“Vou ser franco: surpreende-me esse ruído da sociedade pela nossa decisão de gestão do Moza Banco. Eu estava à espera que a sociedade celebrasse”. As palavras do governador do Banco de Moçambique saem embargadas e num tom de desilusão de quem “evitou o descalabro”, mas não é compreendido pelo grande público.
Rogério Zandamela convocou uma conferência de imprensa, ontem, para explicar as decisões da reunião de Comité de Política Monetária, mas foi sobre a Kuhanha que mais falou. E disse o que não foi dito no primeiro pronunciamento sobre a decisão do destino de um dos bancos mais importante do país.
Afinal, segundo Rogério Zandamela, a empresa gestora do Fundo de Pensões do Banco de Moçambique não chegou a concorrer para a aquisição do Moza Banco. A Kuhanha funcionou como um plano B ou “plano de contingência” usado pelo regulador, após concluir que todos os concorrentes não estavam em condições de gerir o Moza Banco. “Digo com clareza que nós saímos do sufoco que vivíamos diariamente”, desabafou.
À mesa de Zandamela chegaram dois tipos de propostas de aquisição do Moza Banco. A primeira passava pela compra da parte saudável da instituição financeira e a segunda pelo controlo do seu conjunto. A primeira falhou por não estar em conformidade com os termos de referência definidos pelos accionistas, associado ao facto de o Banco Central não ter atribuições legais para a venda de bancos em partes. A segunda foi colocada de lado por acarretar riscos de branqueamento de capital. “Queríamos estar seguros de que o Moza Banco não estaria a ser usado para lavagem de dinheiro. e não vou mentir, houve investidores que vieram com essas intenções”, revelou.
O governador do Banco de Moçambique frisou, ainda, que a decisão de entregar a gestão do Moza Banco à Kuhanha é definitiva, sendo que fica ao critério da empresa colocar as acções no mercado.
Sobre as linhas de força do relatório da KPMG que conduziram à venda do Moza Banco, nem uma palavra. Como o próprio governador do Banco de Moçambique assume, “não é isso que importa, o mais importante é estabilizar o sistema”.
Veja a seguir as partes mais importantes da explicação do governador do Banco Central sobre o polémico negócio com a Kuhanha.
Dizem que o Zandamela, agora que já garantiu a circulação de sua assinatura no Metical, e nada recua (aqui só avanca), decidiu falar que "NÃO HOUVE NENHUM CONCURSO PARA A TAL KUHANHA BABAR O MOZA". Ou seja, foi de tipo "vamos levar esta cena para nós". Eu nem tenho nada a ver com isso.
Porém, eu gostaria de ver o papo daqueles irmãos que diziam e defendiam com unhas e garras que "do Concurso, a Kuhanha foi aquela que apresentou a melhor proposta sob ponto de vista de negócio e sustentabilidade", e que "Zandamela não tinha nada a ver com o chorudo Fundo de Pensões".
QUE CONCURSO vocês estavam a defender com tanta ciência económica e jurídica? Esta é mais uma prova de que discutir sem fundamentos, embora com alguma ciencinha à mistura, não serve...
______
A Comissão de Ética tem mais uma na bolada!
Porém, eu gostaria de ver o papo daqueles irmãos que diziam e defendiam com unhas e garras que "do Concurso, a Kuhanha foi aquela que apresentou a melhor proposta sob ponto de vista de negócio e sustentabilidade", e que "Zandamela não tinha nada a ver com o chorudo Fundo de Pensões".
QUE CONCURSO vocês estavam a defender com tanta ciência económica e jurídica? Esta é mais uma prova de que discutir sem fundamentos, embora com alguma ciencinha à mistura, não serve...
______
A Comissão de Ética tem mais uma na bolada!
Sem comentários:
Enviar um comentário