domingo, 11 de junho de 2017

O TURISMO COMO MOTOR DE DESENVOLVIMENTO NACIONAL: SIGAMOS O EXEMPLO DE ÉVORA


Centelha por Viriato Caetano Dias (viriatocaetanodias@gmail.com)
Não há regimes políticos perfeitos, tal como não há nenhum poder instituído, por mais legal e legitimado que seja, que consiga cumprir a cem por cento todos os requisitos que lhe são próprios. Pe. Manuel Maria Madureira da Silva, in: Questões fraturantes, 2016, p. 29.
Estou preocupado com o atraso do desenvolvimento do turismo nacional. Não anda nem devagar, nem devagarinho. Nem para frente nem para trás. Também não está parado, simplesmente morreu. Alguém dizia, ironicamente, que sem fazermos absolutamente nada para dinamizar o turismo, ganhamos prémios internacionais. Existe uma explicação para tal.
É que a nossa natureza, a nossa paisagem, a nossa cultura, a nossa gesta, os nossos monumentos, são únicos no mundo. Esta unicidade é digna de prémios. 
Quero aqui reiterar que não tenho nada contra Silva Dunduru que é, de facto, um verdadeiro artista. O meu desalento é contra a figura do Ministro da Cultura e Turismo, que me parece ter perdido leme.
Estive recentemente em Évora, classificada pela UNESCO como património mundial desde 1986, uma das cidades mais antigas de Portugal. É uma cidade que está em crescente transformação e renova-se diariamente. Não há, em Évora, o turismo de verão ou de inverno. Todos os dias do ano, são dias de turismo. A cada amanhecer, há algo de diferente, que desperta a atenção de todos. Por exemplo, o cantar dos pássaros, o florir das flores, o assobio do vento, as árvores carregadas de frutos, a gastronomia, enfim, a sua mitologia. Os europeus têm muito disso, vivem da mitologia. Uma cidade organizada para a cidadania, pois todos os seus habitantes são soldados da paz.
Évora é uma cidade sem grandes argumentos na área industrial, apesar da inauguração em 2012, da fábrica da Embraer. Portanto, sobra em história e turismo, o que falta em tecnologia. Évora é realmente uma cidade que tem muito que ver com monumentos históricos. Centena de turistas de todo o mundo deslocam-se diariamente à Évora para conhecer o centro histórico e tocar nas suas muralhas que serviram de baluarte contra invasões inimigas.
Vão visitar a capela dos ossos, que tem à sua entrada uma célebre frase: “Nós ossos que aqui estamos pelos vossos esperamos”, a Sé Catedral onde fui crismado juntamente com os irmãos do 139º-H do Curso de Cristandade, depois de uma semana de reclusão espiritual no Convento das irmãs Concepcionistas, em Elvas, o Templo Romano que dispensa comentários, a Universidade de Évora que foi uma espécie de “maternidade” intelectual de muitos jesuítas que inclusive ajudaram a edificar a Ilha de Moçambique e hoje ainda é um notabilíssimo centro de interpretação do saber mundial. E tem muito mais…
Portanto, a cidade vive do turismo. O turismo é o motor do desenvolvimento do Concelho e de Portugal em geral. A geringonça de António Costa muito deve as contribuições fiscais de Évora. O turismo em Évora é rentável, porque há uma mentalidade instituída nas pessoas, que o património é de todos e não só dos eborenses. Por isso, as visitas aos locais históricos são guiadas e pagas. Em igrejas, cujas manutenções dos edifícios revelam-se exorbitantes, os turistas deixam gratificações, para um correcto funcionamento do património religioso. As receitas arrecadadas servem para requintar o vasto e invejável património da cidade.
Em Moçambique o cenário é diferente. Deixa-se morrer o património para pedir esmola. Temos gente que não compreende patavina do turismo, mas quer ter a última palavra a dizer, porque é chefe! Envergonho-me quando vejo a Ilha de Moçambique a cair de podre. Sinto a mesma frustração quando vejo Boroma abandonada e os museus nacionais às moscas, só para citar alguns exemplos cruéis. A culpa não é inteiramente do ministro Dunduro. Também é dos municípios, pois esses são campos de batalha política e não polos de desenvolvimento.
Há que apostar na rentabilização do turismo aquático que é da responsabilidade do MCT (e também do Ministério da Juventude e Desportos). O turismo aquático circunscreve-se as praias. E os rios? Quem disse que os turistas têm medo de crocodilos? As danças estão a morrer, por falta de divulgação. A riqueza cultural que é produzida nas províncias não é exportada. Nas nossas embaixadas há mais informações políticas do que cartazes de interesses turísticos do país. Como é que pode haver um chamariz das nossas potencialidades turísticas se os websites desses ministérios não funcionam? Fomos os pioneiros da governação electrónica em África, no tempo do saudoso Salomão Manhiça, hoje nem sequer se fala nisso. 
Zicomo e um abraço nhúngue ao Bruno e aos Mambas, pela vitória diante da “temida” Zâmbia.
NOTA: Enquanto o presidente Nyusi pede contenção de custos e menos extravagância aos nossos dirigentes, alguns camaradas viram a cara e assobiam para o lado. Parece-me que as nádegas estão calejadas, os medicamentos já não fazem efeito. Porque às vezes brinca-se aos insultos na Casa Magna, alguns representantes do povo perderam a sensibilidade, a vergonha e o remorso. Mais recentemente, um alto funcionário do Ministério da Economia e Finanças veio à terreiro dizer que os 228 milhões de meticais gastos na compra de viaturas para os membros da Comissão Permanente da AR são insignificantes no OE! Valha-me Deus! Entretanto, recebi de um médico amigo a seguinte mensagem de consternação:
“Eu em dois meses de trabalho atendi 7 pessoas que caíram do mylove e rebentaram com a cabeça, dos quais uma mulher grávida. Se não é nada deveriam comprar mais transportes públicos para evitar estas situações.” Se este país cair nas mãos da oposição, como é o desejo de alguns camaradas, teremos uma autêntica razia, para não falar em genocídio político em Moçambique.
Voltando ao assunto...

