domingo, 30 de abril de 2017

Malangatana (o segundo à esquerda), Marcelino dos Santos, Joaquim Chissano (ao centro), Rui Nogar (à direita)

Eusébio A. P. Gwembe
20 de Março de 2016 ·


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Comentários


Eusébio A. P. Gwembe Malangatana (o segundo à esquerda), Marcelino dos Santos, Joaquim Chissano (ao centro), Rui Nogar (à direita).....
Gosto · Responder · 1 · 20 de Março de 2016 às 20:26


Ariel Sonto Legenda?
Gosto · Responder · 20 de Março de 2016 às 20:26


Ariel Sonto Onde? A fazer?
Gosto · Responder · 2 · 20 de Março de 2016 às 20:27


Eusébio A. P. Gwembe Era uma visita ao campo militar da FRELIMO na Tanzânia, Ariel Sonto, provavelmente em 1974.
Gosto · Responder · 1 · 20 de Março de 2016 às 20:30


Ariel Sonto Que funções desempenhavam Nogar e Malangatana?
Gosto · Responder · 2 · 20 de Março de 2016 às 20:37


Tsala Muana esses palhacos tem ideias analogicas
Gosto · Responder · 20 de Março de 2016 às 20:39


Gabriel Muthisse Ao lado do Malangatana é Matias Mboa. O que foi chefe operacional da IV Região Militar (que englobava Maputo, Gaza e Inhambane). Esta frente foi desbaratada pela PIDE em 1964. Em consequência, Matias Mboa, Maduna Xinana, outros guerrilheiros, Malangatana, Rui Nogar, Craveirinha, Luis Bernardo Honwana, Domingos Arouca e muitos outros foram presos, na cadeia da Machava
Gosto · Responder · 8 · 20 de Março de 2016 às 20:51


Eusébio A. P. Gwembe Tenho os autos do julgamento deles, Gabriel Muthisse. Grandes nacionalistas. Um dia poderei partilhar, cada um tinha sua acusação.
Gosto · Responder · 5 · 20 de Março de 2016 às 20:54


Eusébio A. P. Gwembe Tsala Muana, muito deslocado e suspeito o seu comentário. :(
Gosto · Responder · 5 · 20 de Março de 2016 às 20:55


Gabriel Muthisse Aqui, esses nacionalistas tinham ido a Dar-es-Salam a pedido de Costa Gomes, para verem se obtenham um cessar fogo. Cessar fogo antes de os portugueses reconhecerem o direito de Moçambique à independência. É lógico que os guerrilheiros recusaram. Costa Gomes chegou a tentar que esses antigos presos políticos constituísse uma FRELIMO no interior. Uma espécie de FRELIMO Renovada. Estes nacionalistas recusaram, honra lhes seja feita.
Gosto · Responder · 8 · 20 de Março de 2016 às 21:00


Eusébio A. P. Gwembe Ariel Sonto, Malangatana foi fotógrafo, algumas vezes. Aqui vê-se uma máquina fotográfica

Gosto · Responder · 2 · 20 de Março de 2016 às 21:02


Gabriel Muthisse A pergunta de Ariel Sonto é outra, Eusébio A. P. Gwembe. Ele quer saber se tinham funções relevantes na FRELIMO/guerrilha. Eles foram militantes clandestinos. Apoiaram os guerrilheiros que tentaram abrir uma frente armada no sul. Passaram quase toda a década 60 presos. E, mesmo quando libertos, tinham muitas limitações de movimento
Gosto · Responder · 4 · 20 de Março de 2016 às 21:07 · Editado


Ariel Sonto Sabia sobre fotografo, Eusébio. A minha questão tem a ver com o que Muthisse disse.
Gosto · Responder · 2 · 20 de Março de 2016 às 21:09


Aurelio Magalhaes interessante, consta-me que Malagatana esteve num campo de reeducação, a que momento e qual foi a acusação podes me ajudar a compreeder Eusébio A. P. Gwembe
Gosto · Responder · 2 · 20 de Março de 2016 às 21:10 · Editado


