Elisio Macamo a sentir-se furioso.
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Algumas das mais importantes questões que preocupam a nação moçambicana
tiveram, finalmente, a atenção que merecem junto do executivo. Houve
uma sessão extraordinária do Conselho de Ministros durante o fim de
semana. Um Guebuzista que nele participou gravou-o e mandou para mim no
“in-box”. Como não conheço muito bem as vozes dos nossos governantes
tive algumas dificuldades em fazer a transcrição. Mas como a coisa me
parece de interesse nacional, partilho convosco a parte inicial da
sessão. O resto entrego oportunamente ao Canal de Moçambique ou a outro
orgão qualquer que saiba lidar a sério com assuntos nacionais.
Primeira voz: Caros compatriotas, bom dia. Muito obrigado por estarem aqui presentes. Como sabem, o país está em crise profunda. O meu patrão, aliás, o nosso patrão, espera de nós soluções. Fazendo uso das atribuições que me são conferidas pelas partes da Constituição da República que me convém respeitar, convoquei esta sessão extraordinária do Conselho de Ministros para juntos e no espírito de Mondlane e Samora assim como inspirados pelo exemplo de reconciliação nacional demonstrado pelo Camarada Chissano mostrarmos o nosso compromisso com a causa do povo moçambicano unido do Rovuma e, beneficiando da trégua, sem interrupção até ao Maputo. Todos receberam a agenda da reunião que passo a ler: ponto 1 “implicações duma possível vitória do Sporting sobre o Benfica”; ponto 2 “critérios de avaliação de desempenho: melhor jogador do mundo é quem marca 100 ou 500 golos?”; ponto 3 “discussão da estratégia nacional de combate à centralização excessiva: porque uma final da taça da Inglaterra entre Chelsea e Arsenal não promove a unidade nacional”. Peço à Sua Excelência o Primeiro Ministro para nos dizer se há “diversos”.
Segunda voz: Obrigado Sua Excelência Primeiro Empregado do Povo. Com sua permissão, Excelência, e reiterando o nosso apoio incondicional aos seus abnegados esforços na condução dos destinos deste país, nação de Mondlane e Samora, gostaria, antes de tudo, de pedir ao porta-voz desta reunião para registar que o Conselho de Ministros aprovou por unanimidade uma moção de apoio à forma sábia e clarividente como Sua Excelência o Primeiro Empregado do Povo tem sabido encontrar problemas para as soluções do nosso povo. Em relação aos diversos, e usando das atribuições que me são conferidas pela Constituição da República na minha qualidade de Segundo Empregado do Povo, tenho a honra e o privilégio de anunciar que temos alguns pontos que, havendo ainda tempo após a discussão dos pontos principais da agenda, e sem prejuízo dos parcos recursos que o nosso povo à custa de muito sacrifício nos proporciona para cuidarmos dos assuntos que mais interesse suscitam na sociedade, poderemos aflorar. Seriam eles, “Relatório da Kroll”, “Crise nos Transportes”, “Aumentos salariais na função pública”...
Primeira voz: ... acrescenta aí “Aeroportos regionais e seu impacto no turismo mundial”. Continue, por favor. Ah, espere, parece que o nosso colega Guebuzista lá no fundo tem alguma crítica a acrescentar.
Terceira voz: Não, Excelência, não é crítica. Só queria pedir para invertermos a ordem da agenda. Como todos sabemos, não dispomos de muito tempo. Porque não começarmos pelos diversos para termos mesmo a certeza de que chegamos ao fim da discussão mesmo se não aflorarmos os pontos mais importantes? Era só isso.
Quarta voz: Com Vossa permissão, Sua Excelência, concordo com o colega. Proponho que o porta-voz desta sessão registe que o Conselho de Ministros discutiu o relatorio da Kroll, a crise nos transportes e os aumentos salariais na função pública, apreciou os vários pontos de vista apresentados sobre estas profundas matérias e aprovou por unanimidade uma série de medidas visando atacar esses problemas pela raiz.
Primeira voz: Muito obrigado por essa proposta bastante construtiva. E o camarada tem sorte que eu disse que agora aceitamos a crítica... Quando dizemos que a Frelimo é o guia do povo moçambicano, o partido que conhece os anseios do povo e o partido que tem a histórica missão de conduzir este povo à felicidade algumas pessoas pensam que não sabemos do que estamos a falar. Há fome no país? Sim, há fome! Dói-nos o coração quando vemos compatriotas a viajar de “Mylove” na capital do país? Sim, dói-nos! O futuro do país está hipotecado com as dívidas “ocultas”? Sim, está! Mas que partido e governo seríamos nós se não soubéssemos valorizar o que realmente mexe com o nosso povo? Vocês que estão no Facebook, estão a ver algum desses assuntos a ser discutido neste momento? A carga emocional que um Benfica ou Porto campeão tem para o nosso patrão compara-se com a crise dos transportes? Claro que não! Sim, colega...
