Réu em cinco ações, petista diz que está na hora de acabar com “falatório” e pede a apresentação de provas contra ele na Lava Jato
Brasília
A campanha presidencial de 2018 já começou para Luiz Inácio Lula da Silva
(PT). O ex-presidente do Brasil é a única alternativa viável do Partido
dos Trabalhadores e, por isso, a cada evento, tem reforçado seu
discurso de presidenciável. As críticas à operação Lava Jato, da qual é
um dos principais alvos, também só crescem.
Em um eloquente discurso para petistas durante um seminário sobre
economia em Brasília, nesta segunda-feira, Lula disse que está com
“vontade de brigar”, que na disputa eleitoral do ano que vem vai
defender seu legado apresentando propostas melhores do que as que
marcaram os Governos petistas e cobrou a eleição de parlamentares
diferentes dos que foram eleitos em 2014. O atual Congresso Nacional é
considerado um dos mais conservadores das últimas décadas e foi o
responsável por aprovar o impeachment de Dilma Rousseff (PT), a impopular sucessora e afilhada política de Lula na presidência.
“Se tudo der certo e eu possa ser candidato, eu não posso ser candidato para dizer apenas o que eu já fiz. Eu tenho de fazer um pouco mais. Porque, se alguém se separar da mulher, ou a mulher do homem, e depois de dez anos quiser voltar para fazer a mesma coisa, não vai dar jogo. Alguém tem de ter melhorado”, afirmou o ex-presidente.
Como exemplo, no seu discurso aos militantes, Lula disse que em seu eventual terceiro mandato o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) voltará a financiar as empresas, que o Banco do Brasil terá um papel de estimulador da sociedade e que as relações internacionais focarão a relação do Brasil com a América Latina e com a África. Afirmou ainda que apresentará um projeto de regulação da mídia, um de seus lemas eleitorais do início da década de 1990 que ele não conseguiu implantar nos seus oito anos de governo (2003-2010).
Sem citar nomes, o ex-presidente ainda disse que é inaceitável que um fascista ou um nazista seja indicado como candidato à Presidência. Falou também que considera a gestão Michel Temer (PMDB) ilegítima e uma das alternativas para o Brasil deixar estancar uma crise política seria a antecipação das eleições previstas para o ano que vem.
Na semana passada, o empreiteiro Ademário Pinheiro Filho, conhecido como Léo, afirmou ao juiz Sergio Moro, da Lava Jato, que a empresa da qual é sócio, a OAS, pagou propina ao ex-presidente em um esquema de corrupção ligado à Petrobras. Ele acusou Lula de pedir que destruísse provas de pagamentos indevidos ao PT.
O petista aproveitou o espaço de debates do PT para dizer que não vê problemas em um eventual adiamento de sua oitiva pelo juiz Moro, em Curitiba (PR). O depoimento dele estava agendado para o próximo dia 3 de maio, mas devido às promessas de protestos de militantes pró e contra Lula agendados para essa data, o magistrado analisa a possibilidade de adiar essa audiência. “Quero comparecer porque é a primeira grande oportunidade que eu não vou ser atacado pelas revistas e pelas televisões. Eu vou ter, de viva voz, o direito de me defender. No meu primeiro momento, o horário é meu. Faz três anos que eu estou só ouvindo”, afirmou.
“Se tudo der certo e eu possa ser candidato, eu não posso ser candidato para dizer apenas o que eu já fiz. Eu tenho de fazer um pouco mais. Porque, se alguém se separar da mulher, ou a mulher do homem, e depois de dez anos quiser voltar para fazer a mesma coisa, não vai dar jogo. Alguém tem de ter melhorado”, afirmou o ex-presidente.
Como exemplo, no seu discurso aos militantes, Lula disse que em seu eventual terceiro mandato o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) voltará a financiar as empresas, que o Banco do Brasil terá um papel de estimulador da sociedade e que as relações internacionais focarão a relação do Brasil com a América Latina e com a África. Afirmou ainda que apresentará um projeto de regulação da mídia, um de seus lemas eleitorais do início da década de 1990 que ele não conseguiu implantar nos seus oito anos de governo (2003-2010).
Sem citar nomes, o ex-presidente ainda disse que é inaceitável que um fascista ou um nazista seja indicado como candidato à Presidência. Falou também que considera a gestão Michel Temer (PMDB) ilegítima e uma das alternativas para o Brasil deixar estancar uma crise política seria a antecipação das eleições previstas para o ano que vem.
“Sem falatório”
Ao tratar de operações policiais – ele réu em cinco ações penais por crimes como tráfico de influência, lavagem de dinheiro e corrupção – o ex-presidente disse que chegou a hora de acabar com o “falatório” de delatores. “Está chegando a hora de parar com o falatório e mostrar a prova. Acho que está chegando a hora que a prova tem de aparecer em cima do papel. Eu quero que eles mostrem um real em uma conta minha fora desse país ou indevida”, disse para depois completar: “Provem um desvio meu de conduta de quando eu era presidente ou não era presidente”. Lula é um dos citados na lista dos delatores da empreiteira Odebrecht.Na semana passada, o empreiteiro Ademário Pinheiro Filho, conhecido como Léo, afirmou ao juiz Sergio Moro, da Lava Jato, que a empresa da qual é sócio, a OAS, pagou propina ao ex-presidente em um esquema de corrupção ligado à Petrobras. Ele acusou Lula de pedir que destruísse provas de pagamentos indevidos ao PT.
O petista aproveitou o espaço de debates do PT para dizer que não vê problemas em um eventual adiamento de sua oitiva pelo juiz Moro, em Curitiba (PR). O depoimento dele estava agendado para o próximo dia 3 de maio, mas devido às promessas de protestos de militantes pró e contra Lula agendados para essa data, o magistrado analisa a possibilidade de adiar essa audiência. “Quero comparecer porque é a primeira grande oportunidade que eu não vou ser atacado pelas revistas e pelas televisões. Eu vou ter, de viva voz, o direito de me defender. No meu primeiro momento, o horário é meu. Faz três anos que eu estou só ouvindo”, afirmou.
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