quarta-feira, 5 de julho de 2017

O “nervosismo político” está de volta em Moçambique

Um Presidente da República não pode ser desobedecido pelos seus subordinados (…). Não vi o ministro da Defesa a cumprir com o que o Presidente da República lhe disse para fazer - referiu António Muchanga

A Renamo reitera que o Go­verno não retirou nenhuma posição militar do centro do país, considerando que o Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, com quem foi negociada a saída das tropas, está a ser desautorizado, evi­denciando o que alguns ana­listas já rotulam de “regres­so do nervosismo político”.

“Um Presidente da Repúbli­ca não pode ser desobede­cido pelos seus subordina­dos (…). Não vi o ministro da Defesa a cumprir com o que o Presidente da Repú­blica lhe disse para fazer”, referiu António Muchanga, porta-voz da Renamo, prin­cipal partido da oposição, em conferência de imprensa concedida esta terça-feira, em Maputo.

Aquele responsável referiu que a retirada para os quar­téis até 30 de Junho das 26 posições militares junto à serra da Gorongosa faz par­te do acordo estabelecido no final de Abril entre Nyusi e Afonso Dhlakama, líder da Renamo, que por sua vez anunciou uma trégua ilimi­tada, já lá vão dois meses.

Desde então, referiu, houve movimentações de uns lo­cais para outros, mas as 26 posições mantêm-se junto àquela que terá sido a prin­cipal base do braço armado Renamo nos confrontos com tropas do Estado em 2015 e 2016 e onde se supõe que Dhlakama continua refugia­do.


A informação contrasta com aquela que foi presta­da pelo ministro da Defesa de Moçambique, Salvador M’Tumuke, no sábado, cita­do pela Agência de Informa­ção de Moçambique (AIM).

Segundo o governante, a retirada já aconteceu e abrangeu oito posições que tinham sido ocupadas “du­rante a perseguição aos ho­mens armados da Renamo” e que constam de uma lista.

O ministro disse que as po­sições das tropas antes da operação de busca não es­tão contempladas no plano de retirada.

Foram declarações que de­sagradaram à Renamo.

“O que o ministro disse foi além do que os dois presi­dentes [Nyusi e Dhlakama, presidente da Renamo] tra­taram”, referiu hoje António Muchanga.

O porta-voz do partido Re­namo pediu a Nyusi que es­clareça o que se passa.

Muchanga não impôs qualquer prazo e esclareceu que o ambiente de paz não está em causa, mas a palavra do Presidente da República, sim.

“O que se exige é que se cumpra o entendimento. Se há dificuldades, que se diga”, para que os dois diri­gentes encontrem solução, dado que “a não saída [das tropas] põe em causa a pa­lavra do comandante em chefe das Forças de Defesa e Segurança”, referiu.

O porta-voz disse ainda que “a parte que diz respeito ao presidente da Renamo está feita, declarou trégua sem prazo. As forças da Re­namo estão a cumprir. As forças que não estão a cum­prir estão sob comando do Presidente Nyusi”, a quem cabe “esclarecer o que está a acontecer, Qual é a dificul­dade”, questionou.

“A Renamo vai persistir, a chamar à razão, para que o Presidente da República mande fazer o que prome­teu que ia mandar fazer, porque tem instrumentos bastantes para isso”, con­cluiu.

CM – 05.07.2017
Em risco seis grandes empreendimentos em Nampula


Um estudo de monitoria re­alizado em Maio passado por uma coligação de defesa de camponeses das zonas de exploração mineira e flo­restal na província nortenha de Nampula denuncia um “aumento silencioso da conflitualidade de diversa intensidade” nesta região do país.

Liderada pela ORAM, a coligação aponta seis grandes empreendimen­tos em rota de colisão com as comunidades locais, com destaque para os de capitais estrangeiros, no­meadamente a Hayiu Mo­zambique Mining Company e Kenmare (que exploram as areias pesadas), Lurio Green Resources (plan­tações florestais).

