Desvio de fundos no Comando do Exército
Em julgamento!
- No banco dos réus estão altas patentes do exército moçambicano e pessoas estranhas ao Estado, mas com ligações amorosas com os militares
Iniciou, esta terça-feira, o julgamento dos militares e outras pessoas implicadas no caso do desvio de 36 milhões de Meticais das contas do Comando do Exército, numa acção que se prolongou por seis anos, ou seja, de 2010 a 2015.
São réus, neste processo, Ernesto Rufino, Aníbal Joaquim, Abdul Ismael e Hussene Ismael, todos oficiais das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), colocados no Comando do Exército, que durante os cerca de seis anos, criaram um esquema fraudulento de drenagem de fundos públicos para proveito próprio.
Além destes, estão, igualmente, no banco dos réus, pessoas estranhas ao Estado e ao exército moçambicano. São elas, Sónia Eugénio Cossa, Mónica Mário, Guilhermina Macaringue, Sara Agostinho, e Elsa Chilengue. Estas são tidas como pessoas que mantinham algum tipo de relação amorosa com os oficiais do exército. Nisto, contas foram criadas simplesmente para drenar fraudulentamente fundos do Estado.
- No banco dos réus estão altas patentes do exército moçambicano e pessoas estranhas ao Estado, mas com ligações amorosas com os militares
Iniciou, esta terça-feira, o julgamento dos militares e outras pessoas implicadas no caso do desvio de 36 milhões de Meticais das contas do Comando do Exército, numa acção que se prolongou por seis anos, ou seja, de 2010 a 2015.
São réus, neste processo, Ernesto Rufino, Aníbal Joaquim, Abdul Ismael e Hussene Ismael, todos oficiais das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), colocados no Comando do Exército, que durante os cerca de seis anos, criaram um esquema fraudulento de drenagem de fundos públicos para proveito próprio.
Além destes, estão, igualmente, no banco dos réus, pessoas estranhas ao Estado e ao exército moçambicano. São elas, Sónia Eugénio Cossa, Mónica Mário, Guilhermina Macaringue, Sara Agostinho, e Elsa Chilengue. Estas são tidas como pessoas que mantinham algum tipo de relação amorosa com os oficiais do exército. Nisto, contas foram criadas simplesmente para drenar fraudulentamente fundos do Estado.
Concrectamente,
segundo a acusação lida ontem pelo representante do Ministério
Público, os réus são acusados de burla e defraudação de forma
continuada, abuso de cargo e de função, associação para delinquir e
branqueamento de capitais. Segundo consta, os militares auferiam
salários acima da folha salarial e até chegavam a ter dois salários num
único mês.
Se sabe também
que o esquema de empolamento de salários fazia com que oficiais com um
nível salarial de 15 mil Meticais/mês chegassem a auferir mensalmente
pouco mais de 100 mil Meticais.
O esquema
funcionou normalmente por muito tempo pelo facto de os envolvidos
ocuparem, à data dos factos, posições de chefia no gabinete de
vencimento. No global, o Ministério Público acusou doze pessoas, das
quais apenas nove compareceram ao tribunal. Dos três faltantes, um está
foragido da justiça e estava afecta à província de Inhambane, uma
encontra-se a estudar na China e um outro não pode ser constituído réu
por ser menor de idade. Pensa-se que o menor de seis anos de idade,
filho de um dos foragidos, esteve envolvido através de uma conta
bancária que um dos acusados criou para despistar e depositar valores
para uso posterior.
Ontem, apenas
foi lida a acusação e hoje será o primeiro dia de audição dos implicados
pelo tribunal que julga este que é mais um caso de delapidação dos
parcos recursos financeiros do Estado. Hoje, a ideia é ouvir as acusadas
Sónia Eugénio, Mónica Mário, Guilhermina Pedro, Sara Agostinho e ainda o
réu Hussene Ismael. (Rafael Ricardo)
MEDIAFAX - 07.06.2017
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