quarta-feira, 26 de abril de 2017

Já soltaram o segundo acusado!


Assassinato de Marcelino Vilanculos
Depois de no dia 24 de Outubro do ano passado, num processo em que a Procuradoria da República da Cidade de Mpauto classificou de “re­tirada”, evadiu-se das celas da Cadeia Central de Maputo, o primeiro dos três acusados de serem os executores do bár­baro assassinato do procurador Marcelino Vilanculos, num crime ocorrido a 11 de Abril de 2016. Tempo depois, a investi­gação acusou o director da Cadeia Central de Maputo, Castigo Machaieie, de estar, também, por trás do estranho sumiço do acusado, identificado por Abdul Afonso Tembe. Pelo facto de os indícios contra Machaieie serem demasiadamente fortes, as autoridades judiciais decretaram a pri­são preventiva do então director da cadeia.
Já ontem, o segundo acusado tam­bém foi solto. O que se diz é que José Aly Coutinho foi resgatado pelos comparsas, quando ele era conduzido para o interro­gatório na primeira esquadra da Polícia da República de Moçambique, na baixa da cidade de Maputo. Coutinho e mais outro recluso, Alfredo José Muchanga, também acusado de cometimento de cri­mes violentos, foram resgatados em frente ao Maputo Shopping, minutos depois de terem saído, num carro celular, das celas do Comando da Polícia da Cidade de Maputo, onde se encontravam encarcerados. Orlando Mudumane, porta-voz da Polícia na Cidade de Maputo, diz que o resgate dos reclusos pelos comparsas só se concretizou porque houve “falha” na segurança montada pela Polícia. Mudumane tentou explicar que a falha deveu-se, exactamente, à paragem do carro de escolta no semáforo, numa altura que o carro celular de transporte de reclusos já se tinha adiantado.
Estranho nisso, é que, normalmente, os carros da Polícia, particularmente de transporte de reclusos e respectiva escolta, recorrem à prioridade de que gozam para andarem à velocidade que pretendem e devidamente colados, um atrás do outro. Assim, não se entende como é que, de repente, o carro celular seguiu viagem e o de escolta simplesmente ficou supostamente a espera do sinal do semáforo.
Estranho, também, é o facto de o Comando da Cidade ter decidido transportar os reclusos das celas daquele comando (com melhores condições de segurança) para uma audição na primeira esquadra (com menos condições de segurança) e não optar por ouvir os acusados, exactamente nas celas do Comando da Cidade, tendo em conta que a distância de um ponto para o outro é de menos de três quilómetros.
MEDIAFAX – 25.04.2017

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