Completam a lista das em­presas “problemáticas” a Sociedade Algodoeira de Mutual, a DATCO e a Mathar­ya Empreendimentos (todas do ramo de agronegócios), detidas maioritariamente por capitais nacionais.

Ao que o Correio da manhã apurou, os distritos cujos conflitos se revelam mais graves são Angoche, Larde, Mecuburi, Malema, Murru­pula e Ribáué.

O principal ponto de discór­dia são as promessas feitas pelas empresas no acto das consultas comunitárias que não foram totalmente cum­pridas e que não dispõem de um formato formalmente estabelecido que permita mover algum processo judi­cial.


Da referida monitoria feita pela coligação dos defen­sores de camponeses de Nampula constatou-se que o processo de obtenção do Direito de Uso e Aprovei­tamento da Terra (DUAT) nas áreas em conflito teve a mesma característica, ou seja, os nativos só foram en­volvidos na consulta pública após obtenção do DUAT atribuído pelo Governo às empresas, contrariando, deste modo, o previsto na Lei de Terra.

“As consultas comunitárias foram irregulares e com in­formação assimétrica en­tre as partes. Em nenhuma comunidade foi apresen­tada a Acta de Consulta Co­munitária que, nos termos da lei, deveria ficar a nível das comunidades, ou seja, a atribuição dos DUATs foi feita às escondidas”, indica a coligação.

A monitoria constatou ain­da que as diversas formas de acordos estabelecidos (formais e informais) ob­servaram um cumprimento problemático, colocando as partes em conflitualidade de diversa intensidade.

Avaliação das empresas

Usando um critério de aval­iação de 1 a 5 (péssimo, mau, neutro, suficiente e bom), a Hayiu Mozambique Mining Company, Kenmare, Lurio Green Resources, Sociedade Algodoeira de Mutual, DAT­CO e a Matharya Empreendi­mentos apresentam uma média de relativamente má em todos os itens analisados pela coligação liderada pela ORAM.

A avaliação compreen­deu áreas como a integri­dade ambiental, resiliência económica, bem-estar social e boa governança.

Nas empresas do ramo mi­neiro (Hayiu Mozambique Mining Company e Kenmare), por exemplo, denotam-se casos de desvio de fundos para outros fins, falta de pla­nos harmonizados com as comunidades e há pressões das comunidades para mais acções de desenvolvimento local, com destaque para a construção de infra-estru­turas sociais básicas que representa o principal ponto de tensão.

CM – 05.07.2017
Mente Jovem
2/7 às 16:25


CONCLUSÃO DO RELATÓRIO:

A PGR não tem capacidade de seguir o caminho que esse dinheiro percorreu. É quase que impossível provar que Armando Guebuza e os seus apaniguados comeram o dinheiro. Não foram eles que o receberam. Foram as empresas do libanês, descritas como fornecedoras. E foram essas mesmas empresas que passaram os comprovativos. Foi, de resto, uma jogada de mestre!

E mais: existem os 500 milhões não auditados. Este dinheiro voou sem deixar rasto. Foi inscrito no Orçamento como componente da Defesa e Segurança. Mas não existe armamento nenhum comprado por esse dinheiro. Ou seja, não há nada que comprove que esse dinheiro comprou efectivamente o armamento. Simplesmente o dinheiro esfumou-se.



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Comentários

Leonardo ZiZi Obrigado

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Mente Jovem Why?Ver Tradução

GostoMostrar mais reações · 2/7 às 16:54Eliminar

Yung Dos Zavales Zavales o mais estranho é sabermos das verdades pôs a morte dos autores.

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Mente Jovem Alguns ainda vivos

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Azim Cassam Ismail


GostoMostrar mais reações · 3 · 2/7 às 17:36Eliminar

Joel Mabasso

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Mente Jovem🤣🤣🤣🤣🤣

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Jose Manuel Palhaçada

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Mente Jovem why?Ver Tradução

GostoMostrar mais reações · 2/7 às 18:09Eliminar

Mádura Maulana Mádura Eu discordo que a PGR nao tenha capacidade de seguir o percurso do dinheiro. Justificando-me, diria que a PGR esta a dar o tempo suficiente para que os chefes dos dirigentes da PGR por sinal os autores das referidas dívidas, possam esconder o dinheiro de diversas formas e eliminar as possiveis provas.

