Recebemoz a seguinte denuncia:
" Governo e a Mozal unidos na falsificação de relatórios médicos dos doentes crónicos que provam através de resultados laboratoriais que a fábrica de alumínio Mozal através de alguns dos seus departamentos prejudica de forma lenta, silenciosa, paulatina, e gradual a saúde dos seus colaboradores Moçambicanos da classe operária afetes nesses departamentos. Após o recém-saído accionista maioritário BHPBILLITON ter se afastado e ter se transformado em south32, a Mozal é agora operado pela SOUTH32.
A SOUTH32 desde setembro de 2016 acabou confiando na gestão da fábrica pela primeira vez aos próprios Moçambicanos colocando na presidência o Eng.º Samuel Samo Gudo, Drº. Mateus Mosse (relações industriais) e Dr ͣ Etelvina Mausse (Recursos humanos) todos ligados ao partido no puder, partido este orientador do actual governo Moçambicano.
Semanas depois da nomeação em setembro do ano passado, o trio Samuel Samo Gudo, Mateus Mosse e Etelvina Mausse colocou nos carris o projecto maquiavélico sem dó nem piedade para os tradicionais doentes crónicos da classe operária resultantes das actividades profissionais do dia-a-dia da fábrica, que visava livrar se de todos esses trabalhadores apelidados por eles como sendo desperdícios caducos e preguiçosos. O primeiro presidente Moçambicano da Mozal o Engº. Samuel Samo Gudo que em função dos conhecimentos académicos que diz possuir e as várias voltas ao mundo que diz ter dado nenhuma fábrica de fundição de alumínio a nível internacional provoca doenças, o que esta acontecer segundo ele os Moçambicanos são mal criados, não gostam de trabalhar, inventam doenças para retirar dinheiro da South32.
A pergunta que se coloca é que dinheiro, porque a atual lei de trabalho introduzida pelo governo passado liderado por Guebuza que já previa esse envelhecimento precoce da mão-de-obra barata Moçambicana tendo em conta que a fábrica é pesada e também vai envelhecendo a cada ano que passa, tratou de alterar ou mudar a lei de trabalho no tocante as indemnizações de três meses que era por cada ano de trabalho no passado para 3dias por cada ano de trabalho actuamente, tudo para roubar o dinheiro já existente dos trabalhadores nas seguradoras publicas e privadas e também para proteger os accionistas estrangeiros e quanto a massa pensante moçambicana foi sempre acariciada e enganada com discurso esfarrapado de que “É uma lei para atrairmos mais investimentos” atrair investimentos escravizando seu povo? Será que não uma outra forma de atrair mais investimentos directos estrangeiros sem escravizar o povo? A atual lei de trabalho é uma porcaria qualquer trabalhador Moçambicano mesmo com longo período de carreira pode ser indemnizado na hora no corredor por qualquer que seja gestor tirando dinheiro do bolso sem grande ginástica, Que dinheiro se fala?
Das seguradoras já nem fala foram também sabotados pelos camaradas e estão neste momento sem dinheiro, e aos doentes crónicos que tem a sorte de escaparem das ratoeiras e conseguem chegar na seguradora, o dinheiro que devia ser deles por direito, as seguradoras que também são dirigidas pelos camaradas não aceitam dar, apenas dão um subsídio que muitas das vezes não da nem pra cuidar da própria doença, Que dinheiro se fala?
Ate nesse contexto melhor se não fosse essas malditas dores cronicas estranhas continuar se a trabalhar porque o ordenado mensal que a Mozal dá pelo menos supera a indemnização em termos de ganhos na vida do trabalhador, Que dinheiro se fala? O famoso tradicional Pentchene dado aos nossos pais nas minas da vizinha Africa do sul em situações idênticas aqui em Moçambique através da actual lei de trabalho e das seguradoras quase que não existe, Que dinheiro se fala?
Até a própria Mozal se esta recordado a quando da transição da BHPBILIITON para SOUTH32 acabou impedindo a própria bhpbilliton lado a lado com sindicato fantoche ,sem consentimento dos verdadeiros trabalhadores da classe operária a não indemnização alegando que a atual lei de trabalho não favorecia ao trabalhador, iria deixar trabalhadores na penúria, porque a própria Mozal sabe muito bem que essa lei é uma porcaria, não há dinheiro nenhum que vai se tirar da SOUTH32 usando essa lei e é essa lei que a Mozal usa, Que dinheiro o Samuel Gudo fala que os doentes querem?