Gabriel Muthisse Todos os presos políticos foram "reeducados". Em minha opinião, isso resultou de um jogo de interesses (de poder) dentro da FRELIMO. Parte da elite dos que tinham feito a luta armada encarou os antigos presos políticos como rivais, nos jogos de poder. Por isso, a sua contribuição para a luta comum foi minimizada. Por exemplo, confissões extraídas sob tortura atroz terão sido consideradas como traição. .. coisas desse género. Mas, como Eusébio A. P. Gwembe diz, estes antigos presos políticos foram grandes nacionalistas.
Gosto · Responder · 6 · 20 de Março de 2016 às 21:14


Yussuf Adam Os que estavam na guerrilha pensavam que viviam em condicoes extremas sem agua nem luz e os que viviam nas cidades tinham luxos e confortos. Tb havia desconfiancas e procura de traidores para justificar as derrotas da 4 Regiao Militar... Suponho que a rede da 4 regiao militar e o papel dos militantes na clandestinidade nao era do conhecimento de todos.
Não gosto · Responder · 3 · 21 de Março de 2016 às 1:33


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Aderito Raul Magaia Eusébio A. P. Gwembe Faz me perceber que a nossa Independência vem de muito longe... A figuras que através da sua página vejo que porquê foram para a cripta.
Todo Moçambicano devia seguir esta página!
É a primeira vez que escrevo algo, mas perdi o número de vezes que leio, que reeleio até os textos antigos!
Obrigado!
Não gosto · Responder · 4 · 20 de Março de 2016 às 21:35


Yussuf Adam A viagem dos ex presos politicos e nacionalistas do interior a Dar. Para alguns deles parecia uma especie de ajuste de contas..
Não gosto · Responder · 5 · 20 de Março de 2016 às 22:05


Benedito Mamidji Acho que o ajuste de contas veio um pouco depois. Foi numa dessas visitas que Mboa regressou de Dar com dinheiro e instruções para construir a sede da Frelimo em LM, que acabou sendo justamente no antigo bar/cabaret Vasco da Gama na avenida Angola. O ajuste de contas, penso, veio em 78 na reunião com os ex-pp na pousada dos CFM - e foi aí que alguns foram classificados como traidores (Mboa e companhia, os que haviam participado na produção da revista Ressurgimento na Machava), outros como vacilantes (a grossa maioria dos ex-pps), e os heróis (todos os que haviam tombado nas mãos da PIDE - ou seja, não podia haver nenhum herói vivo na clandestinidade, os heróis vivos vinham da luta armada). Os traidores foram à reeducação. Os vacilantes foram a purificação e descolonização mental em Matalane, onde ficaram 2 meses entre treinos militares e confissões de vacilação. Alguns "traidores" foram descobertos nesse processo em Matalane, mas o grosso foi destacado para lugares de governação e do partido. Malangatana foi a Niassa onde passou um bom tempo de pintar as paredes da Feira de exposição de Lichinga, digo a pintar como um pintor ordinário de obras, não como artista, até que Samora o viu lá e mandou regressar.
Gosto · Responder · 5 · 21 de Março de 2016 às 0:31


Antonio A. S. Kawaria Muito por aprender.
Gosto · Responder · 21 de Março de 2016 às 1:15


Yussuf Adam Mamidji tanto quanto sei Malangatana foi enviado para as aldeias comunais em Nampula. Nesse primeiro reencontro muitos dos que vieram das zonas ocupadas i.e. Maputo foram considerados como vacilantes. Malangatana foi posto a limpar casas de banho. Tb o acusaram de nao ter saido de Mocambique. O pintor respondeu que cumpria as orens que tinha recebido de Mondlane de ficar em Mocambique. Muitos outros que vieram de fora da Tanzania tambem tiveram que enfrentar um certo desprezo por terem vindo do lado do inimigo onde viviam bem. Os da LA achavam que tinham feito o supremo sacrificio olvidando que no interior tambem se combatia e que se fossem apanhados eram torturados e mortos.
Não gosto · Responder · 2 · 21 de Março de 2016 às 1:26


Andre Jorge Chifeche Ya vou ter que comer muita matapa para perceber melhor os contornos da nossa historia.
Gosto · Responder · 21 de Março de 2016 às 6:33