GostoMostrar mais reações · 2 · 2/7 às 18:16 · EditadoEliminar

Yung Dos Zavales Zavales isso ta mais k claro meu irmão!essa cem dúvidas é uma das táticas dum ronaldo ou messi k a PGR ta ensaíando pra dar uma boa finta ao povo moçambicano.

Gosto · 2/7 às 19:08Eliminar

Mente Jovem Hum

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Mente Jovem Foi golpe de mestre

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André Gonçalves Ja esconderam á muito tempo. Quando aceitaram a auditoria ja estava tudo escondido e tudo acertado...

Tem poder sim, tem capacidade e tam ajuda internacional... só nao querem seguir o rasto...

No caso do armamento. Temos os barcos militares que foram comprados... e os blindados novos que andaram a exibir á uns meses atras.

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Mente Jovem Verdade

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Mente Jovem Sao cumplices

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NicriSs Manejo Jr. Subscrevo concordando contigo

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Ccß Maggot Povo cego, surdo, mudo e paralítico.. Moçambicanos!! Fuck this country

GostoMostrar mais reações · 4 · 2/7 às 18:21Eliminar

Yung Dos Zavales Zavales meu irmão o povo n tem culpa,se é do seu conhecimento o dito povo sao pessoas cem vozes,tudo depende da política.

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Custódio Vaz Dos Anjos "faça direito e muda a situação do País... precisamos de ti corajoso"

Gosto · 2/7 às 19:55Eliminar

Cassam Gafur Os bancos que emprestaram o dinheiro sabem quem foi lá buscar a guita apertem a ele vai falar.

Gosto · 1 · 2/7 às 20:18Eliminar

Jonas Arone Tembe Não adianta bufar, faça qualquer coisa tu tambem

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Cassam Gafur Famba uya timanha.

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André Gonçalves Sem voz? Nao... sem vontade de se fazerem ouvir...

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Mateus Diogo Kacuri Moçambica e angola depois esta o brazil sao os.país lusofonos mais corrupto

GostoMostrar mais reações · 2 · 2/7 às 21:58Eliminar

Jonas Arone Tembe Depois esta o Brasil!!!!???????
Inverteu a pirâmide...

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Mente Jovem yuh

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Mente Jovem Foi golpe de mestre

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Bento Mussumbuluco Um golpe de mestre, averiguado pelos seus discipulos, obviamente nao vao constatar nada...

GostoMostrar mais reações · 1 · 3/7 às 13:04Eliminar

Joel Mabasso

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Mente Jovem tinha de ser

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Joaquim Joao Correia Golpe perfeito...

GostoMostrar mais reações · 1 · 3/7 às 22:20Eliminar

Mente Jovem pois

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Mente Jovem genios da burlaVer Tradução

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Mente Jovem Frelimerda

GostoMostrar mais reações · 1 · Ontem às 18:11Eliminar

Socratis de Sousa So ha justiça para os indefessos porra moçambique fuck this country

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Joaquim Joao Correia PGR estara envolvida no caso....se nao aplicar a lei..

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Camilo Chilengue Com as malas arrumadas adeus Moz

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Mente Jovem Triste país

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Edwin Hounnou Isso é inconsistente. Eles receberam os comprovativos sem a respectiva mercadoria?!??? Impossível!

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Mente Jovem O que?

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Jordao Duarte Luis A igreja catolica ja reagiu, acredito que alguns vao se cosar

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Joaquim Joao Correia Mestria avancada..

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Yung Dos Zavales Zavales Kkkk a filha d Guebuza desapareceu pra apagar esse jogo,pôs sabiam k um dia a bomba iria expuldir!agora 100 rasto tudo limpo k nem oceano onde nem a pegada s vê.by young die happy

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