Até se possível ficava com seu dinheiro e devolver a nossa saúde. A única coisa que a Mozal esta a deixar como herança para a maioria dos jovens Moçambicanos não é dinheiro mais sim doenças profissionais esquisitas. Os lucros que estão constantemente a serem anunciados em sessões governamentais e em televisões esses apenas engordam os gestores da Mozal, accionistas estrangeiros e alguns camaradas governamentais, cabendo esses últimos proteger o negócio na qualidade de donos da descartável mão-de-obra barata Moçambicana no sentido de por esses descartáveis trabalhar e produzir mesmo doente sem ladrar e caso ladrar mandar embora sem nenhuma implicação sobre a Mozal.
Um mês depois da tomada de posse do presidente Samuel Samo Gudo já em novembro de 2016 foi despedido o primeiro lote de trabalhadores doentes crónicos que até tinha mapas da junta nacional de saúde que responsabilizam a Mozal por aquelas enfermidades crónicas diagnosticadas nos laboratórios nacionais e Sul-Africanos que a própria Mozal em alguns casos mandou investigar. O resto dos trabalhadores crónicos que ainda não tinha Mapas mas tinham os relatórios médicos que referenciava o tipo de Doença e a sua respectiva causa, a Mozal não os mandou embora a semelhança dos que já tinham Mapas, preferiu os gerir a pensar no que iria fazer deles. Todos os despedidos em outubro, novembro e dezembro recorreram a justiça e a Mozal neste momento não esta conseguir defender se nos tribunais apesar do seu mimetismo e poderio financeiro. Nega responsabilizar se, mas esta a ter dificuldades serias porque os mapas estão claros e as doenças existem e as pessoas estão a sofrer.
E porque a Mozal tem conhecimento dos seus problemas e tem a certeza que são muitos dos seus colaboradores que num futuro muito próximo mesmo querendo continuar a trabalhar não vão conseguir porque há níveis que a doença atinge que já não é possível qualquer tipo de gestão, visto que mesmo agora que os colaboradores tem conhecimento da actual crueldade da south32 em relação aos doentes os casos não param de crescer. Neste momento há plano ‘B’ já traçado, para que a Mozal não venha mais ficar na barra da justiça nos próximos dias para resolver o caso dos doentes crónicos, já que despedimento por doença sem nenhuma compensação contínua em vista.
A Mozal ao invés de investir dinheiro que tem em instalar pequenos centros de restruturação física dos seus colaboradores antes das quedas crónicas que ate as fisioterapias já não conseguem reverter seria bom, a semelhança do que as outras fábricas de fundição a nível mundial fazem investindo muito no bem-estar e na restruturação física dos seus colaboradores.
A Mozal esta neste momento a investir dinheiro para alterar todos os relatórios médicos na sua posse, relatórios de todos doentes crónicos que ainda não foram a junta nacional para que do ministério da saúde não saia nenhum mapa a responsabilizar a Mozal e para o caso dos doentes crónicos que ainda não tem relatórios médicos, os médicos tem a recomendação de omitir a verdade nos tais relatórios e assim sendo os mapas serão falsos e a Mozal nunca mais ira responder por doença nenhuma no futuro mesmo se continuar com despedimento, e neste momento o plano esta em curso.
Para efetivação do plano a Mozal marcou audiência com primeiro-ministro Moçambicano a procura da proteção perante a justiça, e nessa audiência esteve presente também pelo mesmo objectivo as multi -nacionais mineira de carvão Vale, Açucareira de Chinavane e Marragra porque a semelhança da Mozal essas empresas também tem muitos casos de doenças profissionais, o objectivo foi pedir ao primeiro-ministro para pôr ordem no ministério da saúde para que a partir da junta provincial, medicina legal, até a junta nacional se cante a música desses gestores porque segundo esses gestores os Moçambicanos so estão a inventar doenças porque não gostam de trabalhar. E esses gestores deixaram claro no primeiro-ministro que não é porque estão em crise não, pelo contrário os lucros continuam a subir so querem estancar o comportamento errado do trabalhador Moçambicano.