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Eduardo Domingos "Chefe operacional da IV regiao militar"?????
Gosto · Responder · 21 de Março de 2016 às 6:38


Gabriel Muthisse Não sabia Eduardo Domingos? Estuda mais a história do teu país
Gosto · Responder · 21 de Março de 2016 às 8:08


Eduardo Domingos Quarto sector militar nao chegou a existir. Nunca houve accoes militares neste sector Gabriel Muthisse
Não gosto · Responder · 1 · 21 de Março de 2016 às 8:17


Gabriel Muthisse Veja bem os comentários. Existiu e foi destruído pela PIDE. Era dirigido por Matias Mboa e Joel Monteiro, vulgo Maduna Xinana. Estude melhor a tua história
Gosto · Responder · 1 · 21 de Março de 2016 às 8:54


Gabriel Muthisse Foram infiltrados guerrilheiros no sul. Grande parte foi presa.
Gosto · Responder · 21 de Março de 2016 às 8:55


Ana Cornelio Tingua Ficou para história. Grandes homens.
Não gosto · Responder · 1 · 21 de Março de 2016 às 10:38


Eduardo Domingos Houve luta de guerrilha em quw zona do iv sector Gabriel Muthisse? Achas que Eduardo Domingos é da ojm? Todos que foram zona sul foram presos e outros entregaram se. Como se explica a pide desmantelar uma organizaçao que era suposto estar no mato? Vce quer vender historia deturpada aos jovens
Gosto · Responder · 21 de Março de 2016 às 11:29 · Editado


Eduardo Domingos Todos guerrilheiros tinham instruçoes de instalar bases nas zonas pouco suspeitas mas o que foram mandados para o sul todos foram presos nos centros urbanos. A frelimo nunca teve plano de fazer guerrilha urbana. Sabes me dizer Gabriel Muthisse onde foram presos matias mboa e joel monteiro o tal maduna?
Gosto · Responder · 21 de Março de 2016 às 12:07 · Editado


Gabriel Muthisse Creio que sabe ler. Veja os comentários anteriores, Eduardo Domingos. E diz o que está errado no que se escreveu
Gosto · Responder · 21 de Março de 2016 às 13:01


Eduardo Domingos O que está errado é que nunca chegou a existir o IV sector militar Gabriel Muthisse.
Gosto · Responder · 21 de Março de 2016 às 13:11


Gabriel Muthisse Existiu a quarta região militar. Com o seu comando e os seus guerrilheiros. O que se pode discutir é se teve sucesso ou não
Gosto · Responder · 21 de Março de 2016 às 13:26


Eduardo Domingos Esteve implantado aonde o IV sector militar? Dizer que a Pide desmantelou é um absurdo se de facto existiu.
Gosto · Responder · 21 de Março de 2016 às 13:44 · Editado


Gabriel Muthisse Então não existiu!!!!! Está contente?
Gosto · Responder · 21 de Março de 2016 às 13:46


Eduardo Domingos Nao sou obrigado a aceitar mentiras, ou acha se dono da verdade?
Gosto · Responder · 21 de Março de 2016 às 13:50


Gabriel Muthisse Sim, tens muita razão. Não existiu a IV Regiao Militar. Não existiu Maduna Xinana. Não existiu Matias Mboa. Não existiu Jossefate Machel, Bombarda Matata, Manjoro Kuna e outros guerrilheiros aqui no sul. Tudo isso foi invenção da OJM. Nem existiram presos políticos, muito menos aqueles detidos aquando do desmantelamento dessa pretensa IV Regiao. Tudo invenção. Como esses da FRELIMO mentem! Penso que podemos parar por aqui. Ja se demonstrou que tens muita razão.
Gosto · Responder · 2 · 21 de Março de 2016 às 15:18


Nhecuta Phambany Khossa Eduardo Domingos, sugiro a leitura da obra do próprio Matias Mboa, onde ele relata factos sobre a IV Região Militar desmantelada pela PIDE.
Não gosto · Responder · 2 · 21 de Março de 2016 às 15:31