Quinta voz: Obrigado, Sua Excelência Primeiro Empregado do Povo, era só para propor ao Porta Voz desta Sessão o registo na acta da reunião do nosso voto unânime a favor duma moção de apoio às suas sábias palavras e à sua sintonia emocional com o povo. O que os Malandros não sabem, e por isso nunca ascendarão ao poder, é o valor da independência. Não vertemos o sangue das vidas mais preciosas desta nossa Nação para nos afastarmos do mundo. Constitui a manifestação mais solene da nossa emancipação e auto-estima ...
Primeira voz: ... por favor, essa expressão está banida aqui...
Quinta voz: Com certeza, Excelência, portanto, não “auto-estima”, mas sim manifestação mais solene da nossa emancipação e orgulho patriótico podermos em liberdade e em plena consciência aceitar como natural a subordinação dos nossos gostos, ídolos e prioridades aos gostos, ídolos e prioridades dos que nos colonizaram. Que forma mais enfática e sublime existe de demonstrar o nosso espírito cosmopolita? Alguém aqui entre os meus ilustres colegas empregados do povo moçambicano já viu o povo português a congestionar as ruas de Lisboa festejando a vitória do Chingale de Tete? Alguém ja viu amizades a serem cortadas na Espanha porque não há acordo sobre quem é o pior jogador do Moçambola? Independência é honrar o espírito de Mondlane, de Samora e de todos os outros heróis desta nossa bela Pátria que deram a sua vida pelo nosso direito de alienação cultural voluntária. Se nós não estamos à altura do desafio de criar condições para que o povo tenha orgulho nas suas próprias conquistas temos a obrigação moral de respeitar a sua vontade de procurar no exterior as fontes da sua satisfação emocional. A independência é isto. Gostar demonstrativamente do outro procurando refúgio emocional nas suas vitórias é um acto de soberania. A crise financeira, a crise dos transportes e a crise salarial são o resultado de 500 anos de opressão e exploração colonial. São problemas estruturais que em devido tempo serão resolvidos. Mas a alienação cultural foi mais profunda. Ela merece a nossa prioridade. Um primeiro passo nesse sentido é transformá-la num acto voluntário e consciente.
Primeira voz: Muito obrigado, Sua Excelência Restante Empregado do Povo. Assessor político, tomar nota para o meu próximo discurso...
Primeira voz: Caros compatriotas, bom dia. Muito obrigado por estarem aqui presentes. Como sabem, o país está em crise profunda. O meu patrão, aliás, o nosso patrão, espera de nós soluções. Fazendo uso das atribuições que me são conferidas pelas partes da Constituição da República que me convém respeitar, convoquei esta sessão extraordinária do Conselho de Ministros para juntos e no espírito de Mondlane e Samora assim como inspirados pelo exemplo de reconciliação nacional demonstrado pelo Camarada Chissano mostrarmos o nosso compromisso com a causa do povo moçambicano unido do Rovuma e, beneficiando da trégua, sem interrupção até ao Maputo. Todos receberam a agenda da reunião que passo a ler: ponto 1 “implicações duma possível vitória do Sporting sobre o Benfica”; ponto 2 “critérios de avaliação de desempenho: melhor jogador do mundo é quem marca 100 ou 500 golos?”; ponto 3 “discussão da estratégia nacional de combate à centralização excessiva: porque uma final da taça da Inglaterra entre Chelsea e Arsenal não promove a unidade nacional”. Peço à Sua Excelência o Primeiro Ministro para nos dizer se há “diversos”.
Segunda voz: Obrigado Sua Excelência Primeiro Empregado do Povo. Com sua permissão, Excelência, e reiterando o nosso apoio incondicional aos seus abnegados esforços na condução dos destinos deste país, nação de Mondlane e Samora, gostaria, antes de tudo, de pedir ao porta-voz desta reunião para registar que o Conselho de Ministros aprovou por unanimidade uma moção de apoio à forma sábia e clarividente como Sua Excelência o Primeiro Empregado do Povo tem sabido encontrar problemas para as soluções do nosso povo. Em relação aos diversos, e usando das atribuições que me são conferidas pela Constituição da República na minha qualidade de Segundo Empregado do Povo, tenho a honra e o privilégio de anunciar que temos alguns pontos que, havendo ainda tempo após a discussão dos pontos principais da agenda, e sem prejuízo dos parcos recursos que o nosso povo à custa de muito sacrifício nos proporciona para cuidarmos dos assuntos que mais interesse suscitam na sociedade, poderemos aflorar. Seriam eles, “Relatório da Kroll”, “Crise nos Transportes”, “Aumentos salariais na função pública”...