E como sempre o governo que devia ser defensor perante essa problemática que até nos retorna a escravatura, comprometeu se a defender os interesses da Mozal e das outras restantes multi nacionais deixando mais uma vez o povo entregue a sua sorte. O primeiro-ministro também já reuniu se com os profissionais de saúde desde ministra de saúde, todos médicos chefes provinciais e nacionais deixando claro e intimidando os médicos de exercer o seu profissionalismo e conhecimento tendo em conta o lema de sector de saúde Moçambicano “ O nosso maior valor é a vida’’. E esta acordado que todo trabalhador Moçambicano operário que vier da Mozal, Vale, Açucareira de Xinavane e Marragra com uma doença relacionado ao trabalho a Junta Nacional não deve produzir o mapa que indica a origem profissional da doença mesmo que seja. Apenas a Junta deve elaborar o mapa a mudar de actividades sem indicar a origem e mandar de volta o trabalhador para as operações, porque com mapa dessas características nenhum trabalhador ira colocar essas empresas na barra da justiça no futuro, porque já não queremos compensar ninguém com problemas de saúde profissional é nova ordem do Governo.
A nível dos Hospitais alguns Médicos lamentam a decisão porque segundo eles as doenças são reais e irreversíveis mais são instruídos para esconder a verdade para todos doentes que vierem dessas empresas mais há alguns médicos que estão engordar as suas contas bancarias e estão felizes com senário sobretudo os médicos chefes da Junta Provincial, Medicina Legal e Junta Nacional. Neste momento qualquer relatório Médico de qualquer que seja operário vindo dessas empresas será alterado na Junta Provincial, Medicina legal, assim como na Junta Nacional, para o bem dessas 4 empresas multinacionais e tudo está em curso nessas instituições do estado.
E neste momento a Mozal através do seu presidente Samuel Samo Gudo anda em palestras e feliz da vida dentro e fora da fábrica anunciando que a partir de então que ele é presidente, a Mozal já mais irá se responsabilizar por doença nenhuma e quem inventar doenças estará a perder tempo porque na Mozal não há nenhum sector que provoca doença e não só, nenhuma fábrica de fundição provoca doença a nível mundial, porque Mozal?
E porque a Mozal já limpou a casa isto é já esta protegido pelo Governo decidiu mandar o resto de todos os doentes crónicos pelomenos por enquanto com relatórios médicos para a junta provincial que é para elaborar se mapas que contrariam relatórios médicos, e neste momento o processo esta em curso. Há uma rede muito forte nessas três instituições do estado Moçambicano já traçado e organizado para girar qualquer doente que por ali passar vindo da Mozal, Marragra, Vale, e Xinavane com objectivo de contrariar e falsificar os resultados laboratoriais e relatórios médicos previamente obtidos e na posse desses capitalistas. Para o caso da Mozal exige sempre os relatórios médicos originais aos seus doentes depois os retém na posse dele feito isso encaminha os doentes sem os mesmos para a rede governamental já traçado, nomeadamente Junta provincial, Medicina Legal e Junta Nacional para terminar o resto. O mais chato nisso tudo é que tanto as multi nacionais assim como os gestores do ministério da saúde só fazem esforço para alterar o que prova o sofrimento dos operários para depois mandar embora curar no sentido de viver se sem dores mesmo com essas patologias ninguém se interessa, porque está mais do que claro que os saquinhos de analgésicos do tipo MYPRODOL, DECLOFINAC, GEL etc que eles dão e que temos que tomar diariamente não estão a surtir efeitos…
Reflexão
Que País é este que os contribuintes do Estado, os fazedores da riqueza para o Estado que muitas das vezes trabalham dia e noite em condições ambientais e profissionais difíceis contra todo tipo de risco de saúde e vida para o bem do País, são marginalizados até esses níveis? Que orgulho se tem em ser nativo Moçambicano? Que auto estima se espera nisso tudo?"
- Um grupo de trabalhadores da Mozal
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