quinta-feira, 5 de setembro de 2019

Desconhecidos atacam autocarro no centro de Moçambique

Um ataque a tiro contra um autocarro de passageiros fez três feridos no centro de Moçambique, disseram fontes locais à agência Lusa.





EN1 - Foto de arquivo / 2017


O ataque aconteceu num troço de estrada junto ao rio Pungúe, entre os distritos de Gorongosa e Nhamatanda, na província de Sofala.

Os atacantes, ainda não identificados, dispararam "rajadas de balas" contra um autocarro que circulava em direção a norte, no sentido Inchope-Caia, na Estrada Nacional 01 (EN1), a principal via que liga o sul e norte de Moçambique, deixando marcas de perfuração na viatura.

"Três passageiros que seguiam para o Niassa foram levados para assistência no Hospital da Gorongosa", contou um morador.

Um outro morador disse que o autocarro continuou viagem depois de o motorista e outros passageiros prestarem declarações na polícia da vila da Gorongosa.






























Voltar 10 segundos

A seguir





Live
00:00
00:00
00:00


Legendas

Configurações

Ecrã completo
Assistir ao vídeo01:59


Compartilhar
Ossufo Momade lança campanha eleitoral em Nacala Porto

EnviarFacebookTwittergoogle+WhatsappTumblrDiggSonicoNewsvine

Link permanente https://p.dw.com/p/3O4Qf

Ossufo Momade lança campanha eleitoral em Nacala Porto

Junta Militar demarca-se de ataque

A serra da Gorongosa é um refúgio histórico de guerrilheiros da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO).

Apesar de as hostilidades entre o Governo e a RENAMO terem cessado em dezembro de 2016 e de a paz ter sido formalmente subscrita através de acordos assinados há um mês, um grupo liderado por Mariano Nhongo, tenente-general da RENAMO, permanece "entrincheirado nas matas".

O grupo, que se autodenomina Junta Militar da Renamo, contesta o líder do partido, Ossufo Momade, e os acordos assinados por este, nomeadamente os que regulam o desarmamento e reintegração dos guerrilheiros na sociedade.

Fonte do grupo negou à Lusa a autoria do ataque, classificando-o como uma forma de "chantagem" contra a Junta Militar, que formou uma direção à revelia da estrutura oficial do partido e ameaça com ação militar se o Governo não renegociar os acordos de paz.

Nhongo já se havia demarcado de um outro ataque ocorrido em 01 de agosto no centro do país, mas em Nhamapadza, a 200 quilómetros do distrito de Gorongosa, em que duas pessoas ficaram feridas depois de disparos contra um camião e um autocarro de passageiros.




Acordo de Paz histórico em Moçambique
Acordo histórico

O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, e o líder da RENAMO, Ossufo Momade, erguem o acordo de paz e fim das hostilidades, que foi assinado na Serra da Gorongosa, província de Sofala, centro do país. O local é conhecido como bastião da RENAMO. O acordo tem como objetivo acabar com os confrontos entre as forças governamentais e o braço armado do principal partido da oposição.


Acordo de Paz histórico em Moçambique
Anos de hostilidade

"Estamos aqui em Gorongosa para dizer a todos moçambicanos e ao mundo inteiro que acabámos de dar mais um passo, que mostra que a marcha rumo à paz efetiva é mesmo irreversível", declarou Filipe Nyusi, referindo-se ao acordo assinado com a RENAMO. É o terceiro documento após anos de hostilidades. O primeiro foi assinado em 1992, em Itália - o chamado Acordo Geral de Paz de Roma.


Acordo de Paz histórico em Moçambique
Virar a página

"Com esta assinatura do acordo de cessação das hostilidades militares, queremos garantir ao nosso povo e ao mundo que enterramos a lógica da violência como forma de resolução das nossas diferenças", afirmou o líder da RENAMO, Ossufo Momade, ressaltando que "a convivência multipartidária será o apanágio de todos partidos políticos".


Acordo de Paz histórico em Moçambique
Silenciar das armas

O pacto cala oficialmente as armas e prolonga de forma definitiva uma trégua que durava desde dezembro de 2016, depois de vários anos de confrontos armados entre as forças governamentais e o braço armado da RENAMO.


Acordo de Paz histórico em Moçambique
Abraço da paz

Na cerimónia de assinatura do acordo, o Presidente de Moçambique Filipe Nyusi mostrou-se otimista em relação aos próximos anos, dizendo que "a incerteza deu ligar à esperança e o futuro de Moçambique é promissor".


