O insignificante
"A despesa da compra dos Mercedes Benz tem um peso insignificante ao orçamento do estado. Veja que o nosso orçamento é de cerca 270 mil milhões de meticais, e esta despesa é de 228 milhões de meticais. Isso representa zero vírgula zero zero zero e qualquer coisa por cento. É insignificante" - Rogério Nkomo, Director Nacional do Orçamento.
De todos os argumentos pro-Mercedes que já ouvi este é o mais estúpido. Este é o resultado do excesso de matemática na cabeça e no coração. Quando você se preocupa somente em ler Demidovitch para entrar na Universidade dá nisso. Esquece o lado social das coisas. Você esquece que fora dos números há pessoas. Há vida. Você esquece que para além da matemática há outras ciências. Por exemplo, se o senhor Nkomo tivesse lido um pouco de biologia teria se apercebido que, um dia, ele já foi um espermatozoide. Teria sabido que, um dia, ele já foi uma coisa ínfima e invisível, que foi ejaculada, e fecundou uma outra coisa também ínfima e invisivel, que foi crescendo aos poucos e hoje já fala na tê-vê. Teria se apercebido que o insignificante vira significante.
- Co'licença!
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