Santos F. Chitsungo Ha! As certezas....
Gosto · Responder · 1 · 21 de Março de 2016 às 15:48


Eduardo Domingos Essa sua lista se samora fosse justo todos componentes seriam fuzilados em mtelela porque fizeram o que nao aprenderam em nenhum sitio. Aceitem a treta por conveniencia eu, nunca.
Gosto · Responder · 21 de Março de 2016 às 18:31


Nito L. Manhice O tempo ñ perdoa
Gosto · Responder · 22 de Março de 2016 às 8:01


Yussuf Adam e bem complexo... os filhos dos reis tiveram que ir para o mato coisa que nao gostavam muito... tiveram que integrar se em sociedades em que eram considerados colonos. bom tema para reflectir joao.
Não gosto · Responder · 1 · 22 de Março de 2016 às 10:19


Gabriel Muthisse Pode não ser isso, João Cabrita. A constituição da IV Região podia não ter nada a ver com vitória rápida. Podia ser uma forma de dispersar as forças armadas coloniais. Se se lembra, em 1964 a FRELIMO desdobrou forças em 5 cenários de guerrilha: Cabo Delgado, Niassa, Tete, Zambézia e a IV Região que englobava as províncias de Maputo, Gaza e Inhambane. Três das frentes fecharam, excepto Cabo Delgado e Niassa. A questão das fronteiras nem era a mais importante, como a abertura da Frente de Manica e Sofala mais tarde provou. Creio que houve uma preparação deficiente nas outras frentes. Por exemplo, apesar de que o movimento clandestino de apoio era forte em Lourenço Marques, ele estava muito infiltrado. Se é que a própria sede não o esteve. Daí a fácil desarticulação dessa IV Região.
Gosto · Responder · 22 de Março de 2016 às 11:53 · Editado


Gabriel Muthisse E, talvez, recordar um outro facto que atesta que Mondlane e Magaia foram sempre contrários aa perspectiva de uma guerra rápida. Antes do inicio da luta armada Che Guevara visitou Dar-es-Salam onde foi advogar a sua tese de "Foco Insurrecional" ou "Foquismo". Para Africa, esta teoria de Che tinha variantes: concentrar todos os combatentes africanos disponíveis, no Congo, para uma guerra rápida, sendo que, a partir daquele paiis, se procederia aa libertação dos outros países africanos. Mondlane e Magaia recusaram. Esta seraa a causa, entre outras, que determinou que, em quase todo o período da luta armada, os cubanos se dedicassem a denunciar Mondlane e a FRELIMO como revisionistas, ou mesmo como amigos dos imperialistas. As relações de Cuba com Mocambique so melhoraram apôs a independência. Na verdade, a FELIMO nunca, durante o tempo da luta, gozou das mesmas relações privilegiadas que ligaram Cuba ao MPLA, PAICG ou ZAPU.
Gosto · Responder · 1 · 22 de Março de 2016 às 11:51 · Editado


Gabriel Muthisse Joao Cabrita, os "250" guerrilheiro não procederam a formações cerradas para ir atacar quartéis ou cidades. So isto "desconfirma" a sua tese de guerra relâmpago. Em 1964, a FRELIMO desdobrou as suas forcas em pequenas unidades, de não mais de 12 ou 15, para atacar pontos considerados frágeis do colonialismo. Esta ee uma indicação concreta de uma guerra de guerrilha, do tipo chinês. Mesmo para o sul, a FRELIMO não mandou um exercito. Enviou, isso sim, uma pequena unidade, talvez de menos de 20 elementos. Que guerra rápida podia, esta pequena forca, desencadear no coração da colônia? Não ha nada, na pratica de guerra da FRELIMO, que confirme essa tese de guerra relâmpago. Alias, toda a literatura da FRELIMO, todas as resoluções das sessões do CC, falam de guerra popular prolongada. E toda a disposição das forcas no terreno.
Gosto · Responder · 22 de Março de 2016 às 11:51


