O Ministério Público Federal pediu duas vezes ao então juiz Sergio Moro uma operação contra a filha de um alvo da Lava Jato que vive em Portugal como forma de forçá-lo a se entregar. Apesar de ser titular de contas no exterior que receberam propinas, ela não era suspeita de planejar e executar crimes.
O plano, revelado em mensagens de Telegram trocadas entre procuradores e entregues ao Intercept por uma fonte anônima, era pressionar o empresário luso-brasileiro Raul Schmidt. O MPF apelou a Moro mirando na filha do investigado: queria que o passaporte dela fosse cassado e que ela fosse proibida de sair do Brasil.
Enquanto argumentavam no processo que a filha de Schmidt não poderia sair do país para não prejudicar a investigação sobre os crimes que teria cometido, no Telegram os procuradores admitiam que a finalidade das medidas era atacar o empresário. O procurador Diogo Castor de Mattos confessou na conversa com os colegas: "na minha perspectiva, ela nao poder sair do país é um elemento de pressão em cima dele".
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