A indignação causada pela atitude da Assembleia da República de Moçambique, não me larga...
Sobre o mesmo assunto, partilho a seguir um texto da autoria de Gilberto Correia, um profissional do Direito que foi Bastonário da Ordem dos Advogados de Moçambique (OAM). Sendo da lavra de quem é, o texto é bem conseguido e muito profundo, e melhor explica a razão dos moçambicanos que como se indignam com a aplicação do erário para a compra de viaturas de luxo para os membros da Comissão Permanente da AR (Moçambique), justo em tipo de profunda crise económica e financeira que o país está atravessando neste momento.
Eis o texto em referência.

------ INÍCIO DO TEXTO PARTLHADO ------

A AUSTERIDADE TRANSPORTADA DE MERCEDES-BENZ!
É legal? Claro que é legal! Consta da lei do orçamento, logo é legal.
Na Alemanha de Hitler o Nazismo era legítimo. O colonialismo também foi legal. O Stalinismo idem.
As questões que se devem colocar seriam: É justo? É moral? É exemplar?
Pois, ninguém ignora que os políticos sérios devem constituir exemplos de justeza e de ética, sobretudo quando se trata de usufruir benefícios contrastantes com a pobreza, em muitos casos extrema, que assola quem representam.
O nosso Estado é o maior devedor do País. Não tem dinheiro para devolver o IVA cobrado aos exportadores, nem o IRPC cobrado a mais às empresas, muito menos para devolver o excesso de IRPS dos indivíduos. Tornou-se num Estado incumpridor que arrastou muitas empresas para a falência ou para o encerramento definitivo, com todas as consequências sociais dai advenientes, por alegada falta de meios financeiros para pagar os bens e serviços que consumiu e precisa de continuar a consumir.
O nosso Estado não consegue prover os mais elementares serviços públicos com eficácia por falta de dinheiro. Nas escolas não há giz, nos hospitais medicamentos escasseiam e pessoas morrem por falta de tratamento adequado, nas ruas há falta de transportes públicos e cidadãos são transportadas perigosamente entulhados em carrinhas de caixa aberta.
Um Estado que em nome da austeridade retirou os subsídios sociais que concedia para beneficio dos mais carentes e subiu o preço do pão, do combustível, da água, da energia, dos chapa 100 e dos " my love", entre outros bens essenciais.
Já para não falar da desvalorização do metical, da subida generalizada do preço de todos os produtos e ... também da " subida" de apenas 500 mts no salário dos servidores públicos.
É nesta situação complicadíssima, em que o Estado está incapaz de cumprir as suas obrigações mais elementares, em virtude da alegada crise económica e financeira, em que o discurso politico apela que a população consinta inúmeros sacrifícios e aceite uma austeridade que arrasta os cidadãos mais carentes para uma existência em condições muito abaixo dos níveis mínimos da dignidade da pessoa humana, que somos surpreendidos com a recente aquisição de viaturas de luxo para representantes do Estado no Parlamento.
A justificação oficial é que é legal, que visa conferir dignidade aos beneficiários e que o total da despesa é desprezível considerado o montante global do Orçamento do Estado.
Ora, a maior parte do povo que tais beneficiários alegam representar vive actualmente em condições indignas, mas estes " representantes" reclamam luxuosas viaturas alemãs para manterem dignidade representativa. Seja, o representante clama por uma dignidade que não consegue minimamente garantir aos representados.
Pode até ser que essa despesa para adquirir viaturas de luxo seja mesmo insignificante, comparada com o volume total do orçamento geral do Estado. Mas, certamente que não será insignificante para comprar milhares de carteiras para que muitas crianças possam sentar-se nelas e aprender melhor. Não é insignificante para aquela mãe que vê o seu filho morrer de malária num posto médico por não existir medicamento disponível para curar o mal. Não é insignificante para aqueles familiares que viram os seus entes queridos morrerem por terem caído dos " My Love" apinhados de gente porque o Estado não tem verba para adquirir autocarros para transportar as pessoas em segurança. Não é insignificante para aquela família cujo chefe ficou desempregado porque a empresa onde trabalhava fechou em virtude do Estado não ter pago os bens e serviços que consumiu.
A teoria da legalidade, da insignificância e da dignidade usada como justificação para este caso não merece outra qualificação que não a de que representa uma autêntica imoralidade... uma indignidade pornográfica. Este tipo de defesa, no contexto económico e social que o nosso País vive, roça o insulto e corporiza a revelação despudorada da indiferença e o do desprezo pelo sofrimento dos representados.
Estas justificações estapafúrdias dadas por dirigentes que vivem neste País apenas demonstram quão gigantesco se tornou o fosso entre os benefícios convocados pelos governantes e as deterioradas condições de vida dos governados. Pior do que isso, revela que há políticos que se tornaram de tal modo cegos e insensíveis que são incapazes de descortinar qualquer obscenidade ética quando resulte do usufruto de regalias escandalosas em contraste com o povo que mingua sob o fardo pesado da austeridade e da escassez.
Neste caso flagrante de abuso de benefícios e regalias já não há partidos, diferenças ideológicas, gritos, abandonos da sala e nem insultos... não há Poder e nem há Oposição. Há uma total diluição das diferenças políticas. São todos da POSIÇÃO!
Na política, antes de se perguntar se determinada atitude ou comportamento é legal, deve-se previamente fazer as seguintes perguntas: é justo? é moral? é exemplar?
A resposta a estas questões cada um de vós sabe dar.
Gilberto Correia