Gabriel Muthisse Che Guevara formulou essa frase "Vamos criar dois, três, muitos Vietnames" em 1967 ou 1968, quando ja estava na Bolivia. Foi numa mensagem que enviou aquando da reunião da Tricontinental. Portanto, muito depois de ter estado em Dar-es-Salam e no Congo. Eu estudei em Cuba, estudei a historia dos ataques das forcas de Fidel Castro aos aquartelamentos de Batista. Não teem nada a ver com o que foi a luta em Mocambique desde 1964. Em Cuba, Fidel Castro chegou a levar todas as suas forcas disponíveis para atacar um quartel (ver combate de Uvero, por exemplo). E tudo isso sem ter minimamente em conta a necessidade de mobilização e apoio popular. Os revolucionários cubanos achavam que com as suas vitorias, o apoio viria. Não foi, nunca, esta a postura da FRELIMO. Este movimento nunca concentrou todos os seus efectivos num único objectivo tático. Isto revela, para qualquer pessoa com conhecimentos mínimos nesta área, diferenças fundamentais entre o "Foquismo" e o modelo de guerrilha seguido pela FRELIMO. E, claramente, o modelo de guerrilha seguido pela FRELIMO não poderia, de nenhuma maneira, levar a uma vitoria rápida. Foi, sempre, muito parecido ao modelo Chines.
Gosto · Responder · 1 · 22 de Março de 2016 às 12:17


Maylene Paulo Gabriel Muthisse, hay que leer bien como fue el ataque al quartel de Moncada y como las fuerza rebledes estaban organizada. Ademas no se puede hacer comparaciones de ese hecho historico con la lucha de liberation en Mozambique y el Congo. Hay mucha information en la arquibo en el palacios de la revolution que demuestra porque la ayuda de Cuba a Frelimo no fue posible por causa de Mondlene. Hay una cosa muy curiosa ....cuando esa gente Frelimo , ANC andavam por Argelia que hacia los Cubanos alla. Yo no se.Ver Tradução
Gosto · Responder · 12 de Maio de 2016 às 7:50


Maylene Paulo Hay un livro rojo con el titulo " el assalto al cuartel Moncada" publicado por la editora creo " progreso or Novosti" de los anos 80. Outro Es "Fidel y la religion " yo tengo. Caso quiera yo te puedo regalar.Ver Tradução
Gosto · Responder · 12 de Maio de 2016 às 7:55


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Gabriel Muthisse Ademais, a recusa de instrutores cubanos não tem nada a ver com Estados Unidos. A FRELIMO treinou guerrilheiros na Argelia e na China, países que não eram amigos dos americanos. A escolha do modelo de instrução teve a ver com a concepção de guerrilha que a FRELIMO tinha. Negociar com os portugueses não ee problema nenhum. Era (diplomaticamente) desejável que fosse feita essa negociação. Quando Mondlane se reuniu com a cúpula religiosa da Missao Suica em Ricatla, aquando da sua visita a Mocambique em 1961, ele disse aa sua audiência que não seria possível obter a independência sem guerra. Quase todos os presentes comunicaram-lhe que, embora desejando a independência, não apoiavam contudo a violência. Este facto mostra que Mondlane esteve sempre convicto da inevitabilidade da luta armada. E isto ee consistente com a decisão que tomou de trenar quadros para a guerrilha, quase logo a seguir ao I Congresso. Nesse momento em que Cabrita diz que Mondlane estava a negociar, esquece de dizer que ja tinha gente na Argelia a treinar para iniciar a luta armada.
Gosto · Responder · 22 de Março de 2016 às 12:24


