Senador foi flagrado em gravação pedindo 2 milhões de reais; Andréa Neves, irmã do parlamentar, foi presa na manhã desta quinta-feira em Belo Horizonte
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18 maio 2017, 07h50 -
Atualizado em 18 maio 2017, 09h37
O ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o senador Aécio Neves (PSDB-MG)
e o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) sejam imediatamente
afastados de seus mandatos parlamentares. A decisão de Fachin se
assemelha à tomada pelo ministro Teori Zavascki em 2016, quando foi
determinado o afastamento do então deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Os mandados são cumpridos no gabinete do presidente do PSDB e na na
casa do parlamentar em Brasília. A irmã de Aécio, Andréa Neves, foi
presa na manhã desta quinta em Belo Horizonte, informou a VEJA o advogado criminalista Alberto Toron. A prisão
preventiva de Andrea Neves foi autorizada pelo ministro Edson Fachin,
relator da Operação Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF).A operação desta quinta-feira foi batizada de Patmos, em referência à ilha grega onde o apóstolo João teria escrito o Livro do Apocalipse.
Segundo o empresário Joesley Batista, que fechou acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República, ao lado de seu irmão Wesley Batista e outros cinco executivos da JBS, Aécio pediu 2 milhões de reais para supostamente custear a defesa dele na Operação Lava Jato.
De acordo com O Globo, que revelou a delação premiada nesta quarta-feira, o presidente do PSDB teria dito ao empresário que o valor custearia o trabalho do advogado Alberto Zacharias Toron. A conversa teria durado 30 minutos e foi gravada em um hotel em São Paulo.
“Se for você a pegar em mãos, vou eu mesmo entregar. Mas, se você mandar alguém de sua confiança, mando alguém da minha confiança”, teria dito Joesley ao tucano. “Tem que ser um que a gente mata ele antes de fazer delação. Vai ser o Fred com um cara seu. Vamos combinar o Fred com um cara seu porque ele sai de lá e vai no cara. E você vai me dar uma ajuda do caralho”, teria respondido Aécio, em uma suposta referência a seu primo Frederico Pacheco de Medeiros.
Ainda segundo a publicação, o dinheiro foi entregue em quatro parcelas de 500.000 reais a Medeiros pelo diretor de relações institucionais da JBS, Ricardo Saud. Uma das entregas teria sido filmada pela Polícia Federal, ocasião em que Frederico Medeiros teria repassado o dinheiro a Mendherson Souza Lima, secretário do senador Zezé Perrella (PMDB-MG).
O jornal também informa que a PGR tem indícios de que essa parte do dinheiro não foi destinada ao pagamento do advogado. A PF teria seguido Souza Lima, que fez três viagens de carro a Belo Horizonte para levar a propina. Ele teria remetido os 500.000 reais à empresa Tapera Participações Empreendimentos Imobiliários, de Gustavo Perrella, filho de Zezé Perrella.
Ontem, o perfil de Aécio no Twitter comentou as denúncias feitas pelos donos da JBS.
Lula tripudia de Michel Temer e cutuca Moro no Facebook
Presidente foi gravado por dono da JBS dando aval para a compra do silêncio do ex-deputado federal Eduardo Cunha
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17 maio 2017, 22h35 -
Atualizado em 17 maio 2017, 22h36
Em sua página no Facebook, Lula postou duas fotos do magistrado, uma em que ele aparece cumprimentando Temer, e outra, em que Moro conversa animadamente com o senador Aécio Neves (PSDB-MG) em um evento.
Segundo o jornal, Temer foi gravado pelo dono da JBS, Joesley Batista, dando aval para que o empresário comprasse o silêncio do ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso desde setembro de 2016 pela Operação Lava Jato. “Tem que manter isso, viu?”, teria dito o presidente, quando informado por Batista de que ele estaria pagando uma mesada a Cunha e ao lobista Lúcio Bolonha Funaro para que não aderissem à delação premiada.
Ainda de acordo com O Globo, Joesley Batista gravou Aécio Neves pedindo a ele 2 milhões de reais para custeio dos honorários do criminalista Alberto Zacharias Toron, que defende o tucano na Lava Jato.
Comentários
O ex-METALÚRGICO não sabe ler, mas eu sei.