Primeira voz: ... acrescenta aí “Aeroportos regionais e seu impacto no turismo mundial”. Continue, por favor. Ah, espere, parece que o nosso colega Guebuzista lá no fundo tem alguma crítica a acrescentar.
Terceira voz: Não, Excelência, não é crítica. Só queria pedir para invertermos a ordem da agenda. Como todos sabemos, não dispomos de muito tempo. Porque não começarmos pelos diversos para termos mesmo a certeza de que chegamos ao fim da discussão mesmo se não aflorarmos os pontos mais importantes? Era só isso.
Quarta voz: Com Vossa permissão, Sua Excelência, concordo com o colega. Proponho que o porta-voz desta sessão registe que o Conselho de Ministros discutiu o relatorio da Kroll, a crise nos transportes e os aumentos salariais na função pública, apreciou os vários pontos de vista apresentados sobre estas profundas matérias e aprovou por unanimidade uma série de medidas visando atacar esses problemas pela raiz.
Primeira voz: Muito obrigado por essa proposta bastante construtiva. E o camarada tem sorte que eu disse que agora aceitamos a crítica... Quando dizemos que a Frelimo é o guia do povo moçambicano, o partido que conhece os anseios do povo e o partido que tem a histórica missão de conduzir este povo à felicidade algumas pessoas pensam que não sabemos do que estamos a falar. Há fome no país? Sim, há fome! Dói-nos o coração quando vemos compatriotas a viajar de “Mylove” na capital do país? Sim, dói-nos! O futuro do país está hipotecado com as dívidas “ocultas”? Sim, está! Mas que partido e governo seríamos nós se não soubéssemos valorizar o que realmente mexe com o nosso povo? Vocês que estão no Facebook, estão a ver algum desses assuntos a ser discutido neste momento? A carga emocional que um Benfica ou Porto campeão tem para o nosso patrão compara-se com a crise dos transportes? Claro que não! Sim, colega...
Quinta voz: Obrigado, Sua Excelência Primeiro Empregado do Povo, era só para propor ao Porta Voz desta Sessão o registo na acta da reunião do nosso voto unânime a favor duma moção de apoio às suas sábias palavras e à sua sintonia emocional com o povo. O que os Malandros não sabem, e por isso nunca ascendarão ao poder, é o valor da independência. Não vertemos o sangue das vidas mais preciosas desta nossa Nação para nos afastarmos do mundo. Constitui a manifestação mais solene da nossa emancipação e auto-estima ...
Primeira voz: ... por favor, essa expressão está banida aqui...
Quinta voz: Com certeza, Excelência, portanto, não “auto-estima”, mas sim manifestação mais solene da nossa emancipação e orgulho patriótico podermos em liberdade e em plena consciência aceitar como natural a subordinação dos nossos gostos, ídolos e prioridades aos gostos, ídolos e prioridades dos que nos colonizaram. Que forma mais enfática e sublime existe de demonstrar o nosso espírito cosmopolita? Alguém aqui entre os meus ilustres colegas empregados do povo moçambicano já viu o povo português a congestionar as ruas de Lisboa festejando a vitória do Chingale de Tete? Alguém ja viu amizades a serem cortadas na Espanha porque não há acordo sobre quem é o pior jogador do Moçambola? Independência é honrar o espírito de Mondlane, de Samora e de todos os outros heróis desta nossa bela Pátria que deram a sua vida pelo nosso direito de alienação cultural voluntária. Se nós não estamos à altura do desafio de criar condições para que o povo tenha orgulho nas suas próprias conquistas temos a obrigação moral de respeitar a sua vontade de procurar no exterior as fontes da sua satisfação emocional. A independência é isto. Gostar demonstrativamente do outro procurando refúgio emocional nas suas vitórias é um acto de soberania. A crise financeira, a crise dos transportes e a crise salarial são o resultado de 500 anos de opressão e exploração colonial. São problemas estruturais que em devido tempo serão resolvidos. Mas a alienação cultural foi mais profunda. Ela merece a nossa prioridade. Um primeiro passo nesse sentido é transformá-la num acto voluntário e consciente.
Primeira voz: Muito obrigado, Sua Excelência Restante Empregado do Povo. Assessor político, tomar nota para o meu próximo discurso...
Wilson Profirio Nicaquela O único campeonato que de facto é do nosso país é o MoZap. Lol.
Gosto · Responder · 24/4 às 11:19 · Editado
Taisse Sigaúque Emocao das bases/ bases emocionadas. Eis a questao, looool
Mussá Roots Nem precisa dos desenhos do primo NDIMANDE...
Parece filme, este texto profe...daqueles filmes com vários sub-temas, num só...
Parece filme, este texto profe...daqueles filmes com vários sub-temas, num só...
Josina Malique Tio Elisio Macamo ja nos deixou. Digo isto ha muito tempo apesar de ele continuar a nos deixar. LOL
Gosto · Responder · 2 · 24/4 às 11:22
João Paulo Marime Hiiii.....vou reflectir pouco só ali perto.....nao sei se volto hoje.