Gabriel Muthisse Ninguem estaa a reescrever a historia. O que disputo ee a sua ideia de que Mondlane apostava na negociacao de uma acomodação qualquer no sistema colonial. E digo-lhe que isso não ee consistente com toda a preparação militar que Mondlane patrocinou, logo depois do I Congresso. Disputo também, com factos, políticos e militares, a sua tese de que a FRELIMO e Mondlane apostaram, alguma vez, numa guerra rápida. Para este efeito demonstro que o desdobramento militar dos efectivos da FRELIMO no terreno nega essa eventualidade. Ninguem persegue vitoria rápida atacando o inimigo com pequenas unidades, de entre 12 e 15 homens. Digo ainda que, mesmo a IV Regiao Militar não confirma o que Cabrita diz. A FRELIMO não enviou para o sul um exercito. Enviou uma pequena unidade de guerrilheiros, que não devia ultrapassar o numero de 15. Não se toma todo o sul, em pouco tempo, com um efectivo de 15 guerrilheiros. Tudo isto demonstra uma pre-disponibilidade para uma guerra popular prolongada. Por fim, disputo a sua tese, muito repetida, de que Mondlane apostava mais em negociações. E digo-lhe que ja em 1961 ele disse aa cúpula da Missao Suica que não era possível independência sem guerra. E isto ee consistente com a preparação militar que encetou na Argelia, no Egipto, em Israel e em outros países.
Gosto · Responder · 22 de Março de 2016 às 13:09 · Editado


Gabriel Muthisse Mondlane lutava pela independência ou não? Ou lutava pela integração numa comunidade lusófona? Para si, Joao Cabrita, o que quer dizer "seria um passo significativo em frente"? O que significa para si "o início do processo político que ele representaria"? A eventual "filiação numa comunidade lusitana" era o fim último das reivindicações de Mondlane e da FRELIMO? Qual foi o roteiro para as independências dos países colonizados por Inglaterra? Não foi um processo sinuoso que incluiu integração de africanos na governação dos seus territórios?

A maneira como estes dados e factos são trazidos não é muitas vezes honesta. Quase se diz que a luta terminaria com essa tal filiação na lusofonia. Isso depois da fundação da FRELIMO!!! Isso depois do início da luta armada! Os dados históricos devem ser interpretados, tendo em conta outras palavras, outros actos, outras posições na mesma época. Suponho que, no mesmo mês, Mondlane terá dado uma conferência, uma entrevista, feito um discurso, escrito uma carta em que enfatizava o objectivo da INDEPENDÊNCIA TOTAL E COMPLETA. Porque não se traz toda a informação para tirar conclusões?
Gosto · Responder · 22 de Março de 2016 às 15:02 · Editado


Gabriel Muthisse Sabe, João Cabrita, isso que diz é a nossa/sua interpretação. Não acredito que Mondlane tenha dito ao Che que não podia lhe acompanhar ao Congo por causa da relação dele (Mondlane) com os Americanos. Isso não joga com a independência intelectual e política que conhecemos dele. Seguramente que ele terá aduzido outro tipo de argumentos, mais adequados. Como, por exemplo, o de que o focus da FRELIMO era a libertação de Moçambique e não do Congo. A questão americana será, certamente, interpretação de Cabrita.
Gosto · Responder · 22 de Março de 2016 às 16:03 · Editado


Gabriel Muthisse Da mesma forma que os cubanos, na altura, viajavam mais para Moscovo que um diplomata do Ministério do Exterior Soviético. Nisso de viagens é como tudo.

Ademais, nada de errado há em se ser amigo dos Estados Unidos. Da mesma forma como nada de errado haveria em ser amigo da União Soviética. O cometimento com uma causa (a da independência) não deve ser avaliada tendo como base estas amizades circunstanciais.

Como pesquisador de história, Joao Cabrita saberá que a administração Kennedy era, no início, muito simpática com as causas de independência de Moçambique e Angola. Mondlane obteve apoio americano para programas da FRELIMO. Isso antes de Salazar chantagear os Americanos com o assunto da base das Lajes. Isso alterou a política americana.

Por isso, não havia nada de errado em Mondlane se apoiar nos Kennedy (o Presidente e o PGR) para obter a independência da sua pátria.
Gosto · Responder · 22 de Março de 2016 às 16:33 · Editado


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Vassili Vassiliev E isto, publicado pelo "Juventud Rebelde" (retirado do Centro Mtelela com a devida venia) em 68 nao e historia?

Não gosto · Responder · 2 · 23 de Março de 2016 às 9:53


Vassili Vassiliev E isto?

Gosto · Responder · 23 de Março de 2016 às 9:54


Mabangulane Jaime ...
Gosto · Responder · 8 de Maio de 2016 às 14:53

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