Depois
do processo ser frustrado na tarde da passada quinta-feira, porque o
Conselho Municipal recusou-se a assinar os termos de entrega alegando
que desconhecia os documentos e exigia um inventário, eis que foi criada
uma comissão mista composta pelo próprio Conselho Municipal da Beira,
do Dondo, da comissão de gestão dos TPB e técnicos do sector dos
transportes e comunicações.
Ficou
acordado que em menos de 24 horas o processo deveria estar pronto. As
16 horas desta sexta-feira foi a hora marcada para os termos de entrega.
Pontualmente, os órgãos de comunicação social fizeram-se presentes no
local.
Contra
todas as expectativas o tempo foi-se escoando e ninguém sabia dizer ao
certo o que estava a acontecer. Nos corredores o ambiente era tenso. Os
telefones celulares foram os instrumentos mais usados pelos presentes.
Depois de varias insistências, por volta das 18 horas ficamos a saber
que afinal estava-se a espera da comissão criada no dia anterior que
ainda estava no terreno a fazer inventário. Meia hora depois, parte da
comissão chegava no local e a outra, a ligada ao CMB dirigiu-se ao
encontro do edil da Beira que não se encontrava no local.
A
espera continuou ate que por volta das 20 horas e 20 minutos, altura
que o presidente do Conselho Municipal da Beira e os seus colaboradores
se fizeram presentes ao local. Seguiu-se um breve encontro de
concertação envolvendo a vice ministra dos Transportes e Comunicações,
Manuela Rebelo e os municípios da Beira e Dondo.
E
finalmente as 20 horas e 50 minutos uma curta caminhada para a sala
onde decorreriam os termos de entrega formais dos recursos humanos,
patrimoniais e financeiros da extinta empresa TPB, na proporção de 70
por cento para o Município da Beira e 30 por cento para o Município de
Dondo.
E
depois a assinatura dos dois termos de entrega. O trespasse foi
formalizado por Manuela Ribeiro e os presidentes dos conselhos
municipais da Beira e do Dondo.
Contudo, o edil da Beira levantou inquietações.
“É
um entendimento do Conselho Municipal da Beira, que haja uma lista do
pessoal, devidamente identificada nos termos do acordo. A falta de
tabela de salários de ordenados, a lista de meios móveis já destruídos
nos termos do acordo, a declaração em como o Ministério dos Transportes e
Comunicações se responsabiliza pelas dívidas anteriores com os
fornecedores, a falta dos termos de compromisso, o pagamento de dívidas
com singulares e privados pelos serviços prestados”, apontou.
Já o presidente do município de Dondo, Castigo Chiutar, concordou com os termos de entrega.
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