------ FIM DO TEXTO PARTILHADO ------

E sobre o assunto ainda ouvi um "ilustre deputado"(?) a tentar esgrimir argumentos falaciosos a favor da imoralidade do acto criticado no texto aqui [acima] partilhado. Meteu-me muito nojo!
Metem-me igualmente nojo aqueles demais compatriotas que comparam deputados, que são eleitos porque fizeram campanha voluntariando-se para servir, com governantes por nomeação, que são convidados a assumir cargos públicos, alguns dos quais aceitam esses convites pelo seu elevado sentido de Estado e não pelo que ganham em troca, porque até já vinham vivendo melhor como cidadãos honestos.
Tolice de malandrice

Os titulares do executivo e das magistraturas são nomeados, por indicação pelos órgãos competentes.
Os deputados concorrem para tal o serem, por sugestão de seus correligionários que aceitam voluntariamente, em eleições gerais para ocupar assentos na Assembleia da República. E os critérios de sua inclusão nas listas partidárias através das quais concorrem em eleições gerais não são NADA transparentes.
É, pois, tolice de malandrice equiparar os titulares do executivo e das magistraturas com deputados. Com efeito, não há argumento válido, baseado na razão, para fundamentar a lei que equipara os membros da Comissão Permanente da República República aos titulares do executivo e das magistraturas. É totalmente falacioso qualquer argumento esgrimido para defender essa equiparação, mesmo se os deputados fossem eleitos directamente.
Até porque, pensando bem, equiparar as regalias dos deputados com as dos titulares do executivo e das magistraturas, diminui a acção fiscalizadora dos deputados e promove a promiscuidade entre poderes do Estado que se querem independentes e interdependentes. Quem confere poderes ao deputado é a Constituição e a lei; não é a equiparação das regalias.
Comentários
Senhoras e senhores pretensos deputados, ladrões do povo de Moçambique!

