António Frangoulis admite envolvimento de agentes da polícia no resgate de criminosos em Maputo
Eram 12 horas e 30 minutos desta segunda-feira, quando o carro da Polícia partiu do Comando da PRM, na cidade de Maputo, e desceu pela Avenida Vladimir Lenine, com dois reclusos a bordo. Logo depois de cruzar a Avenida 25 de Setembro, o carro foi abordado por quatro homens que dispararam mais de 20 tiros e resgataram dois criminosos. O destino final da Polícia era a 1ª Esquadra, que fica a escassos metros do local do crime.
24 horas depois do sucedido, ainda não havia pistas dos autores do crime e muito menos dos dois reclusos tidos como perigosos cadastrados. Mais do que isso, é que a forma como tudo aconteceu deixou a Polícia a reflectir, até sobre possíveis falhas de segurança.
José Ali Coutinho e Alfredo Muchanda, os criminosos libertos pela quadrilha, estavam há três anos nos calabouços do Comando da Polícia na cidade de Maputo, cumprindo penas de prisão maior por práticas de crimes de sequestros e assassinatos. Aliás, fala-se do envolvimento de Coutinho como mandante do assassinato do procurador Marcelino Vilanculo, ano passado. Entretanto, ontem, iam ser ouvidos na 1ª Esquadra por outros crimes.
Para o antigo Director da Polícia de Investigação Criminal, António Frangoulis, na cidade de Maputo, não há dúvidas que a intenção era resgatar os dois perigosos cadastrados e que para tal terá havido informação precisa, até de agentes da Polícia.
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