A decisão do Ministério da Defesa Nacional em impedir que o correspondente da LUSA, André Catueira, e o jornalista do ZAMBEZE, Benedito Cobrissua, verificassem no terreno a retirada das tropas governamentais desdobradas na região da Gorongosa, foi vista pelo MISA (Media Institute for Southern Africa) como “violação grave de liberdade de imprensa e do direito à informação”.
Eis o texto da declaração emitida pelo MISA Moçambique a propósito da medida transmitida aos jornalistas em causa por Bernardo Nakatembo, Assessor de Imprensa do Ministério da Defesa Nacional. De acordo com Bernardo Nakatembo, a medida foi aplicada por “ordens superiores” :
O Misa Moçambique estranha e lamenta que estas ordem advenham de alguém que foi durante alguns anos jornalista, conhecedor do papel da imprensa em sociedades democráticas.
A decisão de excluir dois jornalistas de imprensa privada, não só constitui uma ameaça indirecta aos órgãos de informação visados e a outros privados, como também coloca em causa a transparência e seriedade do processo de verificação da retirada das forças armadas nas posições objectos desta visita de jornalistas.
A exclusão destes órgãos pode minar a credibilidade da informação sobre a retirada ou não das forças governamentais das posições acordadas entre o Presidente da República e o líder da Renamo.
Igualmente, a decisão do Ministério da Defesa Nacional configura uma violação grave de liberdade de imprensa e do direito à informação.
Para a transparência do processo e credibilidade da informação, o MISA Moçambique pede a reintegração imediata e incondicional dos jornalistas dos dois órgãos.
Igualmente, pede que o MDN identifique os autores da decisão e responsabilize-os por violações legais.
Maputo, 06 de Julho de 2017
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