive conversas profundas com o secretário de Estado norte-americano [Rex] Tillerson e o presidente russo, Vladimir Putin, que disseram entender a posição de Israel e ter em conta as nossas exigências”, disse Benjamin Netanyahu na reunião semanal do Governo.
O presidente advertiu que Israel mantém “firmemente as linhas vermelhas” que passam por “prevenir o fortalecimento de (a milícia xiita) Hezbollah na Síria, com ênfase na aquisição de armas de precisão.”
“Prevenir que Hezbollah – ou forças iranianas – assentem presença terrestre ao longo das nossas fronteiras e impedir o estabelecimento de uma presença militar iraniana na Síria” são as linhas vermelhas, explicou.
Israel e Jordânia manifestaram preocupação com o risco de propagação da violência entre as forças aliadas do Presidente sírio Assad Bacharal, como Irã e Hezbollah, com outras fações em áreas próximas às suas áreas de fronteira.
Na sexta-feira, os Estados Unidos e a Rússia chegaram a um acordo para o cessar-fogo no sudoeste na Síria, depois da reunião entre os líderes dos dois países, Donald Trump e Vladimir Putin, à margem da cimeira das 20 maiores economias mundiais, o G20, que terminou no sábado em Hamburgo, na Alemanha.
Mas hoje, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, helicópteros do exército sírio efetuaram durante a manhã bombardeamentos no sudoeste da Síria, horas antes do cessar-fogo anunciado pela Rússia e Estados Unidos.
Os ataques, que incluíram o lançamento de dois mísseis, aconteceram pouco depois da meia-noite, segundo o Observatório, adiantando que, desde então, reina a calma tanto em Deraa como nas províncias de Al Quneitra e Al Sueida, abrangidas pelo fim das hostilidades.
No último mês, aquelas províncias sírias foram palco de um aumento da violência, especialmente Deraa, cuja capital é considerada o “berço da revolução” desde que começaram, em março de 2011, os protestos antigovernamentais que levaram ao conflito atual.