Vós não fostes nomeados deputados. Vós concorrentestes nas listas dos partidos políticos, quais voluntários, para servir.
Afinal era manha vossa, senhoras e senhores? Hoje já exigis serdes transportados em Mercedes-Benz, para serdes mais "dignos" que o povo que pretensamente representais? E este mesmo povo a pagar por essa vossa "dignidade" extravagante, acima dos salários de luxo e demais regalias igualmente extravagantes, que vós próprios aprovastes para vós mesmos e este mesmo povo já vos paga?
Não, ó senhoras e senhores "deputados"! Vós não sois representantes do povo de Moçambique. Vós enganastes este povo, para terdes legitimidade de usar indevidamente o seu nome para saciar vossos interesses egoístas. Vós sois impostores e não representantes do povo de Moçambique. Vós sois ladrões deste povo!
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Bernardo Fumo
Bernardo Fumo Um análise a altura
 · 1 h
Yussuff Bin Pacha Rodjas
Yussuff Bin Pacha Rodjas São ladroes de fato e gravata, que roubam de forma civilizada e legalizada. Uma burla, extorsão Vip. Seus cambadas de hipócritas e cínicos.
 · 34 min
Homer Wolf
Homer Wolf Já temos os dísticos, vuvuzelas e megafones preparados Profe. A qualquer momento receberá o convite... 🙂
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 · 30 min · Editado
Tony Ferreira
Tony Ferreira Na próxima legislatura gostaria que por milagre o meu caro prof. Chegasse a deputado para poder fazer valer as suas ideias em sede do parlamento. ..aliás gostaria que lhe dessem uma chucha que nem ao Hipólito hamela, mazanga, ragendra...Para ver o seu verdadeiro "ser e estar"

Mas de uma coisa tenha certeza meu caro, naquela casa do povo e tal como no seu local de trabalho há muito boa gente e cheia de princípios e quiçá alguns amigos teus e companheiros de muitas jornadas que tu melhor do que eu bem o sabes...é a essa gente que chamas de" ladrões"???

Prof...a escolha dos Mercedes causou indignação para todo mundo e os visados já tomaram conhecimento da borrada e acredito que qualquer deputado que se fizer ao volante do dito cujo, não o fará em grande estilo.

Mas acho que apesar de ser um pensamento seu, alguns adjectivos são bastante fortes e susceptíveis até de algum processo crime em tribunal para o senhor o provar em sede de julgamento. 

Acho irmão que a sua AKM está cheia de munições mas é preciso ter algum discernimento nas abordagens de certos assuntos e principalmente o uso de "adjectivos" e por favor não me leves a mal nem me detones.

Abrc meu caro e uma óptima semana para si e familia.
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 · 10 min · Editado
4 comentários
Comentários
Nelia Piores
Nelia Piores Eu gosto deste novo professor!?
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 · 2 h
Emilio Francisco Chauque
Emilio Francisco Chauque Nasceu de novo kkkkkkkkk...
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 · 2 h
Lúcio Langaa
Lúcio Langaa Este professor realmente quer paz
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 · 2 h
Homer Wolf
Homer Wolf Esta mais papista que o Papa...😄
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 · 1 h
Mário Manhiça
Mário Manhiça Reencontro com a realidade
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 · 58 min
Julio Sitoe
Julio Sitoe A Frelimo precisa ser formatada
Como tem dito "há muitos infiltrados" e que vão arruinar esse partido se continuar no mesmo rumo.
Mais uma vez foram infelizes no argumento dado para aquisição dessas viaturas, o povo está ver e está sentir isso na pele.

A revolução esta eminentemente 
Chega aquela fazê onde já não se está a procura do melhor, mas querer espermentar o diferente, a Frelimo que se cuide
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 · 1 h
Ramalho Edson Paris
Ramalho Edson Paris Kkkkkkk vou meter javel bamaru nesta camisete, assim näo me identifico a 100% no vermelho. ..è vergonhoso. 
Cadè meu chà de chambalacate ta frio aqui no parlamento Facebook
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 · 52 min
Elson Cuna
Elson Cuna Que imoralidade desta gentinha

1 comentário:

O Dono da Liberdade disse...

Certamente os "Camaradas" como a maioria no parlamento, fizeram propuseram essa barbaridade e a oposição, claro não ficou atrás para as regalias. Cadê o MDM que se diz digno representante do Povo e coerente com sigo mesmo? Da Renamo, pouco posso falar porque á nos habituou a ser vai-vem.É uma lástima de veras o nosso parlamento. Acontece o mesmo com um chapeiro. Podes ter um tio bondoso, disciplinado e tudo, mas logo que lhe deres um job de conduzir chapa 100, prontos tudo mudou, ele é o melhor conhecedor de esquemas para burlar a policia e passar sem cumprir a s regras de transtio. A tí mesmo sobrinho que lhe entegaste a carrinha para ele ter emprego, te dá cabeçadas e não te entega tudo o que faturou no dia. Então como podemos ter parlamentares honestos, éticos e com moral cívica? deputados sencíveis ao sofrimento do Povo? O maior interesse é o tacho e ponto final o resto que se dane.
è preciso dasr uma liçãozinha a estes parlamentares.
Lembram-se aquando da greve dos médico? Prenderam uns e corromperram outros para abandonares esta vía e no fim não resolveram nada senão ninharias para calarem a boca. E querem que a saúde funcione bem? Ha nessa altura da greve dos médicos, compraram 250 Navarros para os parlamentares porque mereciam uma dignidade. Agora também merecem dignidade Excelentíssimos Senhores Deputados da AR, dignos representantes do POVO.
Que maravilha!