Abel Last Angel Nandza I mpela i mhaka ya nkoka swinene leyi u tsaleke malungana na yona.
Gosto · Responder · 1 · 24/4 às 14:15
Francisco Wache Wache palmas.
um texto coerente e que mostra o quanto as vezes preocupamo-nos com
coisas que nao nos dizem respeito, com o quanto estamos alienados
culturalmente. O prof. Dr. Chume, em aula inaugural na faculdade de
medicina na Unizambeze, em Tete, sábado último,
dizia que se nota que há falta de educação patriótica nos moçambicanos.
Conhecemos mais coisas que ocorrem na Europa e na América do que coisas
que ocorrem aqui perto, no nosso país. não damos valor suficiente ao
que é nosso, e rematou: num futuro próximo, escreveremos uma carta ao
ocidente pedindo um colonização- terminou.
Gosto · Responder · 1 · 24/4 às 15:32
Ser - Huo Como
não "conhecer mais coisas que ocorrem na Europa e na America" se grande
parte das coisas importantes daqui são nos informadas a partir da
Europa e da América? Os nossos dirigentes e sua cúpula de pititiqueiros
nãos ajudam em quase nada. O assunto do
momento (500.00Mt) foi intencionalmente omitido por um dirigente (por
vergonha, claro, pois os comunicados deles são tipicamente o que o
Elisio satiriza aí no texto: não dizem nada) tinha tinha ser um
jornalista a trazer. As nossas dividas foram colocadas a nu a partir de
lá, etc. Então, uma pergunta: o que se pode aproveitar de ca dentro que
não seja o silêncio?
Elisio Macamo obrigado pelo reparo, Fatima Mendonça.
Fatima Mendonça Elisio Macamo nova promessq ds ficcao nacional estou falando a serio!!
Gosto · Responder · 1 · 24/4 às 17:10
Clinarete Munguambe Concordo
Bayano Valy 1. a superficialidade com a qual se tratam assuntos da nação
2. a não-importância que se dá à assuntos importantes
2. a não-importância que se dá à assuntos importantes
Elisio Macamo obrigado Fatima Mendonça e Mussá Roots pelas correcções.
Gosto · Responder · 1 · 24/4 às 18:22
Emilio Maueie bom,
a parte triste, alias, a parte linda nisto tudo, é que eu sou daqui.
por isso, vou rezar um pouco para ver se o meu ferroviário de maputo,
desculpe, meu real madrid se saia bem na jornada em atraso. isso é que
mais importa. se o jogo terminar antes de cair no sono, vou ligar a RM
para tentar acompanhar o debate sobre a qualidade de ensino vs
empreendedorismo no país.
Gosto · Responder · 1 · 24/4 às 19:10
Lourenco Rosario Meu amigo, na mouche, a comédia é a forma mais sublime de trater de assuntos dramáticos, "ridendo mores castigantur "
Emerson Eduardo Nhampossa Eu
sou culpado por ser adepto do Ferroviário de Maputo e assistir os jogos
do FC Porto e festejar as vitórias do FC Barcelona. Vendemos pouco a
imagem do nosso país. Tenho pena de mim em viver ilusões perpétuas no
meu país. Aula lecionada Dr.
Alcídes André de Amaral Interessante!
Sao coisas da globalizacao, professor! O que levamos de Mocambique para
o mundo? Nada, a nao ser esculturas de mulheres com bebes nas costas e
figuras de cara feia. Os outros, pelo contrario, trazem-se para ca. O
que nos resta? Patriotismo e autoestima?
Pode ser, mas comecando por onde? Claro que exageramos ao encher as
ruas buzinando dum lado para o outro... gostar de futebol nao significa
gostar de certas equipas de futebol. Se gostassemos mesmo do futebol,
entao encheriamos as ruas pelas vitorias de ferroviario da beira. Mas
enfim, o que fazer?
Andy Silva Ha
muito tempo que nao lia seus textos professor, pois ando afastada desta
rede social... mas ao ler este texto hoje, confesso que ri para nao
chorar. Nossa realidade é dura e triste; infelizmente somos alienados,
com pensamento muito vago e sem os pés no chao. Ha muito para aprender
nesta vida... Saudaçoes!
Benedito Mamidji Muito
engraçado. Se A Primeira Voz é quem eu estou a pensar, resta saber se
ele estava a ler o discurso ou a falar em improviso. Se se trata do
segundo cenário, então ele é duplamente ficcional, pois o Emprego do
Povo tem a mais pobre oratória em Português de que há memória na função
pública ao mais alto nível. Ele expressa se lindamente em Swahili ou
Maconde
Stelio Jeree Clap clap clap... Grande, grandíssimo kakakaka
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