34 dias depois de Paulo Zucula ter sido detido, recebeu a acusação provisória. Há que referir que este processo não é novo. Estava empoeirado nas gavetas da Procuradoria há oito anos. Tiraram-no agora como o mágico quando saca o coelho da cartola e exibi-o. Política!
E a Procuradoria não guardou este processo durante tanto tempo porque o não queria dar andamento. São aquelas esquisitas ordens superiores que assim sugeriram. E jamais encontrarão um registo disto, porque as ordens são transmitidas oralmente. Política!
Pois bem: a advogada de Paulo Zucula, de nome Fernanda Lopes, pediu atempadamente, como manda a Lei, ao juiz para que abrisse uma instrução contraditória para dissipar certos equívocos que ela julga minarem a acusação, audição de outras pessoas e de um funcionário da Odebrecht, de nome Miguel Bessi Peres. A audição deste senhor serviria para clarificar as suas contradições nas duas declarações que ele prestou. É que numa disse que Paulo Zucula recebeu dinheiro da Odebrecht, e noutra ele nega que haja sido pago esse dinheiro. Em que é que se fica?
Por outro lado, a defesa entende que o Ministério Público acusa Paulo Zucula com base em leis revogadas. E mesmo com este manancial de argumentos da defesa, o juiz da Oitava Secção Criminal do Tribunal Judicial da Cidade de Maputo, Fernando Macamo, ignorou tudo e no dia 13 deste Setembro pronunciou o ex-ministro.
Existe a possibilidade de Paulo Zucula interpor um recurso no Tribunal Superior de Recurso (TSR). Pelo menos é o que garantiram fontes de “Justiça Nacional”.
Se estão lembrados, já escrevemos aqui, várias vezes, que existe uma obediência cega à Procuradoria, pelos juízes da Sexta, Oitava e Décima secções do Tribunal Judicial da Cidade de Maputo. Até prova em contrário, não estamos equivocados!
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Adriano Maleiane: um caloteiro?
Nós sempre acreditámos que o ministro Adriano Maleiane era um gentleman. Parece que nos enganamos. Parece que ele também é um caloteiro. Pelo menos é o que diz a nova acusação norte-americana. Diz que ele é cúmplice do calote. Ou seja, se todos os que estão ligados ao calote têm que ir presos, por que deixar o Maleiane solto? Também está feito com os restantes!
A acusação diz que a reestruturação da divida da Ematum faz parte de um plano concebido pelos caloteiros, como parte da fraude apresentada a Adriano Maleiane. E este até guardou segredo. Ele em nenhum momento disse ao povo- a não ser ao seu chefe Filipe Nyusi- que se encontrou, secretamente, com Jean Boustani, Andrew Pearse e Detelina Subeva para acordarem a reestruturação da divida. Isto foi em Maio de 2015. Maleiane tinha poucos meses como ministro das Finanças.
O mais bizarro, é que foram os caloteiros que aconselharam Maleiane a reestruturar a dívida moçambicana e a escolhe-los (os caloteiros) como pessoas indicadas para o trabalho de consultores. Ou seja, os caloteiros é que aconselharam Maleiane sobre o que fazer e ele obedeceu. Quem acredita que fez isso tudo meramente por boa vontade?
Negamos que ele tenha obedecido cegamente. Maleaine de ingénuo não tem nada. Deve ter tido a sua parte no calote. Tanto assim desconfiamos porque até mandou às favas o acórdão do Conselho Constitucional. O que Maleiane ganha com isso? Proteger o seu chefe? De quê?
É por isso que dizemos que o senhor Manuel Chang deve avançar para os EUA. Nenhuma justiça, aqui, é capaz de condena-lo exemplarmente. Os seus cúmplices são pessoas importantes. Dirigem o País.
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