sexta-feira, 28 de abril de 2017

Autoridades de saúde vacinaram mais de 800 mil crianças em 2016


Isaura Nyusi lançou a 7ª Semana Africana de Vacinação no Centro de Saúde de Xipamanine
Em África, estima-se que uma em cada cinco crianças não recebe todas as vacinas necessárias para o seu desenvolvimento são e saudável. No caso de Moçambique, a realidade é também desafiadora, pois se estima que cerca de 15% das crianças não são alcançadas pela vacinação, facto que tem contribuído para o aumento das taxas de mortalidade infantil. É pensando nesta realidade que a primeira-dama da República, Isaura Nyusi, lançou, ontem, no Centro de Saúde de Xipamanine, a 7.ª Semana Africana de Vacinação. Na ocasião, a esposa do Chefe de Estado exortou os pais e encarregados de educação a levarem as crianças à vacinação.
Segundo fez saber Isaura Nyusi, em 2016, um total de 896 553 mil crianças menores de um ano de idade receberam vacina de prevenção contra várias doenças, um número que, entretanto, não satisfaz. “Em 2016, das 1 030 521 crianças menores de um ano que deveriam ser vacinadas, apenas 87 por cento completou a vacinação antes do primeiro ano de vida. O difícil acesso às unidades sanitárias, o fraco conhecimento da importância da vacinação, aliado à pobreza, devem ter contribuído para este cenário. Aproveitar esta oportunidade para exortar os pais e encarregados de educação a que levem as crianças à vacinação.
A esposa do Chefe de Estado avançou que, para acabar com esta tendência que perdura há anos, os líderes de todo o continente comprometeram-se, ano passado, a realizar avanços significativos para garantir o acesso universal a vacinas em toda a África. “Todas as crianças beneficiarão deste bem precioso e crescerão com melhor saúde”, referiu.
Apesar de não se ter alcançado as metas previstas para 2016, a fonte disse que o país regista grandes progressos na prevenção de doenças, através da vacinação. “Como resultado, conseguimos reduzir em mais de 80 por cento a mortalidade por sarampo, eliminámos o tétano neonatal e a pólio”, frisou, acrescentando que, “infelizmente, nem todas as crianças têm acesso à vacinação. Estima-se que uma em cada cinco crianças africanas não recebe todas as vacinas básicas necessárias”.
Por seu turno, Benigna Matsinhe, directora nacional adjunta de Saúde Pública, destacou a importância da vacinação para as crianças. “Grande parte dos que aqui estão, para que estejam saudáveis hoje, os seus pais tiveram a sabedoria de os levar ao centro de saúde para lhes serem administradas vacinas. Então, não permitamos que os nossos filhos não tenham esse direito, pois a vacinação é uma maneira de as proteger contra doenças”, disse.
Na ocasião, foram administradas vacinas contra rotavírus, poliomielite, mais conhecida por paralisia infantil, e receberam suplementação da Vitamina A. Igualmente, foram exibidos métodos contraceptivos. De salientar que essas actividades fazem parte da visita de dois dias que Isaura Nyusi realiza à Cidade de Maputo.
A cerimónia de celebração da Semana Africana de Vacinação decorre sob o lema “As vacinas protegem todos, vamos todos vacinar as nossas crianças”.
Primeira-dama deplora índices de violência doméstica
Ainda no decurso da sua visita à cidade de Maputo, Isaura Nyusi repudiou a emergência de um novo tipo de violência protagonizada pelas mulheres, que consiste em queimar os seus parceiros com recurso a produtos inflamáveis. A primeira-dama falava durante a inauguração de um centro de atendimento às vítimas de violência doméstica, no Hospital Geral da Polana Caniço, o qual dispõe de gabinetes jurídico, médico, psicossocial e contará, igualmente, com a presença de agentes da PRM, para garantir a protecção das vítimas. “Não podemos deixar de mencionar o novo fenómeno de violência com recurso a óleo quente, que tem sido perpetrado pelas mulheres contra os maridos, situação que nos deixa muito tristes, pois nenhuma forma de violência é aceitável”, afirmou.
Depois daquela cerimónia, a primeira-dama manteve um encontro com as mulheres da OMM, no pavilhão do Estrela Vermelha, as quais se distanciaram dos actos de violência perpetrados por algumas mulheres. Na ocasião, foram oferecidas cadeiras de rodas e outros meios de compensação a pessoas portadoras de deficiência.

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