Esta de parabéns. Seu press release de hoje é digno dos anais da táctica camaleonica. Dá uma no cravo e outra na ferradura. Diz umas coisas que parece não querer dizer. É louvável esta propensão por tiradas semânticas que chocam com a
linguagem térrea do Direito. Por essa via ficamos a saber hoje que o processo 1/PGR/2015 já tem indiciados e que o relatório da Kroll tem matéria que vai ser mantida em segredo de justiça. Isto significa que trata-se matéria indiciaria. Também revela que há um processo-crime em instrução. Ou seja, já temos suspeitos...indiciados. O que é que lhe impede de nos alistar essas sumidades? Atenção que isso não choca com o preceito do segredo justiça e da presunção de inocência.
Veja o caso LAM/Embraer. A PGR ja ouviu três suspeitos cujos nomes sao conhecidos da opinião pública. Será que elés tem menos direitos que as sumidades indiciadas no 1/PGR/2015. Tente um vazamento singelo. Como? Não sei!. O que sei é que a PGR se está cobrindo de um medo tenebroso. Isso está patente nesse comunicado sobre a faxina subsequente a Kroll.
O texto é uma ladainha desconexa. Um castelo de areia que se vai desmoronando. O objectivo do texto não foi a reafirmação de um cometimento vigoroso na investigação, agora com mais dados trazidos pela auditoria. Não. O objectivo foi limitar o acesso a informação, sob o pretexto da defesa da honra e do bom nome dos indiciados, como se a PGR fosse a advogada de todos eles.
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