segunda-feira, 17 de julho de 2017

MAIS “EU”, MENOS FRELIMO

MAIS “EU”, MENOS FRELIMO
"Se na primeira metade do meu mandato dediquei-me a trazer Moçambique de volta aos carris do progresso, na segunda metade deste mandato, em simultâneo quero empenhar-me em assegurar que os benefícios do nosso crescimento tenham impacto directo e sejam sentidos por cada um dos moçambicanos"
(Presidente Filipe Nyusi)
Registo com agrado a forma inovadora de fazer balanço, do empregado, sentado, diante do seu patrão, o maravilhoso povo. é comum fazer-se balanço no fim do mandato, mas o Presidente preferiu antecipar-se e fazer um balanço de metade do mandato.
Meu Presidente, no uso da prerrogativa concedida por V.Excia, segundo a qual, “não devemos ter medo de opiniões contrárias”, gostaria de dedicar duas notas ao discurso de balanço, mais especificamente ao trecho acima.
1. V.Excia alega que na primeira metade do seu mandato dedicou esforços para trazer Moçambique de volta aos carris do progresso. Quererá, com isso, nos dizer que no dia 15 de Janeiro de 2015 o país que lhe foi entregue estava à deriva?
2. Se aquando do discurso inaugural cogitei tratar-se de distracção, noto que consolidou um discurso baseado no “eu”. Ouve-se muito o “eu”, o “meu Governo”, “dediquei”, entre outros. Noto, com alguma estupefacção que a gloriosa, laboriosa e sempre vitoriosa FRELIMO, essa que apostou em si para continuar com a epopeia do combate a pobreza, não é tida nem achada nesse tipo de discurso. Estava a espera de ouvir-lhe mais dizer “nós”, o “nosso Governo”, “dedicamos”, entre outros.
PS: Escrevo a partir de Nhariroza, aqui onde as nossas briosas Forças de Defesa e Segurança mostraram aos famosos Rangers com quanta palha se faz uma esteira casal. Recebam um abraço do Comandante Windi Uani Bedford.

JICA corta futuros empréstimos à Moçambique

Japão deixa de emprestar dinheiro ao país devido às dívidas ocultas

A Agência Japonesa de Cooperação Internacional – JICA - não vai emprestar dinheiro a Moçambique até que se esclareça a polémica das dívidas não declaradas. A informação foi avançada esta manhã pelo representante adjunto da JICA em Moçambique, Hidetake Aoki.
A agência do Japão segue instruções do seu governo, que na sequência da descoberta das dívidas não declaradas cortou o financiamento a Moçambique.
O governo japonês aguarda actualizações do Fundo Monetário Internacional para conhecer o desfecho da polémica das dívidas e decidir se volta a emprestar dinheiro a Moçambique.
Entretanto, HIDETAKE AOKI avançou que os projectos já iniciados vão continuar a ser implementados.
A Agência Japonesa financia cinco projectos em Moçambique, a destacar o projecto da central térmica de produção de energia à gás, o projecto do porto de Nacala, e outros três de construção de estradas no norte de Moçambique.
O valor financiado nestes empreendimentos ronda os cerca de 650 milhões de dólares.
 
"Moçambique tem tudo para ser uma potência de África e do mundo.
Tem riqueza que chega para todos. Falta é de inteligências."

Adelino Timóteo

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