Quando
o relógio marcava 11h00 da última quarta-feira, a equipa de jornalistas
concentra-se no posto administrativo de Inchope, uma hora depois de ter
saído de Chimoio.
A
equipa é informada da viagem até à serra de Gorongosa: são cerca de 90
quilómetros e as vias de acesso não são das melhores. Aliás, tanques
militares foram disponibilizados para socorrer as viaturas a todo o
terreno, em caso de necessidade.
Antes
de iniciar a viagem, todos os integrantes da comitiva recebem caixas de
ração alimentar, disponibilizadas pelas Forças de Defesa e Segurança.
Minutos depois, inicia a viagem, em 13 viaturas.
A
poucos quilómetros do posto administrativo de Canda, o acesso ao
interior da serra de Gorongosa começa a ficar difícil. Quando alguns
acreditavam que os desafios já tinham sido superados, chega a informação
de que todos os jornalistas deviam entrar nos tanques, rumo à primeira
posição, de Nhariroza, a qual servia de base logística da Renamo, tomada
pelas Forças de Defesa e Segurança, em 2016.
Já
ao cair da noite, a equipa é desafiada a fazer mais 40 quilómetros, até
à posição conhecida por Lourenço. Devido à fraca visibilidade, só foi
possível captar imagens de uma escola encerrada em 2015, devido à tensão
político-militar. Apesar da trégua, a escola ainda não foi reaberta.
Seguidamente,
a equipa chega à terceira posição, de Nhamadjiwa, onde Afonso Dhlakama
viveu, após escapar do ataque de Zimpinga. Mas viria a abandonar a base,
depois do assalto das Forças de Defesa de Segurança, ano passado. Foi
onde a equipa pernoitou.
Já
na quinta-feira, os jornalistas chegam ao local onde está instalada a
equipa mista de monitoria da trégua. A viagem continua até às posições
de Panga-panga, Nhanchenge, Nhancunga, Nhauranga e Satungira, esta
última que serviu como base e residência do líder da Renamo, antes de
ser tomada pelas Forças de Defesa e Segurança.
Esta foi a longa e difícil viagem às oito posições abandonadas pelas Forças de Defesa e Segurança.
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