sábado, 20 de maio de 2017

Instagram é a rede social mais nociva à saúde mental


Aplicativo tem impacto negativo no sono e na autoimagem dos jovens, mostra pesquisa

Sabe aquele baixo astral que dá quando você fica muito tempo nas redes sociais? Não é só com você. Além do tempo perdido, as horas conectado também afetam nossa saúde mental.
A coisa funciona como uma droga, afinal: quanto mais tempo você passa diante do celular ou do computador, mais tempo você quer ficar.
A metáfora não é em vão. Redes sociais são mais viciantes que álcool e cigarro  é o que diz a pesquisa realizada pela instituição de saúde pública do Reino Unido, Royal Society for Public Health, em parceria com o Movimento de Saúde Jovem.
E, dentre elas, o Instagram foi avaliado como a mais prejudicial à mente dos jovens.
Os resultados mostram que 90% das pessoas entre 14 e 24 anos usam redes sociais – mais do que qualquer outro grupo etário, o que os torna ainda mais vulneráveis a seus efeitos colaterais.
Ao mesmo tempo, as taxas de ansiedade e depressão nessa parcela da população aumentaram 70% nos últimos 25 anos.
Os jovens avaliados estão ansiosos, deprimidos, com a autoestima baixa, sem sono, e a razão disso tudo pode estar na palma das mãos deles: nas redes sociais, justamente.
Ao longo da pesquisa, 1.479 indivíduos entre 14 e 24 anos tiveram que ranquear o quanto as principais redes (Youtube, Instagram, Twitter e Snapchat) influenciavam seu sentimento de comunidade, bem-estar, ansiedade e solidão.
O estudo mostrou que o compartilhamento de fotos pelo Instagram impacta negativamente o sono, a autoimagem e a aumenta o medo dos jovens de ficar por fora dos acontecimentos e tendências (FOMO, fear of missing out).
Segundo a pesquisa, o site menos nocivo é o YouTube, seguido do Twitter. Facebook e Snapchat ficaram em terceira e quarta posição, respectivamente.  YouTube para e-commerce: Descubra com a Mandaê como conquistar seguidores para sua marca no canal Patrocinado 
Apesar do Youtube ser um dos sites que mais deixam os jovens acordados até altas horas, o site foi avaliado como o que menos prejudicou o bem-estar dos participantes. Instagram, em contrapartida, recebeu mais da metade das avaliações negativas.
Sete em cada 10 voluntários disseram que o app fez com que eles se sentissem pior em relação à própria autoimagem.
Entre as meninas, o efeito Instagram foi ainda mais devastador: nove em cada 10 se sentem infelizes com seus corpos e pensam em mudar a própria aparência, cogitando, inclusive, procedimentos cirúrgicos.
O Snapchat também não foi tão animador.
O app de mensagens multimídia instantânea teve os piores resultados: é o que contribui para privação de sono e o sentimento de ficar por fora (FOMO).
Muitos jovens destacaram o fato de sofrerem bullying nas redes sociais, sendo o Facebook o pior neste quesito – dois terços dos entrevistados acreditam que a rede de Zuckerberg deixa o cyber-bullying ainda mais cruel.
A “vida perfeita” compartilhada nas redes sociais faz com que os jovens desenvolvam expectativas irreais sobre suas próprias vivências.
Não à toa, esse perfeccionismo atrelado à baixa estima pode desencadear sérios problemas de ansiedade.
Os pesquisadores advertem: os usuários que passam mais que duas horas diárias conectados em mídias sociais são mais propensos a desenvolverem distúrbios de saúde mental, como estresse psicossocial.
As autoridades de saúde que realizaram o estudo pedem que as plataformas mandem mensagens e alertas para prevenir o uso descontrolado das redes e criem ícones especiais para indicar quando as fotos forem editadas, prevenindo assim que as pessoas se sintam mal em relação a sua aparência.
Os cientistas também sugerem que as redes auxiliem a identificar sinais de que os usuários estão passando por problemas de saúde mental através do conteúdo publicado e que ofereçam algum tipo de suporte emocional a essas pessoas.
“As plataformas que supostamente ajudam os jovens a se conectarem podem estar alimentando uma crise de saúde mental “, afirmou a Royal Society for Public Heath, na divulgação dos resultados da pesquisa.
Este conteúdo foi publicado originalmente no site da Superinteressante.

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