Acordo de Paz histórico em Moçambique
"Paz vai ser testada nas eleições"

Este novo acordo é um passo muito importante para Moçambique e também para todos os partidos. Daviz Simango, líder do MDM, esteve na cerimónia e alertou: "Temos que trabalhar muito neste processo eleitoral que se avizinha. Portanto, se o STAE nos proporcionar o teatro, que tem vindo a fazer de ciclo em ciclo eleitoral, pode proporcionar o retorno a essas situações de conflitos militares".


Acordo de Paz histórico em Moçambique
Unidos pelo acordo

Horas depois da assinatura do acordo, o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, disse na Beira que o Governo e a RENAMO vão unir-se para debelar qualquer tentativa de prejudicar o acordo de cessação definitiva de hostilidades militares.

Autoria: Arcénio Sebastião, Agência Lusa, rvp

1234567

Leia mais


Ameaças de Mariano Nhongo: “Esta é uma matéria de Estado”- defende a RENAMO

Mariano Nhongo prometeu segunda-feira (26.08) inviabilizar a realização das eleições de 15 de outubro, via ataques armados. Para a RENAMO esta “é uma matéria de Estado que deve garantir a defesa e tranquilidade do país”. (27.08.2019)


Nhongo: "Somos moçambicanos e continuamos com as armas"

O líder da autoproclamada Junta Militar da RENAMO diz que "vai morrer muita gente" se políticos insistirem em fazer a campanha eleitoral, que começa amanhã. (30.08.2019)


Nyusi: "Governo e RENAMO vão unir-se contra quem disparar armas"

O Presidente moçambicano afirmou que o Governo e a RENAMO vão unir-se contra tentativas de prejudicar o acordo de paz firmado na Gorongosa. Filipe Nyusi referia-se ao ataque a veículos em Sofala, ocorrido um dia antes. (02.08.2019)


Moçambique: Nyusi e Momade assinam acordo de paz na Gorongosa

O Presidente Filipe Nyusi e o líder da RENAMO, Ossufo Momade, assinaram um acordo de cessação de hostilidades entre as forças governamentais e o braço armado do principal partido da oposição de Moçambique. (01.08.2019)


Acordo de Paz histórico em Moçambique

Em Moçambique, o Presidente Filipe Nyusi e o líder da RENAMO, Ossufo Momade, formalizaram na quinta-feira (01.08) o fim das hostilidades militares no país. O acordo, já considerado histórico, é o terceiro em 25 anos. (02.08.2019)

Áudios e vídeos relacionados


Ossufo Momade lança campanha eleitoral em Nacala Porto


Data 05.09.2019
Autoria Agência Lusa
Assuntos relacionados Direitos Humanos em Moçambique, Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), Moçambique, Eleições em Moçambique, Turismo em Moçambique, Vale , Filipe Nyusi, Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), Comunidade de Sant’Egidio (Comunidade de Santo Egídio), Beira
Palavras-chave Moçambique, Gorongosa, Sofala, ataque, autocarro
Feedback : Envie seu comentário!
Imprimir Imprimir a página
Link permanente https://p.dw.com/p/3P8aJ



Conteúdo relacionado

Eleições em Moçambique: Dois mortos durante a campanha em Sofala 03.09.2019

Um membro da RENAMO e uma militante da FRELIMO foram mortos na província de Sofala pouco depois do arranque da campanha eleitoral em Moçambique, no sábado. Várias pessoas ficaram feridas devido a atos de violência.


Moçambique: Autocarro de passageiros e camião atacados em Sofala 01.08.2019

Homens armados atacaram um autocarro de passageiros e um camião em Nhamapadza, na província de Sofala. Ataque ocorreu na quarta-feira. Há dois feridos, segundo avançou esta quinta-feira (01.08) a agência Lusa.


3 de Setembro de 2019 - Noite 03.09.2019

África do Sul: Ataques contra estrangeiros preocupam comunidades oriundas dos países lusófonos. Presidenciais na Guiné-Bissau: A luta renhida entre os arqui-rivais José Mário Vaz e Domingos Simões Pereira. Moçambique: Ossufo Momade, líder da RENAMO, apela ao chefe da autoproclamada "Junta Militar" para que desista das hostilidades e se junte ao partido.

Sem comentários: